Associação Atlética Ponte Preta

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Ponte Preta
Associação Atlética Ponte Preta
Nome Associação Atlética Ponte Preta
Alcunhas Macaca[1]
Alvinegra de Campinas[2]
Veterana
Nega Véia[3]
Torcedor(a)/Adepto(a) Pontepretano
Mascote Macaca
Principal rival Guarani[4]
Fundação 11 de agosto de 1900 (123 anos)[5]
Estádio Moisés Lucarelli (Majestoso)
Capacidade 17.728 pessoas[6]
Localização Campinas, São Paulo, Brasil
Presidente Marco Antônio Eberlin[7]
Treinador(a) João Brigatti
Patrocinador(a) EstrelaBet
Material (d)esportivo Diadora
Competição Paulistão - Série A1
Brasileirão - Série B
Copa do Brasil
Copa Paulista
Ranking nacional Baixa 24.º lugar 5 994 pontos [8]
Website pontepreta.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

A Associação Atlética Ponte Preta é uma agremiação esportiva brasileira da cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo. Foi fundada em 11 de agosto de 1900[9] por um grupo de estudantes e suas cores são o preto e o branco, sendo o mais antigo clube a se dedicar à prática do futebol na América do Sul a adotar essa combinação de cores.[10][11]

Atualmente é o clube em atividade mais antigo do estado de São Paulo, e o segundo clube mais antigo do país.[12][13][14] É também um dos clubes pioneiros na luta contra o racismo no futebol nacional, sendo o primeiro a contar com um jogador negro em seu elenco, o que então destoava do elitismo do esporte em seus primórdios no Brasil.[15][nota 1][17]

Conhecido popularmente como "Macaca", o time atua em seu próprio estádio, o Moisés Lucarelli, com capacidade para 17.728 espectadores.[18] Seu maior rival é o Guarani, com quem faz o Dérbi Campineiro, uma das maiores rivalidades do futebol paulista e brasileiro.[19]

Em sua história, conquistou 10 títulos campineiros (1912, 1931, 1935, 1936, 1937, 1940, 1944, 1947, 1948, 1951), 5 títulos do Campeonato do Interior (1951, 2009, 2013, 2015, 2018), 1 Taça dos Invictos (1970), além de 4 títulos da Série A2 do Campeonato Paulista (1927, 1933, 1969, 2023). Outras campanhas de destaque incluem 7 vice-campeonatos do Campeonato Paulista (1929, 1970, 1977, 1979, 1981, 2008, 2017), terceiro lugar no Campeonato Brasileiro (1981), terceiro lugar na Copa do Brasil (2001), vice-campeã da Copa Sul-Americana (2013) e 2 vices no Campeonato Brasileiro Série B (1997 e 2014).[20] É ainda o clube do interior paulista que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em edições da Copa do Mundo. Revelou grandes craques como, Dicá, Oscar, Carlos, Polozzi, Juninho, Manfrini, Sabará, Ciasca, Nenê Santana, Chicão, Nelsinho Baptista, Moacir, Waldir Peres, Fábio Luciano, André Cruz, Brigatti, Alexandre Negri, Luís Fabiano, Roger, Adrianinho, Aranha, Ivan, entre outros.

Na "era dos pontos corridos" do Campeonato Brasileiro, fórmula de disputa que entrou em vigor a partir de 2003, a Ponte é o clube do interior com melhores resultados: participante em 9 temporadas, maior pontuação nas 9 edições acumuladas (432 pontos), mais vitórias (114 no total) e o time interiorano que mais liderou a competição (9 rodadas).[21] No Ranking da CBF a "macaca" ocupa a 24ª posição com 5.994 pontos, sendo o sexto clube paulista melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes.[22] De acordo cm a empresa BDO, que avalia anualmente a marca dos clubes brasileiros, a Ponte possui a 20ª marca mais valiosa do país, avaliada em 50,4 milhões de reais.[23][24]

História[editar | editar código-fonte]

A Ponte que deu origem ao nome do bairro e ao time hoje se encontra pichada.
O clube se orgulha em ser a 1ª democracia racial do futebol brasileiro, tendo no início de sua história negros, brancos, pardos, operários, imigrantes e ferroviários.

O surgimento da Ponte Preta está diretamente ligado ao crescimento e desenvolvimento da cidade de Campinas. Por volta de 1860, o bairro que hoje abriga a sede da Ponte Preta era conhecido como Bairro Alto, que se estendia desde o Largo do Tanquinho (hoje Largo do Pará).

A Ponte Preta vem a ser o quê, digam? É a ponte, a ponte do trem,
que liga o Brasil ao mundo inteiro onde o céu é de cor bem anil.
Essa ponte leva de Campinas ao mar, ao mundo,
A Ponte Preta é nacional e internacional (...)
 
Os Brasilíadas (ed. Botequim de Idéias, 2001),
escrita aos “500 anos de Brasil,
2.000 anos de Cristo,
100 anos a A.A. Ponte Preta“
.

Em 1870, deu-se início à construção da Ferrovia Paulista, indo de Jundiaí a Campinas. A instalação dos trilhos requisitava a construção de uma ponte. A ponte era de madeira, e para melhor conservação, tratada com piche. Assim, enegrecida, surgiu a Ponte Preta (Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Campinas através da resolução n.34 de 26 de abril de 2001 transformando-se também num "bem de interesse arquitetônico, histórico e urbanístico" da cidade). A partir daí, a região em torno da ponte virou o Bairro da Ponte Preta, em 1872.

Miguel do Carmo.[25] O primeiro negro do futebol brasileiro a jogar por um clube. Também foi um dos fundadores da Ponte Preta.

A Associação Atlética Ponte Preta (fundada como "Associação Athletica Ponte Preta" devido a forma de escrita da época) surgiu em 1900,[26] graças a vários alunos do Colégio Culto à Ciência, que praticavam futebol no bairro da Ponte Preta, sendo portanto o time em atividade mais antigo do estado de São Paulo e o segundo clube mais antigo do Brasil.[27][28]

Os fundadores do clube naquele 11 de agosto do ano de 1900[29] eram: Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeão), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva (1º presidente da história do clube).

No ano de 1910, existiam em Campinas os seguintes clubes de futebol: Gymnasio A.C., A.A. Ponte Preta, Americano F.C., Mogyana A.A., London F.C., A.A. Campineira, S.C. Operário e A.S. Palmeiras. Ao final da década, o único clube a continuar sua trajetória no mundo futebolístico foi a Ponte Preta.[30]

Em 1912,[31] a Ponte juntamente com mais seis clubes decidiram criar a Liga Operária de Foot-Ball Campineira, promovendo então o “2º Campeonato Campineiro de Futebol”, que teve como campeã a Associação Athletica Ponte Preta, vencendo o Guarany Futebol Clube na primeira grande decisão do Dérbi Campineiro, um dos clássicos mais conhecidos do país. Em 28 de fevereiro de 1935, em reunião na residência do até então presidente da Ponte Dr. Francisco Ursaia, surgiu a definitiva Liga Campineira de Futebol.[32]

Campeã Campineira de 1944.
A Ponte para mim não é apenas um time de futebol. É o clube que eu amo e que levarei no coração para sempre.
 
Adrianinho, meia.

Outro nome de grande importância para o time além dos fundadores, foi Moysés Lucarelli. Nascido em Limeira, dia 4 de Fevereiro de 1900 foi o grande líder e idealizador da construção do estádio que mais tarde recebeu seu próprio nome como homenagem. Desde a arrecadação de fundos para a compra do terreno até a famosa "Campanha dos Tijolos", que arrecadou 250 mil tijolos em apenas dois meses no ano de 1946, Moysés (ou Moisés) sempre foi um exemplo para os sócios e torcedores na época.

Ele também foi com Roberto Gomes Pedroza e Gerolamo Ometo, entre poucos outros, o criador da Lei de Acesso no futebol paulista, em 1947, medida pioneira no futebol brasileiro e que foi implantada a partir de 1948.

Tradicional equipe do interior paulista, a Ponte teve suas conquistas regionais nas décadas de 30, 40 e 50, como seus 10 títulos campineiros e outros torneios. Mas foi a partir dos anos 70 que viveu seus melhores momentos, quando foi vice-campeã paulista em três oportunidades (1970, 1977 e 1979). Em 1981 o clube viveu o maior ano de sua história, foi campeã do primeiro turno paulista em cima de seu maior rival Guarani, chegou mais uma vez a final do Campeonato Paulista e alcançando pela primeira vez as semifinais do Campeonato Brasileiro, encerrando sua participação em 3º lugar.[33] Na década de 2000, a equipe teve um bom desempenho na Copa do Brasil de 2001, chegando às semifinais, e voltou a uma final do Campeonato Paulista (em 2008). O clube ainda conquistou 5 vezes o Campeonato Paulista do Interior (1951, 2009, 2013, 2015 e 2018).[34][35]. Em 2013, a Macaca tornou-se o primeiro time do interior de São Paulo a ser finalista de uma competição oficial organizada pela Conmebol, sendo vice-campeã da Copa Sul-Americana.[36][37]

Ata de Fundação[editar | editar código-fonte]

Data de início da Companhia Paulista em 1872 e fundação da Ponte Preta em 1900. Essa data de 11 de agosto foi adotada pelos fundadores do clube, justamente para homenagear a inauguração da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Convite (frente e verso) do 1° aniversário do clube, em 1901.

“No dia 11 de agosto de 1900, em um terreno baldio, à sombra de duas paineiras, realizou-se uma reunião convocada pelos senhores Miguel do Carmo (Migué), Luiz Garibaldi Burghi (Gigette) e Antonio de Oliveira (Tonico Campeão), para tratar da fundação de um clube de futebol. Os três senhores, depois de explicar aos presentes que disputaram jogos desde outubro do ano passado para o Gymnasio e outros quadros que se arranjavam, precisavam organizar-se em sociedade para terem um club onde pudessem efetuar partidas com os demais, e ter jogadores sempre juntos. Todos apoiaram a ideia e prometeram ser defensores e sócios do club, pagando a mensalidade, e tudo fazerem para que a ideia fosse avante. Por proposta do senhor Luiz Garibaldi Burghi, o club deveria ter o nome de Associação Atlética Ponte Preta em homenagem ao bairro em que foi fundado. Essa proposta foi imediatamente aprovada por todos os presentes com grande salva de palmas. O senhor Miguel do Carmo propôs que a mensalidade fosse cobrada a razão de 300 réis. Depois de grande discussão, essa proposta foi aprovada. Com a palavra ainda o senhor Miguel do Carmo fez ver aos presentes que a tarefa da comissão que tinha convocado aquela reunião estava terminada, porquanto todos estavam bem e par da finalidade da mesma e propunha que a dita comissão fosse dissolvida, e que se nomeasse o presidente do clube e pedia aos presentes que concordassem com o nome do senhor Pedro Vieira da Silva para aquele cargo. Essa proposta foi aceita por todos os presentes com uma grande salva de palmas.

O tradicional escudo[38] do clube foi criado em 1908, por João Burghi.

O senhor Miguel do Carmo pediu ao senhor Pedro Vieira da Silva que continuasse os trabalhos como presidente da nova Associação. Com a palavra o presidente eleito mandou que se fizesse a eleição dos outros cargo da diretoria e que foi eleita por aclamação, a seguinte diretoria: presidente: Pedro Vieira da Silva, secretario Alberto Aranha, o tesoureiro Miguel do Carmo, procurador Antonio de Oliveira, fiscal de campo Luiz Garibaldi Burghi. Pedindo a palavra o senhor Alberto Aranha propôs que todos os presentes fossem considerados sócios fundadores e os que se inscrevessem até o dia 31 de agosto tivessem as mesmas regalias. Essa proposta foi aprovada pelos presentes. Pedindo a palavra, o senhor Pedro Vieira da Silva pediu aos presentes que efetuassem com pontualidade os pagamentos de suas mensalidades, por ser preciso a compra de uma bola para poderem começar logo os seus jogos e disse, também, que o associado que tivesse em atraso em sem o respectivo recibo não podia treinar e tampouco tomar parte nos jogos. Pediu também aos presentes que indicassem quatro pessoas presentes para elaborar o regulamento da Associação. Foram indicados os nomes dos senhores Zico Vieira, Dante Pêra, Luiz Affonso e Alberto Aranha, que aceitaram a incumbência. Como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, o senhor presidente deu por encerrada a reunião, tendo todos os presentes levantado vivas a nova Associação e aos diretores nomeados. Foi só o que se passou na primeira reunião da Associação Atlética Ponte Preta, da qual lavrei apresente ata, que dato e assino”.

Campinas, 11 de agosto de 1900.
Alberto Aranha

Ponte Preta: a emoção do futebol[editar | editar código-fonte]

Campinas se tornou aos poucos, o maior centro produtor e exportador de café do país. O desenvolvimento também ocorreu na Indústria, Política e Cultura.

Nos três anos que precederam a fundação da Ponte Preta, a cidade de Campinas era varrida pelos ventos da modernidade. E modernidade, no final do século XIX, era aquela máquina esquisita - encantadora e ao mesmo tempo apavorante - que chamavam de cinematógrafo. Um jato de luz jogado na parede de uma sala escura mostrava imagens fotográficas que se moviam. Era de arrepiar. Invenção que levava campineiros às pencas ao Teatro São Carlos.

E a cidade, naqueles idos, respirava cultura. Naqueles três anos, nasceram na cidade duas novas bandas, a Carlos Gomes e a Azarias Dias de Melo. Por aqui faziam temporadas grandes companhias teatrais - como a Cunha Sales, a Fauré Nicolai e a Lírica Verdini -, que apresentavam-se para a seleta platéia formada por barões do café, mulheres dos barões de café e filhos dos barões de café. Campinas era aristocracia pura. Pelo menos dentro do teatro.

Modernidade, naquela virada de século, também era a luz elétrica que brotava de um dínamo de 20 amperes, de corrente contínua, que iluminava a refinada Casa do Livro Azul, na Baräo de Jaguara.[39] É, luz elétrica... A maior parte das casas campineiras - mesmo as mais sofisticadas - viviam de velas e lamparinas.

A arquitetura da cidade também mudava. Em 1898 - naquele mesmo ano do cinematógrafo e da luz elétrica - os engenheiros Edmundo Kerug, Antonio Raffin e Tito Martins Ferreira decidiram colocar abaixo o prédio da velha Cadeia Pública. Ele ficava no Centro, exatamente onde hoje está o monumento-túmulo de Carlos Gomes. E os nossos ladrões de galinha - que eram os marginais ousados daquela cidade inocente - foram transferidos para a nova cadeia, no Botafogo.

No ano seguinte, os trens já circulavam pelo ramal da Funilense, trazendo para o Mercado as sacas de grãos que eram colhidos lá pelas bandas do Funil (hoje Cosmópolis). As locomotivas eram o prenúncio do que estava por vir: as máquinas substituiriam as mãos.

Os meninos da Abolição[editar | editar código-fonte]

Pois nem todo campineiro andava preocupado com as óperas do teatro. Para um grupo de garotos de calças curtas, a maior transformação daquela virada de século era mesmo um esporte estranho que havia aportado na Capital pelas mãos de Charles Miller. Os meninos sabiam: seis anos antes daquele 1900, Miller - um filho de ingleses formado com toda pompa na Banis Court School de Southampton - já organizava na Várzea do Carmo, na Rua do Gasômetro, as primeiras partidas do foot-ball association.

Em 1900, o futebol já era mania entre os paulistanos e já era praticado pelos associados de clubes como o Säo Paulo Athetic, e o Germanya.[carece de fontes?] No interior, só o Savoia,[40] de Sorocaba, difundia a modalidade.

Em Campinas, aqueles meninos de calças curtas reuniram-se no começo da Rua Abolição, num descampado onde anos depois seria erguida a Escola Senai. Diz a lenda - a romântica lenda - que a assembleia aconteceu sob a sombra de duas paineiras, no dia 11 de agosto de 1900. Ali decidiram fundar um clube de futebol.

Faziam parte daquele grupo os garotos Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeäo), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva, que seria proclamado o primeiro presidente da Associação Atlética Ponte Preta.

Bolas de meia, traves de bambu[editar | editar código-fonte]

Time da Ponte em 1918. Guilherme, Amparense, Wath, Tonico Campeão, Vargean e João Fernandes. Alberto Aranha, João Ribeiro, A. Lopes, Lili e Chico Duarte.

Que os ponte-pretanos tirem da cabeça a imagem do Estádio Moisés Lucarelli. O Majestoso não existia nem em sonho. As primeiras partidas do association eram travadas em rapadões onde a molecada esfarelava os joelhos. Pés no chão mesmo, com direito a homéricas topadas de dedão e a chutes que deixavam as canelas repletas de manchas roxas.

A bola de couro - aquela autêntica, com câmara de ar e tudo - era um adereço desconhecido pela rapaziada. Jogava-se com bolas de meias e panos. E as traves - traves, o que é isso? - eram representadas por uma armação de bambus e ripas roubadas na construção mais próxima.

A primeira bola de verdade, inglesa, custou 10 mil réis e foi comprada em São Paulo. O dinheiro veio das mensalidades dos associados: 300 réis por cabeça. E o primeiro uniforme foi doado por um incentivador da garotada, José Giacomelli. Como o bondoso José não entendia nada de futebol - que, como vimos, era um esporte completamente desconhecido no Interior -, trouxe onze camisas idênticas. Esqueceu que o goleiro precisava de um uniforme diferente. Foi o mesmo benemérito Giacomelli que financiou, do próprio bolso, as primeiras redes que ornamentaram as traves (ou melhor, os bambus).

Mas a penúria que a garotada enfrentou naquele tempo não importa. Importante é saber que aquela abençoada reunião sob as paineiras da abolição fez nascer a Ponte Preta. Há 118 anos, os amantes do futebol agradecem, emocionados.

Rogério Verzignasse - Correio Popular, 1998.

Democracia racial[editar | editar código-fonte]

Tributo a Miguel do Carmo[editar | editar código-fonte]

Os primeiros times da Ponte Preta congregava jogadores que residiam no Bairro da Ponte Preta, região marcada pela presença de operários, ferroviários, mascates e imigrantes.

Autor: Jorginho Araújo[41]
Quando o "lundú" foi chegando e aqui ficou
Quando o "maxixe" era a arte de sinhô
Quando o Brasil despediu do imperador,
E os negros cantaram em seu louvor
Com um novo amanhã que se sonhou
Dançar e jogar capoeira nas esquinas
Marcou na história de "Campinas"
Quando um time de bola começou,
Sem preconceito a "Ponte" iniciava
Em sua camisa já brilhava
O preto e o branco com amor.
"Miguel do Carmo" fundador,
diretor e jogador o trem de ferro,
Na linha do tempo assistiu,
A democracia praticou a Ponte Preta abraçou
O primeiro negro no primeiro time do Brasil!

  • Música inspirada na história de vida de Miguel do Carmo, nascido em 1885 em Campinas, afro descendente, com apenas 15 anos de idade foi um dos fundadores da Associação Atlética Ponte Preta. Além de fundador, também foi diretor e jogador. Ao lado dos amigos, Pedro Vieira, Tonico Capitão, Burghi, entre outros. Ponte Preta e Miguel do Carmo tiveram importância fundamental na afirmação da democracia que marcou a história no início do século XX, ele foi o 1° negro a vestir a camisa da gloriosa Ponte Preta, firmando as cores, preto e branco, como suas cores oficiais.

O primeiro negro no futebol brasileiro[editar | editar código-fonte]

Foto da Carteira Funcional da Companhia Paulista. Miguel do Carmo nascido em 10 de abril de 1885, funcionário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro entre 1898 até 1925, registro 6.551, aposentado como guarda de trem, terceira classe.

[42] Miguel do Carmo, nascido em Jundiaí no dia 10 de abril de 1885, segundo fiscal de linha da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Campinas no fim do século XIX.

Seria só mais um dos que se empolgaram com o futebol, esporte que havia chegado recentemente ao país, não fosse um detalhe que, para a época, era bem mais que um detalhe: a cor de sua pele.

Negro, nascido três anos antes da abolição da escravatura no país, Miguel do Carmo se tornou o primeiro descendente de africanos a jogar futebol por um clube brasileiro quando ocupou sua posição de “centre-half” nas partidas iniciais da história da Ponte Preta, logo após a fundação da equipe em 1900.

A situação era impensável no fim daquele século e começo do próximo. Os times que praticavam o futebol no Brasil eram de clubes da elite branca. Alguns deles tinham regras que proibiam explicitamente a presença de negros em seus quadros.

Arthur Friedenreich, um dos maiores atletas da era amadora do futebol, filho de pai alemão e mãe negra, alisava os cabelos crespos antes de entrar em campo.

Até hoje, o Vasco é reconhecido por alguns como primeiro a superar o preconceito no país, por ter conquistado um título carioca com negros em 1923, assim como o Bangu por outros, com negros no time desde 1905. No caso específico do Vasco, em 1923, chocou o Rio ao vencer Flamengo, Botafogo e Fluminense, clubes da elite carioca, e conquistar o campeonato local com um time formado, principalmente, por negros e mulatos.

Outros apontam o Bangu, também do Rio, como o primeiro a aceitar um jogador negro, ao ter o apoiador Francisco Carregal no meio-campo de seu time de 1905.

Ambos são citados pelo jornalista Mário Rodrigues Filho no livro “O Negro no Futebol Brasileiro”, publicado em 1947.

“O Miguel jogou pela Ponte Preta até 1904, quando foi transferido pela Companhia Paulista para Jundiaí”, conta o historiador José Moraes dos Santos Neto, responsável pela pesquisa que pretende realinhar a cronologia da participação de negros no futebol. Além disso, porém, pouco se sabe a respeito dele.

“Quando começamos a documentar o início da Ponte, tínhamos as escalações dos times. Mas ninguém sabia quem era branco ou negro. Então fomos atrás, família por família”, explica Santos Neto, que encontrou apenas um documento de Miguel do Carmo: uma carteira de registro, com foto, de seu emprego como ferroviário.

Há, inclusive, a suspeita de que outros jogadores daquele time de 1900 fossem descendentes de africanos.

“Desconfio que o Alberto Aranha também fosse. Havia duas famílias Aranha em Campinas, uma no [bairro] Ponte Preta (Campinas), de negros, e outra no Cambuí (Campinas) [região nobre]“, diz o historiador.

“Pode ser parente do Benedicto Aranha, um contador negro que atuou no clube a partir de 1908″, completa.

Campeã Campineira de 1937.

A falta de certeza se dá pela pouca documentação encontrada. Os jornais ignoravam o novo esporte. “A imprensa só começa a cobrir o futebol em 1908, quando há uma tentativa frustrada de criação de uma liga competitiva”, explica Santos Neto.

Relegado até agora, Miguel do Carmo não muda o meio ou fim de uma história que inclui Leônidas e Pelé. Mas dá a ela um novo início.

O berço ponte-pretano foi decisivo para que jogadores negros tivessem oportunidade de defender as cores do time de Campinas logo nos primeiros anos de sua existência, quando essa interação racial era proibida em outras associações esportivas. O clube nasceu no bairro que lhe dá nome e que, na época, era morada de população operária, formada basicamente por artesãos e ferroviários.

Era natural, então, que a maior parte dos entusiastas que participaram das primeiras atividades da agremiação estivesse nessa camada de trabalhadores braçais. “A linha do trem, propositadamente, separava os bairros operários [como o Ponte Preta] do centro e da elite”, explica o historiador José Moraes dos Santos Neto. “A maioria dos moradores negros da vila eram funcionários da ferrovia”, diz ele. Foi por ali que o futebol chegou à cidade, por meio de um imigrante escocês chamado Thomaz Scott, engenheiro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A proximidade com os imigrantes permitiu aos negros da região que o preconceito fosse deixado de lado no momento de participarem das partidas disputadas nos campos improvisados. “Em Campinas não havia uma sociedade tão elitista e fechada como nos clubes sociais de São Paulo e do Rio”, conta o diretor e curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo. “A cidade tinha uma comunidade negra muito grande”, completa.

Isso, porém, não evitou que a equipe fosse hostilizada por conta da grande presença de negros e mulatos no time e entre os torcedores. Nos estádios em que a Ponte Preta se apresentava como visitante pelo interior do Estado, era comum ser recebida com os gritos de “macacos” e “macacada”.[43] A torcida, entretanto, preferiu transformar as ofensas em apelido e adotou a macaca como mascote do clube.[44][45]

“Entre os torcedores da Ponte existe de tudo: mulheres, crianças, negros, mulatos”, enumera Santos Neto. “Houve uma mistura entre a elite e o povão, uma quebra da hierarquia social. Na hora do gol, o médico abraça o cara que construiu o consultório dele”, diz o historiador. “Essa é uma característica do futebol que é ainda mais marcante na Ponte.[46]

Tentativa de reconhecimento pela FIFA[editar | editar código-fonte]

O clube enviou carta para a entidade máxima do futebol, FIFA em 2003.

A Ponte Preta pretende capitalizar com o reconhecimento do que chama de “primeira democracia racial”, por aceitar jogadores negros em seus quadros desde os jogos iniciais de sua história de mais de 100 anos. O ambiente misto da fundação da Ponte Preta ajudou a superar o preconceito e quer ser reconhecida por colocar em campo o primeiro negro do futebol brasileiro.

Em 2003 foi enviada uma carta à Fifa, informando a entidade sobre a participação de Miguel do Carmo no time formado após a fundação da equipe, em 1900. O retorno, em forma de congratulações, não foi considerado suficiente pela diretoria. O clube voltou a procurar a entidade que comanda o futebol mundial em busca do reconhecimento oficial e foi instruído a montar um dossiê completo sobre o jogador para que os documentos possam ser avaliados.

Em 2006 foi enviado outro documento de grande importância pelo historiador José Moraes dos Santos Neto formado na PUC e Unicamp, que colaborou e muito para relatar de descrever com detalhes a história da Ponte Preta desde a sua fundação. Porém a FIFA mais uma vez pareceu não dar grande importância ao fato de reconhecer e divulgar a Ponte como o 1º clube do Brasil e do Mundo a colocar em campo um jogador afro-descendente.

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Cronologia da Associação Atlética Ponte Preta
  • 1900 - É fundada a Associação Atlética Ponte Preta no dia 11 de agosto. Na Rua Abolição, sob a sombra de duas paineiras, pelos garotos Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeão), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva. A data teve como objetivo homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de agosto de 1872. Desde que o clube foi fundado nunca fechou suas portas por quaisquer razões e muito menos deixou de disputar partidas de futebol por algum período, portanto é o segundo clube de futebol mais antigo do Brasil em atividades ininterruptas.
  • 1900 - Miguel do Carmo, nascido em 1885 em Campinas, afro descendente, com apenas 15 anos de idade foi um dos fundadores da Associação Atlética Ponte Preta. Além de fundador, também foi diretor e jogador, sendo assim o primeiro clube do Brasil e da América do Sul a ter em seu time um jogador negro.
  • 1903 - Em 1903, na comemoração do terceiro aniversário do único clube de futebol da cidade, o Campo do Cruzeiro recebia seu primeiro grande jogo e foi contra o Jundiahy Foot Ball Club da cidade de Jundiaí. O campo ficou tomado em sua volta pela multidão ponte-pretana e a festa foi grande com a vitória da Ponte Preta por 3 a 1. Segundo a imprensa de Jundiaí que cobriu o evento a Ponte jogou com: Lima, Silvio, Oliveira, Aranha e Juca, Rodolpho Hartmann, Carlos e Fogaça, Ricardo Hartmann e Miguel.
  • 1908 - É criado o escudo da Associação Atlética Ponte Preta por João Burghi, sendo influenciado pelo visual dos escudos de times alemães da época.
  • 1909 - O primeiro time oficial jogou até 1911 com a mesma formação, eram eles:
Zico Vieira, Dante Pera, Amparense, Watch e Luís Afonso. José Jacomelli, Tonico Campeão e Zé Duarte. Moraes, Lilli, Lopes, Dito Aranha e Quinze.

  • 1912 - Em 1912, seis clubes reuniram-se e fundaram a denominada Liga Operária de Foot-Ball Campineira, promovendo o segundo campeonato campineiro de futebol, sendo que o primeiro clube a se sagrar campeão foi a Associação Athletica Campineira em 1907.
  • 1912 - Campeã pela 1ª vez da Liga Campineira de Futebol. A Ponte conquista seu primeiro título no futebol, na Liga Operária de Foot-Ball Campineira vencendo justamente seu maior rival por 1 a 0. Mais tarde o campeonato foi nomeado de Campeonato Campineiro e posteriormente de Liga Campineira de Futebol.

  • 1927 - A Ponte começa a mandar jogos no estádio da Avenida Júlio de Mesquita, projetado pelo engenheiro Lix da Cunha.
  • 1927 - Campeã Paulista do Interior (L.A.F).
  • 1927 - Campeã da Zona Mogiana do Campeonato Paulista (L.A.F)
  • 1929 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. Sagrando-se vice campeã pela primeira vez ficando atrás apenas do Club Athletico Paulistano, no Campeonato Paulista de 1929 pela L.A.F.
  • 1929 - Aplicada a maior goleada da história do clube em 29 de setembro de 1929. Jogando contra a Portuguesa FC, a Ponte saiu vencedora pelo placar de 13 a 1.

  • 1930 - A Ponte perde o estádio, hipotecado, para credores.
  • 1930 - Campeã da 4ª Região do Campeonato Paulista (A.P.E.A)
  • 1931 - Campeã pela 2ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1933 - A Ponte Preta aluga o Estádio da Mogiana para disputar os campeonatos de caráter estadual.
  • 1933 - Campeã da Subdivisão de Campinas do Campeonato Paulista
  • 1935 - Em 28 de fevereiro de 1935, na residência do Dr. Francisco Ursaia, presidente e representante da Associação Athletica Ponte Preta, com a presença do presidente do Guarany FC, Jomo Mezzalira, fundaram a definitiva Liga Campineira de Futebol, assumindo o controle do desunido futebol local, que se filiou a Liga Paulista de Futebol, entidade oficial no Estado de São Paulo filiada a Confederação Brasileira de Desportos.
  • 1935 - Campeã pela 3ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1936 - Campeã pela 4ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1937 - Campeã pela 5ª vez da Liga Campineira de Futebol.

  • 1940 - Campeã pela 6ª vez da Liga Campineira de Futebol
  • 1942 - Em 1942 é formado o primeiro Conselho Deliberativo, com poderes estatutários para orientar e aprovar negócios sociais do clube.
  • 1942 - Ano em que foi fundada a primeira torcida organizada da Ponte Preta e uma das primeiras do Brasil, chamada de Grêmio Pontepretano.
  • 1943 - Campeã do Torneio Confraternização Esportiva contra o rival Guarani FC.
  • 1944 - Surge a tradicional faixa da camisa ponte-pretana. Originalmente ela corria na diagonal, da direita para a esquerda.
  • 1944 - Campeã pela 7ª vez da Liga Campineira de Futebol
  • 1944 - No dia 11 de agosto, é lançada a pedra fundamental do Estádio Moisés Lucarelli, em um terreno de 35 mil metros quadrados, adquirido e repassado ao clube pelos diretores Moisés Lucarelli, Olímpio Dias Porto e José Cantúsio. A festa tem a presença do Comendador Rodolpho Crespi, benemérito do Clube Atlético Juventus, de São Paulo.
  • 1944 - O centroavante Cilas fica marcado como o maior artilheiro em dérbis da história da Macaca. Ele marcou 9 gols e atuou de 1941 a 1945 com a camisa alvinegra.
  • 1946 - Em 20 de janeiro de 1946 realiza seu primeiro jogo contra uma equipe estrangeira no Campo da Mogiana, empatando com o Libertad do Paraguai em 1x1.
  • 1947 - Campeã pela 8ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1947 - Campeã do Torneio de Verão da FPF (Federação Paulista de Futebol).
  • 1948 - Em 1948 foi erguido pelos próprios torcedores o 3° maior estádio do Brasil na época. O estádio da Ponte Preta foi construído na antiga chácara Maranhão, no Bairro Ponte Preta (local onde existia uma modesta casinha, onde foi determinado o centro do gramado). Durante o período foram realizadas várias campanhas para arrecadação de materiais como a "Caravana dos 250 mil tijolos" e a "Campanha do cimento". Inaugurado em uma missa campal dia 7 de setembro de 1948 com 12 mil lugares disponíveis. Pela 1ª partida oficial realizada no dia 12 de outubro, a Ponte foi derrotada pelo XV de Piracicaba por 3 a 0.
  • 1948 - Campeã pela 9ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1949 - Campeã da Taça Cidade de Campinas, disputado por Ponte Preta, Guarani e Mogiana.

  • 1951 - Campeã Paulista de Amadores do Estado
  • 1951 - Campeã Paulista do Interior
  • 1951 - A convite dos grandes clubes de São Paulo, a Ponte disputava pela primeira vez a divisão de elite do Campeonato Paulista.
  • 1951 - Campeã pela 10ª vez da Liga Campineira de Futebol.
  • 1952 - Campeã do Torneio Triangular de Campinas, disputado por Ponte Preta, Guarani e Bangu-RJ.
  • 1952 - Audaciosa, a Ponte foi o primeiro clube do interior a contratar jogadores estrangeiros. O clube trouxe para reforçar seu elenco os uruguaios Cabreira e Raul Dias.
  • 1952 - A faixa transversal do uniforme é modificada e passa a ser da esquerda para a direita, assim como é nos dias atuais.
  • 1959 - A Ponte sofre a maior goleada de sua história, caindo diante do Santos, na Vila Belmiro, por 12 a 1.

  • 1960 - Em 11 de agosto daquele ano, durante o 60º aniversário do clube, foi inaugurado o busto de Moisés Lucarelli no Estádio, aquele que foi o grande responsável pela construção do estádio de mais de 60 anos.
  • 1960 - O time faz a pior campanha entre os 18 clubes do Paulistäo. Em 34 partidas, a Ponte venceu apenas 4, empatou 9 e perdeu 21. O clube é rebaixado para a série A2.
  • 1968 - Em 68 foram iniciadas as obras do complexo poliesportivo do Jardim das Paineiras, mais conhecido hoje como Unidade Paineiras.
  • 1969 - É fundada a Torcida Jovem da Ponte Preta, a mais antiga organizada da Macaca em atividade e uma das maiores torcidas organizadas do interior do país.
  • 1969 - Campeã da Série A2 de 1969. O time ficou conhecido como "O Expresso da Vitória". Depois de 9 anos a Ponte retornava à divisão de elite do futebol paulista, sagrando-se, campeã do quadrangular final, disputado no estádio do Palmeiras, em São Paulo, contra Linense, Francana e Noroeste.
O Expresso da Vitória: Presidente: Sérgio Abdalla. Diretor: Pery Chaib. Técnico: Zé Duarte. Preparador Físico: Maurinho. Diretor: Campagnone. Massagista: Hélio Santos. Jogadores: Pivetti, Samuel, Nelsinho, Araújo, Luizinho, Teodoro, Joãozinho, Roberto Pinto, Alan, Manfrini, Djair, Dicá, Adílson, Wilson, Maurício, Zezinho, Geraldo, Spana, Dagoberto, Santos e Sérgio Moraes.

  • 1970 - Taça dos Invictos.
  • 1970 - No dia 16 de Agosto de 1970 a Ponte Preta que estava voltando para a elite do futebol Paulista enfrentava o Santos de Pelé e foi nesse mesmo dia que registrou o maior público do Estádio Moisés Lucarelli, o público divulgado foi de 33.500, mas historiadores e jornais da época diziam que havia 40 mil pessoas dentro do estádio e mais 4 mil do lado de fora que não conseguiram entrar. Naquela partida a equipe campineira foi derrotada por 1 a 0.
  • 1970 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. Após o título da Divisão Especial de Acesso no ano anterior, fez grandes jogos inclusive derrotando o tricampeão Santos de Pelé. A Ponte encerrou sua participação em uma vitória por 2 a 1 contra o Botafogo-SP terminando na vice liderança ao lado do Palmeiras, ambos com 22 vitórias na competição.
  • 1970 - Ainda em 1970 a Ponte Preta foi a primeira equipe do Interior do Brasil a disputar um campeonato nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
  • 1975 - Ano de fundação de outra torcida organizada da Macaca, a Ponterror.
  • 1976 - A Ponte disputa pela primeira vez o Campeonato Brasileiro e chega até a terceira fase, que reunia os 18 melhores times do País.
  • 1977 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. Com o melhor time de sua história, chega ao vice-campeonato paulista pela 2ª vez. A final, foi decidida em 3 jogos: o primeiro jogo com vitória do Corinthians por 1x0. No segundo jogo vitória da Macaca por 2x1 de virada, com gols de Vaguinho, Dicá e Rui Rei, nesse jogo o Estádio do Morumbi recebeu o maior público de futebol na sua história, 146.082 pessoas. Na terceira partida também disputada no Morumbi a equipe campineira foi derrotada pelo Corinthians por 1x0. O time da capital não vencia o campeonato desde 1954. A Ponte jogou com:Carlos, Jair, Oscar, Polozzi e Angelo; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei e Tuta. Técnico: Zé Duarte.
  • 1978 - Conquista o Troféu Governador do Estado, equivalente ao 2° turno do Paulistão.
  • 1979 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. A Ponte chegava a final do Campeonato Paulista de Futebol pela 3ª vez, caindo na final diante do mesmo Corinthians, por 2 a 0. A escalação:Carlos, Toninho, Juninho, Nenê e Odirlei; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá (Humberto); Lúcio (Lola), Osvaldo e João Paulo. Técnico: Zé Duarte.
  • 1979 - Em 79 a música "Raça de Campeã" do cantor e compositor Renato Silva, inicialmente feita para a Torcida Jovem, acabou superando a popularidade do antigo hino do clube "Avante Ponte Preta" de 1971, criada por Maria Aparecida Mota Aguiar. A canção de Renato Silva foi escolhida como Hino Oficial do clube, utilizada até os dias de hoje.

  • 1981 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. No jogo decisivo, foi derrotada pelo São Paulo por 2 a 0, gols de Renato e Serginho. A Ponte jogou com:Carlos, Toninho, Juninho, Nenê e Odirlei; Zé Mário, Marco Aurélio e Dicá; Édson (Abel), Chicão (Humberto) e Osvaldo. Técnico: Jair Picerni.
  • 1981 - Campeã da Copa São Paulo de Futebol Junior.
  • 1981 - No Campeonato Brasileiro de 81 a Ponte fez uma bem-sucedida campanha. Na fase de grupos ficou em 2° lugar com 12 pontos, atrás apenas do Club de Regatas Vasco da Gama. Na 2ª fase terminou em primeiro lugar do grupo com 9 pontos ganhos, garantindo vaga nas Oitavas-de-Final. Ja nas Oitavas eliminou o Vasco e foi até Porto Alegre para enfrentar o Grêmio pela Semi-Final. Diante de um público de 98 mil pessoas a Ponte venceu por 1 a 0, mas não foi o suficiente, já que havia perdido o jogo anterior por 3 a 2. Terminou o campeonato em 3° lugar. O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se sagrou o campeão daquele ano.
  • 1981 - É fundada a Torcida Uniformizada Serponte, que na década de 90 se tornou a maior torcida organizada da Ponte Preta, chegando ao número de 10 mil sócios.
  • 1982 - Bi-Campeã da Copa São Paulo de Futebol Junior.
  • 1986 - No dia 26 de Janeiro o maior ídolo da história da Macaca, Dicá, se despede da torcida em uma partida amistosa no Majestoso contra o Grasshoper da Suíça. A Ponte venceu a partida por 2 a 0.
  • 1987 - A Ponte fica em penúltimo lugar no Paulistão, só a frente do Bandeirante de Birigüi, e é rebaixada para a divisão de acesso.
  • 1988 - Em 1988, a Ponte Preta iniciou a temporada na Série A1 do Campeonato Paulista. Porém, o rebaixamento do ano anterior obrigou o clube a jogar a Série A2, que se negou a participar.
  • 1989 - A Ponte retorna à divisão de elite, ao sagrar-se vice-campeã da divisão de acesso. O título ficou com o Ituano.

  • 1990 - Jogou pela primeira e única vez a série C do Campeonato Brasileiro, com um total de 30 clubes terminou o campeonato em 16° lugar, mas no ano seguinte (1991) jogou a série B, que já contava com 64 clubes, ficando em 22° lugar.
  • 1991 - Campeã Paulista de Aspirantes.
  • 1995 - Outra vez a Ponte é rebaixada no campeonato estadual. Em 30 jogos no Paulistão, a equipe venceu 7, empatou 8 e perdeu 15.
  • 1997 - Vice-campeã do Campeonato Brasileiro Série B, a Ponte volta a elite depois de 11 temporadas depois do empate com o Nautico em 1x1, com um público de 21.070 pessoas no Majestoso. O título daquele ano ficou com o América Mineiro.
  • 1999 - Outro ano importante para a A.A.P.P, o retorno definitivo para a elite do futebol Paulista. Na fase de grupos, líder absoluta com 42 pontos ganhos. Já na segunda fase, também em primeiro lugar empatando com o Etti Jundiaí em número de pontos e vitórias, mas com melhor saldo de gols. Encerrou o campeonato com uma goleada sobre o Mirassol por 5x0 no Estádio Moisés Lucarelli. (Público: 25 mil pessoas)

  • 2000 - Centenário da Associação Atlética Ponte Preta. Um dos clubes mais tradicionais do Estado de São Paulo e do Brasil completava 100 anos. De Janeiro até o aniversário do clube em Agosto, foram realizados diversos eventos pela cidade em comemoração ao centenário, que envolveu mais de 30 mil pessoas, com exposições fotográficas, lançamento de livro, jantar, passeios de bicicleta, eventos culturais e homenagens a ex-atletas.
  • 2000 - Troféu Brasil 500 anos, organizado pela Federação Paulista de Futebol.
  • 2001 - 3° Lugar na Copa do Brasil.
  • 2001 - O atacante Washington teve um feito inédito até então em sua carreira e na história da Ponte Preta, foi artilheiro de 2 competições no mesmo ano: 16 gols em 16 jogos do Campeonato Paulista e 11 gols em 08 jogos da Copa do Brasil.
  • 2006 - Rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro.
  • 2008 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. Em mais uma final de Campeonato Paulista, depois de 27 anos, só que dessa vez derrotada pelo Palmeiras.
  • 2009 - Campeã Paulista do Interior
  • 2011 - O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprova o tombamento da fachada do Estádio Moisés Lucarelli.
  • 2011 - Pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2011 - Série B, no dia 19 de Novembro em pleno Majestoso a Macaca retornava mais uma vez a elite do Campeonato Brasileiro goleando o ABC por 4 a 1 com gols de Ricardo Jesus (2), Caio e Renatinho. O time era:Júlio César, Guilherme, Leandro Silva, Ferrón, Uendel; João Paulo Silva, Josimar, Caio (Tiago Luís), Renato Cajá (Gerson); Ricardinho (Renatinho) e Ricardo Jesus. Técnico: Gilson Kleina.
  • 2013 - Campeã Paulista do Interior
  • 2013 - Depois de 113 anos de história, a veterana realiza seu primeiro jogo internacional por uma competição oficial na Copa Sul-Americana de 2013 contra o time Colombiano Deportivo Pasto e vence por 2 a 0, diante de mais de 15 mil torcedores no Moisés Lucarelli.
  • 2013 - Vice-Campeã da Copa Sul-Americana. Eliminando gigantes como Vélez Sársfield e São Paulo, a Ponte chegaria a sua primeira final de uma competição internacional.
  • 2013 - Rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro.
  • 2014 - Vice-campeã do Campeonato Brasileiro Série B pela 2ª vez. Depois de um ano fora da elite, conquistou o acesso com 4 rodadas de antecedência, com 19 vitórias, 12 empates e 7 derrotas e um aproveitamento de 60,5% na competição.
  • 2015 - Campeã Paulista do Interior.
  • 2017 - Vice-Campeã Paulista da Primeira Divisão. Depois de 9 anos da última final disputada contra o Palmeiras em 2008 e após 40 anos da polêmica final de 1977 contra o Corinthians, a Ponte reencontrou o rival alvinegro da capital paulista. Sendo derrotada no Moisés Lucarelli por 3 a 0 e empatando em 1 a 1 na Arena Corinthians, o clube ficou pela 7ª vez na história com o vice-campeonato do estadual.
  • 2018 - Campeã Paulista do Interior.
  • 2022 - Rebaixada no Campeonato Paulista.[47]
  • 2023 - Campeã da Série A2. A Ponte teve o melhor ataque do campeonato, mais vitórias, melhor aproveitamento, os maiores públicos (como mandante e visitante) e maior média de público, superando os 8 mil torcedores por jogo. Conquistou o acesso de volta à elite do Campeonato Paulista.

Legenda:

  • - Conquistas Estaduais
  • - Conquistas Municipais
  • - Campeão Invicto
  • - Outras Conquistas

Títulos[editar | editar código-fonte]

Troféu conquistado pela Ponte Preta na Divisão Especial de Acesso (atual Série A2 do Campeonato Paulista) em 1969.
Imagem dos 4 troféus recentes do Campeonato do Interior conquistados pela Ponte Preta. (2009, 2013, 2015 e 2018)
HONORÁRIOS
Competição Títulos Temporadas
Troféu Brasil 500 anos 1 2000(1)
Taça dos Invictos 1 1970
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Paulista - Série A2 4 1927, 1933, 1969 e 2023
(2)
Troféu do Interior Paulista 4 2009, 2013, 2015 e 2018
MUNICIPAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Campineiro 10 1912, 1931, 1935, 1936, 1937, 1940, 1944, 1947, 1948 e 1951
Taça Cidade de Campinas 1 1949

Campeão Invicto

(1) 1º lugar da 1ª Fase do Campeonato Paulista Série A-1 – Troféu "Brasil 500 Anos da F.P.F."[48]
(2) Títulos reconhecidos pela Federação Paulista.[49]

Outras conquistas[editar | editar código-fonte]

  • 2º turno Campeonato Paulista F.P.F — 1978
  • 1º Turno do Campeonato Paulista (F.P.F) — 1981
  • Troféu Folha de S.Paulo — 1977 e 1984
  • Zona Paulista do Camp. Paulista (A.P.E.A.) — 1923
  • Campeonato da Quarta Região da Zona Paulista (A.P.E.A) 1930
  • Campeonato Campineiro de 2° Quadros — 1935, 1936, 1937, 1943, 1944
  • Torneio Confraternização Esportiva — 1943
  • Torneio de Verão da F.P.F — 1947
  • Campeonato Paulista Amador — 1951
  • Torneio Triangular de Campinas — 1952
  • Grupo Intermediário do Camp. Paulista da F.P.F — 1954

Campanhas de destaque[editar | editar código-fonte]

Títulos na base[editar | editar código-fonte]

NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa São Paulo de Futebol Júnior 2 1981 e 1982
Torneio Internacional Brasil-Japão 1 2014 (Sub-15)
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa Verde 1 2017 (Sub-13)
Copa Hitachi Brasil 1 2017 (Sub-15)
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Paulista 3 1 (Sub-17) - 2017

2 (Sub-11) - 1981 e 2009

Campeonato Paulista de Aspirantes 2

1951 e 1991   

Paulista Cup 1 (Sub-16) - 2017
Copa Ouro 2 1 (Sub-15) - 2014

1 (Sub-17) - 2014

Copa São Roque de Futebol 1 2011 (Sub-20)

Outras conquistas:

Copa Paulínia/Champs de Futebol

Títulos no Basquete[editar | editar código-fonte]

MUNDIAIS
Competição Títulos Temporadas
Mundial de Clubes 2 1993 e 1994
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa Brasileira 1 1991
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Jogos Regionais 2 1992 e 1993
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Paulista 4 1990, 1992, 1993 e 1994

Campeão Invicto

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Participações[editar | editar código-fonte]

Participações em 2024
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última A Aumento R Baixa
São Paulo Campeonato Paulista 60 Vice-campeão (7 vezes) 1928 2024 5
Série A2 14 Campeão (4 vezes) 1947 2023 4
São PauloRio de Janeiro Rio-São Paulo 1 11º colocado (2002) 2002
Brasil Campeonato Brasileiro 24 3º colocado (1981) 1970 2017 4
Série B 21 Vice-campeão (1997 e 2014) 1971 2024 3
Copa do Brasil 20 Semifinais (2001) 1999 2023
Copa Sul-Americana 3 Vice-campeão (2013) 2013 2017

Retrospecto dos últimos anos[editar | editar código-fonte]

  • 2013 - Campeonato Paulista de Futebol de 2013: campeã do Interior Paulista
  • 2013 - Vice-campeã da Copa Sul Americana de 2013
  • 2014 - Acesso ao Campeonato Brasileiro da Série A de 2015
  • 2015 - Campeonato Paulista de Futebol de 2015: campeã do Interior Paulista
  • 2017 - Vice-campeonato paulista
  • 2018 - Campeonato Paulista de Futebol de 2018: campeã do Interior Paulista
  • 2019 - Vice-campeã do Interior Paulista
  • 2023 - Campeã do Campeonato Paulista Série A2

Registros[editar | editar código-fonte]

Bola de Prata da Revista Placar[editar | editar código-fonte]

Ano Nome do Jogador Prata
2016 Brasil William Pottker 1
2000 Brasil Mineiro 1
1982 Brasil Juninho 1
1982 Brasil Carlos 1
1981 Brasil Zé Mario 1
1980 Brasil Carlos 1
1978 Brasil Odirlei 1
1977 Brasil Polozzi 1
1977 Brasil Oscar 1

Maiores artilheiros[editar | editar código-fonte]

Goleadores na História
Atleta Gols
Dicá 155 Gol marcado
Paulinho 140 Gol marcado
Chicão 106 Gol marcado
Osvaldo 89 Gol marcado
Bibe 88 Gol marcado
Baltazar 86 Gol marcado
Washington 82 Gol marcado
Nabor 76 Gol marcado
Ayrton 74 Gol marcado
Armando 73 Gol marcado
Bruninho 73 Gol marcado








Fatos históricos[editar | editar código-fonte]

É o clube de futebol mais antigo do Estado de São Paulo. Entre todos os clubes do interior, o que mais chegou as finais do Campeonato Paulista.
  • Homenagem à Ferrovia

A data de fundação do clube teve como objetivo homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de agosto de 1872.[51][52]

  • Pioneira Racial

Foi o primeiro clube do Brasil a ter cidadãos afrodescendentes em seus quadros, desde a sua fundação em 11 de agosto de 1900. Entre os próprios fundadores da Ponte existiam negros e mulatos, como Benedito Aranha, por exemplo, que fez parte da primeira diretoria alvinegra. Já Miguel "Migué" do Carmo tornou-se jogador do primeiro elenco pontepretano e também foi um dos fundadores. Além desse fato, haviam jogadores que trabalhavam como operários, ferroviários e mascates, uma mistura de classes sociais e variadas ascendências.[53]

  • Pioneira nacional

A Ponte Preta foi a primeira equipe do Interior do Brasil a disputar um campeonato nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

  • Mais vezes finalista

A Ponte Preta é o time do interior que chegou em mais decisões do Campeonato Paulista e no total possui 7 vice-campeonatos incluindo o Campeonato Paulista de 1929 pela LAF.

  • Jogadores estrangeiros

Foi o primeiro clube do interior a contratar jogadores estrangeiros: Cabreira e Raul Dias, uma prova de ousadia pois os dois jogadores trazidos em 1952 eram do Uruguai, país que dois anos antes havia vencido o Brasil em pleno Maracanã, conquistando a Copa do Mundo de 1950.

  • Ponte 13 x 1 Portuguesa FC

A maior goleada da história do clube foi em 29 de setembro de 1929, jogando contra a Portuguesa FC, a Ponte venceu pelo placar de 13 a 1.

  • Maiores goleadas em jogos oficiais

As maiores goleadas da Ponte em jogos por competições oficiais foram 8 a 1 contra a Ferroviária pelo Campeonato Paulista de 1994 e 8 a 1 contra o Castanhal-PA na Copa do Brasil de 2001. Pelo Campeonato Brasileiro Série A foi a vitória de 6 a 2 sobre o Botafogo-PB em 23 de março de 1980 e pelo Campeonato Brasileiro - Série B a de 6 a 0 sobre o Santa Cruz em 4 de agosto de 2007, seguida pela de 7 a 2 sobre o Figueirense em 29 de janeiro de 2021, aquela na qual marcou mais gols, embora a diferença de gols menor.[54] Essa vitória sobre o Figueirense marcou também a primeira vez que a Macaca marcou 7 gols fora de casa desde 8 de agosto de 1953, quando a Ponte havia vencido o Juventus na capital paulista por 7 a 1.[55]

  • Recorde de público

O recorde de público oficial do Majestoso é de 37.274 (34.985 pagantes), em derrota para o São Paulo em 1978, mas especula-se, que numa partida realizada entre a Ponte e o Santos em 1970, na qual os portões foram arrombados, tenham estado presentes cerca de 40.000 pessoas.

O recorde de público do Estádio Olímpico do Grêmio foi registrado em uma vitória da Ponte por 1 a 0 dia 26 de abril de 1981, pelo Campeonato Brasileiro.
Público: 98.421 (85.751 pagantes)
  • Visitante indigesta

Morumbi (São Paulo) e Olímpico (Porto Alegre), dois dos mais importantes palcos do futebol brasileiro têm seus recordes de público em vitórias da Ponte Preta. Em 1977, mais de 145.000 pessoas estiveram presentes no Morumbi para ver a Ponte bater o Corinthians por 2 a 1, de virada, pelo segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista. Em 1981, a Macaca bateu o Grêmio por 1 a 0 diante de 98.000 espectadores (85.000 pagantes) pela semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol.[56][57]

  • A possível fusão com o Juventus da Mooca

Em 1949, faltou muito pouco para a Ponte Preta se fundir com o Juventus. O Moleque Travesso enfrentava uma séria crise financeira, agravada com a saída do conde Adriano Crespi, e a Macaca queria a todo custo um lugar na elite do futebol estadual. A Ponte ficou sabendo do suposto interesse do clube da Mooca de abandonar o futebol profissional e iniciou os contatos para a fusão. A Macaca assumiria os salários dos atletas e funcionários do Juventus, mas manteria suas cores, seu nome e a sede permaneceria em Campinas.[58]

  • Jogadores para a Seleção Brasileira

Em 1978, a Ponte Preta cedeu três atletas para a Seleção Brasileira de Futebol disputar a Copa do Mundo. No total o clube revelou 5 jogadores e teve mais de 10 convocações, ficando entre os 20 clubes brasileiros e estrangeiros, que mais revelaram jogadores para a Seleção Canarinho.

  • Despedida de Pelé

A despedida do maior jogador de todos os tempos, Pelé dos gramados do futebol brasileiro se deu numa partida entre Associação Atlética Ponte Preta e Santos Futebol Clube, no dia 2 de outubro de 1974 com vitória do Santos por 2 a 1.[59]

A Ponte detém a maior "invasão" feita por uma torcida de um clube do interior a outra cidade. Na Copa Sul-Americana de 2013, quando mais de 28 mil pontepretanos compareceram para acompanhar a final no Estádio do Pacaembu contra o Lanús da Argentina.
  • Em pontos corridos

No ranking de aproveitamento dos pontos corridos a Ponte é o 5° clube com melhor desempenho entre os clubes paulistas. Desde que foi estabelecida essa fórmula em 2003 a Macaca conquistou 432 pontos, tem 9 participações e a melhor campanha entre os clubes do interior (8° lugar em 2016).[60] (ja contabilizados os números de 2017).[60]

  • Bola de Prata

Ao final de cada Campeonato Brasileiro a revista Placar concede o troféu Bola de Prata aos melhores jogadores em cada posição. A Ponte teve 8 atletas premiados desde a criação do troféu, são eles: Oscar (zagueiro, 1977), Polozzi (zagueiro, 1977), Odirlei (lateral, 1978), Carlos (goleiro, 1980 e 1982), Zé Mario (volante, 1981), Juninho (zagueiro, 1982), Mineiro (volante, 2000) e William Pottker (atacante, 2016).

  • Artilharia

O clube também teve seus artilheiros nas edições do Campeonato Paulista de 2001 com Washington (16 gols), Copa do Brasil de 2001 mais uma vez com o atacante Washington (12 gols), Campeonato Paulista de 2013 com William (13 gols) e recentemente do Campeonato Brasileiro de 2016 com William Pottker (14 gols) sendo o primeiro e único goleador da macaca na elite do futebol brasileiro.[61] No ano de 2017, Pottker também atingiu a artilharia ao lado de Gilberto com 9 gols repetindo o mesmo feito do Coração Valente de ser artilheiro pelo campeonato estadual e um campeonato nacional com a camisa alvinegra.[62]

  • Sócrates na Ponte

Sócrates, depois de participar da grande Seleção Brasileira de 1982 e ir jogar na Fiorentina, quase voltou ao Brasil para jogar na Ponte Preta, em agosto de 1985. Seria uma negociação em parceria com a empresa Luqui, que tinha Luciano do Valle como um dos sócios, torcedor declarado da Ponte. Sócrates saiu da Fiorentina, na Itália, e desembarcou em Campinas. Vestiu a camisa da Ponte Preta, deu entrevistas como jogador do time e foi o personagem de reportagens falando sobre a surpreendente repatriação. Mas a questão financeira atrapalhou essa que seria uma das negociações mais alternativas do futebol brasileiro. Um ano depois, em 1986, quem veio para vestir a camisa alvinegra foi Raí, irmão mais novo de Sócrates, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto.[63]

  • O mascote e o preconceito dos rivais

O mascote da Ponte é a Macaca. O apelido é utilizado no feminino pois se trata da Associação Atlética, substantivo feminino. Os rivais da cidade e de outras torcidas do interior se referiam à torcida da Ponte como Macacos pois eram vistos como arruaceiros.

Em 2013 ficou a frente de grandes clubes do futebol mundial como Inter de Milão, Liverpool e River Plate.
  • Ranking IFFHS

No ano de 2013 a Ponte encerrou a temporada na frente de grandes potências do futebol: Inter de Milão, Nacional do Uruguai, River Plate, Liverpool, América do México e Peñarol foram alguns dos importantes clubes que ficaram atrás do time campineiro no Ranking Mundial de Clubes da IFFHS, que pontua todos os clubes do Mundo levando em consideração os resultados nos últimos 365 dias. A Ponte encerrou o ano no 105° lugar com 122,00 pontos no Ranking.[64][65]

  • Mil gols em casa pelo estadual

Jogando contra o Marília (pela 4ª rodada do Campeonato Paulista de 2015), Renato Cajá, meia habilidoso com boas passagens pela Ponte em 2008, 2011-2012 e 2013-2014, fez o milésimo gol da Ponte em Campeonatos Paulistas da 1ª divisão, jogando no Majestoso (total de 673 partidas).[66]

Partidas internacionais[editar | editar código-fonte]

A Ponte realizou seu primeiro jogo internacional por uma competição oficial na Copa Sul-Americana de 2013 contra o time Colombiano Deportivo Pasto e venceu por 2 a 0, diante de mais de 15 mil torcedores no Estádio Moisés Lucarelli.[67] Após a Sul-Americana de 2013 realizou o feito de ser um dos únicos clubes do interior paulista a ser finalista de uma competição oficial organizada pela Conmebol, ao lado do São Caetano, finalista da Libertadores de 2002.

Além disso, manteve uma série de invencibilidade em jogos contra times estrangeiros durante 64 anos. Foi no período de 1946 a 2010, até que em um jogo-treino seu time reserva foi derrotado[68] por 2 a 1 pela Seleção da África do Sul, que era comandada por Carlos Alberto Parreira e se preparava para realizar a Copa do Mundo FIFA de 2010 como país anfitrião. Até então, a Ponte jamais havia perdido uma partida internacional (19 partidas invicta). Contabilizando apenas jogos comemorativos e jogos oficiais, o total é de 21 partidas e 67 anos sem derrotas, vindo a perder por 1 a 0 na partida de volta da segunda fase da Copa Sul-Americana de 2013, na Colômbia, contra o Deportivo Pasto.

Estatísticas Oficiais
Jogos 33
Vítórias 20
Empates 9
Derrotas 4
Gols marcados 69 gols
Gols sofridos 26 gols
Maior goleada Ospitaletto 2 x 12 Ponte Preta - Foligno, Itália - 11 de agosto de 1988
Partidas invictas 19 Partidas

Confira todos os jogos:

Data Mandante Placar Visitante Competição Local
20 de janeiro de 1946 Brasil Ponte Preta 1 - 1 Libertad Paraguai Amistoso Estádio da Mogiana, Campinas
3 de julho de 1949 Brasil Ponte Preta 2 - 2 Rapid Viena Áustria Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
17 de fevereiro de 1952 Brasil Ponte Preta 2 - 0 Estudiantes Argentina Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
25 de maio de 1978 Brasil Ponte Preta 1 - 0 Seleção da Tunísia Tunísia Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
17 de agosto de 1978 Romênia Bihor 3 - 4 Ponte Preta Brasil Amistoso Oradea, Romênia
21 de agosto de 1978 Arábia Saudita Al Ahli 1 - 2 Ponte Preta Brasil Amistoso Jeddah, Arábia Saudita
23 de agosto de 1978 Arábia Saudita Al Wahda 1 - 2 Ponte Preta Brasil Amistoso Jeddah, Arábia Saudita
12 de maio de 1982 Bolívia Blooming 0 - 0 Ponte Preta Brasil Amistoso Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
16 de maio de 1982 El Salvador Seleção de El Salvador 2 - 2 Ponte Preta Brasil Amistoso San Salvador, El Salvador
19 de maio de 1982 El Salvador Seleção de El Salvador 0 - 3 Ponte Preta Brasil Amistoso San Salvador, El Salvador
26 de janeiro de 1986 Brasil Ponte Preta 2 - 0 Grasshoper Suíça Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
9 de agosto de 1988 Itália Siena 0 - 2 Ponte Preta Brasil Amistoso Siena, Itália
11 de agosto de 1988 Itália Ospitaletto 2 - 12 Ponte Preta Brasil Amistoso Foligno, Itália
13 de agosto de 1988 Itália Ravenna 0 - 1 Ponte Preta Brasil Amistoso Ravena, Itália
17 de agosto de 1988 Itália Valdiano 1 - 4 Ponte Preta Brasil Amistoso Montebelluna, Itália
18 de agosto de 1988 Itália Pavia 0 - 0 Ponte Preta Brasil Amistoso Pavia, Itália
20 de agosto de 1988 Itália Montebelluna 1 - 3 Ponte Preta Brasil Amistoso Montebelluna, Itália
14 de julho de 1991 Brasil Ponte Preta 2 - 0 Matsushita Japão Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
16 de julho de 1998 Brasil Ponte Preta 3 - 0 Marítimo Portugal Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
25 de março de 2010 Brasil Ponte Preta 1 - 2 Seleção da África do Sul África do Sul Jogo-Treino Estádio Moisés Lucarelli, Campinas[69]
30 de maio de 2012 Brasil Ponte Preta 2 - 0 Seleção de Cuba Cuba Jogo-Treino Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
25 de setembro de 2013 Brasil Ponte Preta 2 - 0 Deportivo Pasto Colômbia Copa Sul-Americana Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
22 de outubro de 2013 Colômbia Deportivo Pasto 1 - 0 Ponte Preta Brasil Copa Sul-Americana Estádio Departamental Libertad, San Juan Del Pasto, Colômbia
31 de outubro de 2013 Brasil Ponte Preta 0 - 0 Vélez Sarsfield Argentina Copa Sul-Americana Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
7 de novembro de 2013 Argentina Vélez Sarsfield 0 - 2 Ponte Preta Brasil Copa Sul-Americana Estádio José Amalfitani, Buenos Aires, Argentina[70]
4 de dezembro de 2013 Brasil Ponte Preta 1 - 1 Lanús Argentina Copa Sul-Americana Pacaembu, São Paulo[71]
11 de dezembro de 2013 Argentina Lanús 2 - 0 Ponte Preta Brasil Copa Sul-Americana Estádio Ciudad de Lanús, Lanús, Argentina[72]
2 de maio de 2015 Estados Unidos Orlando City 3 - 2 Ponte Preta Brasil Amistoso Citrus Bowl, Orlando, Estados Unidos[73]
20 de junho de 2015 Brasil Ponte Preta 4 - 0 Strikers Estados Unidos Amistoso Estádio Moisés Lucarelli, Campinas[74]
5 de abril de 2017 Brasil Ponte Preta 0 - 0 Gimnasia La Plata Argentina Copa Sul-Americana Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
9 de maio de 2017 Argentina Gimnasia La Plata 1 - 1 Ponte Preta Brasil Copa Sul-Americana Estádio Juan Carmelo Zerillo, La Plata, Argentina
29 de junho de 2017 Brasil Ponte Preta 1 - 0 Sol de América Paraguai Copa Sul-Americana Estádio Moisés Lucarelli, Campinas
26 de julho de 2017 Paraguai Sol de América 1 - 3 Ponte Preta Brasil Copa Sul-Americana Estádio Luis Alfonso Giagni, Assunção, Paraguai

Estádios[editar | editar código-fonte]

Estádio do Hipódromo[editar | editar código-fonte]

Estádio do Hipódromo.
Jogo realizado no Campo do Hipódromo, 1915.

No início, o campinho arrumado pelos garotos fundadores da Ponte serviu para peladas e jogos contra times de outros bairros, até o fim da primeira década de sua fundação. Depois de organizada, passou a se utilizar do campo do Cruzeiro, no meio do caminho para o Cemitério do Fundão, ao lado Cruzeiro das Missões. O espaço para jogos de futebol, naquele tempo, deu lugar para o prolongamento da Avenida Ângelo Simões, como narrou o jornalista e historiador Juliano Mariano, já falecido. A partir daí a Ponte se utilizou do campo do Hipódromo Campineiro, no Bonfim, para realizar seus jogos.

O estádio do Hipódromo veio a ser utilizado pela Ponte desde o ano de 1906. Foi ali naquele estádio que ocorreu o 2º dérbi da história, com vitória sobre o maior rival (Ponte Preta 2–1 Guarani, 19 de maio de 1912), sendo que a primeira partida do clássico centenário 2 meses antes (que também teria sido uma vitória da Ponte) não tem registros oficiais e nem documentações que comprovam o resultado. No início da década de 1920 a Ponte compra o patrimônio do Campinas e passa a usar o inacabado Estádio da Avenida Júlio de Mesquita, no Cambuí. Além disso, passou a ter todas as dependências de sua sede, que era erguida junto ao estádio, próximo ao Largo Santa Cruz.

O patrimônio passou a ser invejável, numa área de mais de 20 mil metros quadrados. A inauguração oficial ocorreu em 3 de maio de 1928, quando o time já estava elevado à principal divisão da Liga Amadora de Futebol, a LAF.

As dívidas contraídas ao adquirir o novo estádio com a nova sede e a crise mundial de 29, levaram a Ponte a uma de suas maiores decepções. Numa reunião, que aconteceria no dia 10 de outubro, entregou o estádio para se livrar das dívidas. Os sócios presentes na assembleia, só não aceitaram votar a favor da da proposta de extinção do time de futebol. Pacificado, o clube ainda utilizou o campo até 1933 e retornou ao Estádio do Hipódromo, arrendado pelo Jockey Club.

Estádio Júlio de Mesquita[editar | editar código-fonte]

Foi demolido em 1933, depois do clube ter realizado 75 jogos naquele campo.

Em 1927 a Ponte começava mandar seus jogos no Estádio Júlio de Mesquita, projetado pelo engenheiro Lix da Cunha, localizado na Rua Dr. Guilherme da Silva X Pedro Magalhães no valorizado bairro Cambuí. Foi o primeiro complexo esportivo da cidade possuindo campo de futebol, pista de atletismo, piscina, rinque de patinação, pista e tanque de areia para saltos, quadra de tênis e também de basquete.

Diante da crise mundial de 1929, o clube mais querido e popular de Campinas sofreu uma grande decepção em sua história, sendo obrigado a entregar o estádio para se livrar das dívidas contraídas e a partir de 1933 voltou a realizar seus jogos novamente no campo do Hipódromo.

No espaço da sede administrativa e esportiva da AAPP – que se estendia pela avenida Júlio de Mesquita, rua Guilherme da Silva, travessa Irmãos Bierrenbach e praça 15 de Novembro – foi criado, em 1933, o empreendimento imobiliário “Vila Júlio de Mesquita”, de propriedade do médico João Penido Burnier, com 47 lotes e duas ruas projetadas, que receberam, posteriormente, as denominações de rua Pedro de Magalhães e rua Alferes Domingos.

O muro de alvenaria que sobrou da estrutura do primeiro centro poliesportivo da Ponte Preta resistiu ao tempo e permanece em pé até os dias atuais. Com medidas aproximadas de 65 metros de comprimento e altura variável de 0,90 metros na sua parte mais baixa e cinco metros em sua parte mais elevada. Em 2011, pesquisadores do Centro de Memória pediram o tombamento de muro do Antigo Estádio da Ponte Preta.[75]

Estádio Moisés Lucarelli[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Estádio Moisés Lucarelli

Inaugurado em 12 de setembro de 1948 com capacidade para 35 mil espectadores, tendo sido construído pelos próprios torcedores e com doações de material feitas por aficionados do clube. Sua construção levou seis anos.

Fachada do Moisés Lucarelli.

Atualmente teve a capacidade diminuída para 19.728 pessoas no CNEF de 2016 a fim de proporcionar maior conforto e obedecer às novas determinações legais. Apesar da capacidade de mais de 19 mil pessoas o estádio está liberado para operar com apenas 17.728[18]

É possível que o seu recorde de público tenha sido no jogo entre Ponte Preta e Santos, em 16 de agosto de 1970, quando 33.500 espectadores pagaram ingressos para ver a vitória dos visitantes por 1 a 0. Porém, segundo historiadores, havia cerca de 40 mil torcedores dentro do estádio e mais quatro mil pessoas do lado de fora, sem conseguir entrar. No final desse campeonato paulista, a Ponte Preta conquistou o vice-campeonato.

Vista aérea do Majestoso ainda em obras e sem as 2 torres da bela fachada de entrada do estádio.

Oficialmente, o maior público é da derrota por 3 a 1 da Ponte Preta para o São Paulo, em 1 de fevereiro de 1978: 37.274 (34.985 pagantes).

É conhecido pelos torcedores do clube como Majestoso, porque sua capacidade quando da inauguração em 1948 era na época a terceira maior do Brasil, perdendo apenas para o Pacaembu, em São Paulo e São Januário, no Rio de Janeiro. .[76] O Moisés Lucarelli é um dos poucos estádios do Brasil construídos por seus próprios torcedores e homenageia Moysés Lucarelli (1898-1978), presidente do clube por muitos anos e idealizador do estádio, que angariou fundos entre associados e pessoas da comunidade. Lucarelli não queria ser o patrono do estádio, mas a diretoria aproveitou-se de uma viagem dele à Argentina para colocar seu nome e teve de acatar a homenagem — apesar de o nome do ex-presidente ser grafado com Y, o nome oficial do estádio é grafado com I.[77][78]

Está localizado à Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900 (número escolhido por ser o ano de fundação do clube), em Campinas.

Arena Ponte Preta[editar | editar código-fonte]

A Nação Pontepretana foi surpreendida em março de 2008 com um projeto visando a construção de um novo Estádio. O local escolhido para a construção é a Cidade Pontepretana, no Jardim Eulina, onde funciona uma unidade social e o Centro de Treinamento da Ponte Preta.[79][80]

Dados Oficiais da Arena Ponte Preta
Área 86.888 m²
Capacidade 30.028 lugares
Estacionamento 2.502 vagas
Imprensa 25 cabines
Área Construída 113.519 m²
Local Jd. Eulina - Campinas/SP
Investimento R$140 milhões

O custo do complexo da Arena estava inicialmente estipulado entre R$ 110 e R$ 140 milhões. Os recursos para bancar a construção sairão da venda do Majestoso e também do aporte de investidores. A negociação do Moisés Lucarelli com a Gafisa está orçada em R$ 70 milhões. O pagamento será efetuado em até 14 parcelas. O valor pode ser repassado diretamente para a Contern Construtura, nova parceira do clube na construção da Arena, em substituição a Odebrecht.

Para cobrir os R$ 40 milhões restantes, a Ponte aposta em investimentos. Tanto que o nome da arena será vendido para alguma empresa, a exemplo do que fez o Atlético-PR. O empreendimento irá gerar cerca de 300 empregos diretos. A Macaca também pretende receber futuramente shows e eventos no local. O valor pode subir para até R$ 140 milhões, caso a Ponte resolva abrir para a instalação de um espaço comercial.

O projeto elaborado pela Contern e a e Oswaldo Angelucci Arquitetura segue com exatidão a cartilha da FIFA no tocante a estrutura para atletas e exigências para o conforto da torcida. São ao todo seis andares. Na área dos vestiários, por exemplo, que fica um nível abaixo da arquibancada e meio piso abaixo do gramado, os ônibus das equipes tem acesso exclusivo e a conexão com os espaços sociais da Arena é feita por meio de quatro elevadores, possibilitando acessos exclusivos para dirigentes de equipes rivais, imprensa e funcionários.

Toda a água da Arena é reaproveitada, inclusive a da chuva, para drenagem e irrigação, possibilitando economia de recursos naturais. A cobertura do estádio é de policarbonato translúcido, pois como toda a Arena é coberta (exceto o campo), a luminosidade tem que passar pela cobertura para não prejudicar a grama.

A praça de alimentação tem 1370 metros e há ainda o belíssimo restaurante, ligado à área VIP, camarotes e imprensa, com visão para o campo de um lado e, do outro, televisores e visão da praça da Arena. Haverá ainda uma academia de musculação para o público associado e um centro de convenção de 4 mil metros. “A realização de eventos e feiras irá mobilizar bastante a Arena, pois Campinas não tem outro espaço tão grande para convenções. Também pretendemos fazer um show na Arena a cada um ou dois meses”, prevê Carnielli.

Futebol[editar | editar código-fonte]

Rivalidades[editar | editar código-fonte]

Dérbi Campineiro[editar | editar código-fonte]

Além do dérbi campineiro, a Macaca ainda tem como rivais regionais e estaduais, o XV de Piracicaba, Inter de Limeira, Rio Branco, Bragantino, União Barbarense, Portuguesa, Corinthians, São Caetano, Paulista de Jundiaí e Ituano.

História do Dérbi Campineiro[editar | editar código-fonte]

O futebol campineiro que teve como introdutor o escocês Thomaz Scott e seu filho John no Ginásio do Estado (Culto á Ciência) tem no Derby Ponte Preta e Guarani a maior expressão futebolística da cidade. Sem dúvida não existia rivalidade alguma em 1911, nunca é demais relembrar que apesar de popular, o futebol era totalmente amador, prazer e recreação se misturavam a emoção de uma disputa acirrada, passamos 1911 sem nenhuma possibilidade de rivalidade, em 1912, exatamente em 2 de Março de 1912, Ponte Preta, Guarani e Comercial formaram um combinado local, o Vila Campinas Futebol Clube, esse combinado jogou contra um combinado entre a poderosa equipe do Americano e o do Instituto Cesário Motta. A peleja foi realizada no campo do Americano, no final empate em dois gols. Antes da rivalidade, Ponte Preta e Guarani formaram até combinados. As escalações foram as seguintes: Vila Campinas: Jinger, Salgado, Benetti, Jacomelli, Camões, Toto, Zeca, Lili, Russo, Miguel e Valter. (Gols de Lili e Russo). Americano-Cesário Motta: Isaac, Leitão, Coriolano, Múcio, Ernesto, Ditinho, Tango, Américo, Accacio, Miloca e Ignácio. (Gols de Miloca).

Não era um fato raro os jogos entre combinados em Campinas entre 1900 até 1910, aliás eram muito comuns, mas com a criação da Liga Campineira Operária de Futebol em abril de 1912, temos Ponte Preta e Guarani lutando pela conquista de um Campeonato, os jogos agora valem a conquista de uma Taça, foram dois os confrontos entre Ponte Preta e Guarani durante o Campeonato da Liga Operária de Futebol, o primeiro no dia 19 de Maio de 1912 no Campo do Hipódromo, vitória da Ponte Preta pelo placar de 2 a 1. O segundo valendo o primeiro título na história da rivalidade, dia 11 de agosto de 1912 e a Ponte venceu pelo placar de 1 a 0 e se sagrou campeã sobre seu maior rival.

Mas, voltamos a história do nascimento da rivalidade, a documentação secundária em jornais e os Arquivos primários pesquisados (Arquivo Câmara Municipal, Arquivo Intermediário da Prefeitura Municipal de Campinas e Arquivo Ferroviário de Jundiaí) indicam o nascimento da rivalidade no confronto de 23 de Agosto de 1914 em Sousas, um simples amistoso foi transformado no início da grande rivalidade, mas temos apenas o começo de um processo, o ponto culminante deste processo se deu em 21 de Maio de 1916, este confronto marca definitivamente a rivalidade entre Ponte Preta e Guarani, se a gritaria já foi grande em 1914, em 1916 tudo foi relembrado com acréscimo, alvinegros e alviverdes nunca mais seriam os mesmos após os anos de 1914 até 1916, na verdade a cidade viu nascer definitivamente em 1916 a maior rivalidade futebolística do interior do Brasil. A partir de 1916, seria comum nos jornais e nos ofícios mandados pelas duas agremiações para vários lugares da cidade, a grande preocupação com a peleja, tanto Ponte Preta como o Guarani, mesmo sendo totalmente amadores iriam preparar-se como nunca para os confrontos após 1916, rigorosos exercícios, punições pela falta nos treinos, ansiedade, existia já um clima muito competitivo, uma rivalidade que já agitava toda cidade.[81]

Este início de rivalidade entre 1914 a 1916 construiu o que podemos denominar de “espelhos do futebol campineiro“, tanto a Ponte Preta, como o Guarani tentam sempre espelhar-se, visando manter um equilíbrio futebolístico, inúmeros times de futebol campineiros desapareceram, vários eram formados pela elite econômica da cidade, mas os espelhos foram os únicos que atravessaram o século XX e chegaram no III Milênio na elite do futebol brasileiro.[82]

  • O primeiro dérbi da história foi disputado em 24 de março de 1912. Seu resultado, segundo pontepretanos, foi de 1 a 0 para a Ponte, embora os bugrinos afirmem ter sido empate por 1 a 1, ambas as afirmações sem comprovação em fontes da época.
  • A primeira final de campeonato entre os dois clubes teve como campeã a Associação Athletica Ponte Preta, no dia 11 de agosto de 1912, pela Liga Operária de Foot-Ball Campineira, campeonato que ganhou 10 títulos no total.
  • “O Maior e mais importante derbi de todos os tempos“. Segundo a crônica esportiva e estudiosos do futebol o mais importante derbi campineiro aconteceu em 5 de agosto de 1981, decisão do I Turno do Campeonato Paulista de Futebol de 1981, o vencedor já garantia sua participação na final do Paulistão, além de conquistar o título do I turno.

Ficha Técnica: Ponte Preta 3 x 2 GFC
Estádio: Moisés Lucarelli
Árbitro: José de Assis Aragão
Público: 21.948 pagantes, 219 menores
Ponte Preta: Carlos, Toninho Oliveira, Juninho, Nenê, Odirley, Zé Mário, Humberto (Marco Aurélio), Dicá, Osvaldo, Chicão (Jorge Campos) e Serginho .
Técnico: Jair Picerni
Gols da Ponte Preta: Osvaldo , Serginho e Ordiley.

  • Em 1980, Ponte e Guarani decidiriam vaga em uma final, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1979. Com trinta mil pontepretanos no Majestoso, a Macaca venceu a partida de ida por 2 a 1. No jogo de volta, nova vitória da Ponte, por 1 a 0, com direito a invasão de gramado por parte da torcida da Ponte. A Macaca iria para a sua terceira final de Paulista, enquanto o rival teria que esperar mais 7 anos para chegar a essa final, pela primeira vez.
  • Em 2002, Ponte e Guarani lutavam contra o rebaixamento no Torneio Rio-São Paulo. Em um dérbi na penúltima rodada, quem perdesse, estava fadado ao rebaixamento. Com um jogador a menos, a Ponte segurou o empate no campo adversário, com direito ao goleiro Alexandre Negri defender um pênalti nos descontos da partida. Na semana seguinte, com gol heroico de Orlando aos 42 do segundo tempo, a Ponte despachou o Palmeiras e rebaixou o Guarani.
  • Outra decisão no dérbi campineiro aconteceu na semifinal do Campeonato Paulista de Futebol de 2012 no estádio Brinco de Ouro da Princesa, o Guarani venceu a Ponte Preta de virada por um placar de 3 a 1 garantindo vaga na final do campeonato.[83]
Registros históricos do clássico[editar | editar código-fonte]
  • Em 26 de setembro de 1948, no primeiro dérbi do Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, a Ponte Preta foi derrotada por 1 a 0.
  • O primeiro dérbi disputado no estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani, a Ponte Preta venceu por 3 a 0.
  • A maior sequência de invencibilidade pertence a Ponte Preta, quando a Macaca ficou 16 jogos sem perder para o rival, no período de 1979 a 1984.
  • A maior goleada pertence ao Guarani: 6 a 0 em 5 de junho de 1960 (amistoso).
  • Na fase do amadorismo durante muitos anos a cidade ficou sem assistir um dérbi. Na década de 20 do século passado houve uma divisão no Campeonato Paulista, a Ponte Preta foi atuar na LAF (Liga Amadora de Futebol) e o Guarani na APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos ), foram quase 7 anos sem dérbi.
  • Três pontepretanos marcaram três vezes em um único dérbi e entraram para a história como os maiores goleadores em uma só partida. São eles: Átis, Weldon e o argentino Dario Gigena.[84]
  • O maior artilheiro pontepretano em dérbis é o centroavante Cilas (década de 40 do século passado), que marcou 9 gols no clássico.
  • O primeiro dérbi transmitido ao vivo por uma emissora de rádio foi no dia 9 de julho de 1939, a rádio PRC-9 (atual Bandeirantes) com o locutor Jolumá Brito transmitiram o empate em dois gols dos times campineiros.
  • Até 1939 os jogos eram disputados em 80 minutos , o primeiro derbi com 90 minutos de duração ocorreu no dia 2 de abril de 1939 e a partida acabou empatada em 2 a 2.
  • Maior público no Moisés Lucarelli: 31.970 (31.116 pagantes e 854 menores) - Ponte Preta 3 x 1 Guarani, 27 de fevereiro de 1977.
  • Maior público no Brinco de Ouro da Princesa: 34.222 (30.552 pagantes) - Guarani 0 x 1 Ponte Preta, 30 de janeiro de 1980.[83]
  • Maior público no Pacaembu: 38.948 (35.209 pagantes) - Guarani 2 x 0 Ponte Preta, 3 de junho de 1979.
Estatísticas do Dérbi[editar | editar código-fonte]

Atualizado em 12 de outubro de 2023.

Estatísticas do Dérbi Campineiro
Número de jogos 206
Resultado desconhecido 1 (24 de março de 1912, Campo da Vila Industrial)
Vitórias da Ponte Preta 67
Derrotas da Ponte Preta 70
Empates 68
Número de gols 541
Gols marcados pela Ponte Preta 269
Gols sofridos pela Ponte Preta 272
Maior Invencibilidade Ponte Preta - 16 partidas (1979 a 1984).
Maior Goleada Gfc 6 x 0 Ponte Preta - 5 de maio de 1960, Estádio Brinco de Ouro. (Amistoso)
** Primeira Partida ** Ponte Preta 2 x 1 Gfc - 19 de maio de 1912, Estádio do Hipódromo.
Última Partida Gfc 1 x 0 Ponte Preta- 02 de setembro de 2023, Estádio Brinco de Ouro.
  • A primeira partida realizada em 24 de março de 1912 no Campo da Vila Industrial, não tem resultado comprovado.

Outros rivais históricos[editar | editar código-fonte]

Outro grande rival é o Paulista de Jundiaí, com quem realizou 27 jogos pelo campeonato paulista e possui uma grande vantagem. Outros rivais importantes são da capital paulista: Portuguesa, Corinthians, São Paulo e Palmeiras.[85] Além disso, há rivalidade regional com clubes como Ituano, Rio Branco-SP, Inter de Limeira, União Barbarense, XV de Piracicaba, Bragantino e Mogi Mirim.

Personalidades[editar | editar código-fonte]

Torcedores ilustres[editar | editar código-fonte]

Ídolos[editar | editar código-fonte]

Luís Fabiano é campineiro e foi revelado pela Macaca, jogou pelo clube de 1998 a 2000.
Sabará grande centroavante revelado pela Ponte no início da década de 50.
Sérgio Guedes foi goleiro e treinador da Ponte Preta.

A história da Ponte Preta é recheada de grandes jogadores, muitos com passagens pela Seleção Brasileira e equipes do futebol europeu. Grandes nomes foram revelados na Macaca e alguns só tiveram projeção no futebol nacional depois que passaram pelo clube campineiro.
Dentre os inúmeros craques que vestiram a camisa da Ponte Preta, destacam-se:

Outros jogadores com passagens pela Seleção Brasileira[editar | editar código-fonte]

Seleção principal:

Seleção Olímpica, Sub-21:

Técnicos recentes[editar | editar código-fonte]

Nacionalidade Nome Período
Brasil Gilson Kleina 2011-2012
Brasil Guto Ferreira 2012-2013
Brasil Paulo César Carpegiani 2013
Brasil Jorginho 2013
Brasil Sidney Moraes 2014
Brasil Vadão 2014
Brasil Dado Cavalcanti 2014
Brasil Guto Ferreira 2014-2015
Brasil Doriva 2015
Brasil Felipe Moreira (interino) 2015
Brasil Vinícius Eutrópio 2016
Brasil Felipe Moreira (interino) 2015
Brasil Alexandre Gallo 2016
Brasil Eduardo Baptista 2016
Brasil Felipe Moreira 2017
Brasil João Brigatti (interino) 2017
Brasil Gilson Kleina 2017
Brasil Eduardo Baptista 2017-2018
Brasil João Brigatti 2018
Brasil Marcelo Chamusca 2018
Brasil Gilson Kleina 2018
Brasil Mazola Júnior 2019
Brasil Jorginho 2019
Brasil Gilson Kleina 2019
Brasil João Brigatti 2020
Brasil Marcelo Oliveira 2020
Brasil Fábio Moreno 2020-2021
Brasil Gilson Kleina 2021-2022
Brasil Hélio dos Anjos 2022-2023
Brasil Felipe Moreira 2023
Brasil Pintado 2023
Brasil João Brigatti 2023

Técnicos que mais comandaram[editar | editar código-fonte]

O Ranking dos 10 técnicos que mais comandaram a Ponte na história do clube:[87]

Posição Nome Jogos
Cilinho Brasil 348 jogos
Nico Brasil 261 jogos
Zé Duarte Brasil 245 jogos
Gilson Kleina Brasil 232 jogos
Marco Aurélio Brasil 157 jogos
Jair Picerni Brasil 140 jogos
Moacyr de Moraes Brasil 140 jogos
José Agnelli Argentina 134 jogos
Vadão Brasil 129 jogos
10° Nelsinho Baptista Brasil 116 jogos

Presidentes[editar | editar código-fonte]

Nacionalidade Nome Período
Brasil Pedro Vieira da Silva 1900 a 1910
Brasil Pedro Vieira da Silva 1910 a 1920
Brasil José Rodrigues 1910 a 1920
Brasil Dante Pêra 1910 a 1920
Brasil Pedro de Alcântara 1910 a 1920
Brasil Carloz Pilz 1920 a 1930
Brasil Alcântara, Rodrigues e Cardoso 1920 a 1930
Brasil Alberto Pinheiro 1920 a 1930
Brasil Duílio Pompeo 1920 a 1930
Brasil José Teodoro Siqueira e Silva 1920 a 1930
Brasil Gomide e Dias Porto 1920 a 1930
Brasil Pinheiro e Penido Burnier 1920 a 1930
Brasil Waldemar Rangel Belfort de Mattos 1920 a 1930
Brasil Andrade e Ariani 1920 a 1930
Brasil Cortes de Barros 1930 a 1940
Brasil Luiz Ricardo Schreiner 1930 a 1940
Brasil Francisco Ursaia 1930 a 1940
Brasil Pedro Pinheiro 1930 a 1940
Brasil Paulino Moregola 1940 a 1950
Brasil José Cantúsio 1940 a 1950
Brasil José de Angelis 1940 a 1950
Brasil Ayrton José do Coutoo 1940 a 1950
Brasil Marinho Ferreira Jorge 1950 a 1960
Brasil Olympio Dias Porto 1950 a 1960
Brasil Arnaldo Nunes Tubino 1950 a 1960
Brasil Ralpho Fonseca Ribeiro 1950 a 1960
Brasil José Cantúsio 1950 a 1960
Brasil Irmante Lucarelli 1950 a 1960
Brasil Hamleto Di Giulio 1950 a 1960
Brasil Vicente Mutto 1950 a 1960
Brasil Elysio Ferreira Linhares 1950 a 1960
Brasil Olindo Rondino 1960 a 1970
Brasil Antonio Mingone 1960 a 1970
Brasil Natal Gabetta/Bernardo Kaplan 1960 a 1970
Brasil Sandro Ferraris/Antonio Garutti 1960 a 1970
Brasil Mathias José de Barros Ponikwar 1960 a 1970
Brasil Ralpho Fonseca Ribeiro 1960 a 1970
Brasil Sérgio José Abdalla 1960 a 1970
Brasil Rodolpho Pettená 1970 a 1980
Brasil Lauro de Moraes Filho 1970 a 1980
Brasil Edson Ággio 1970 a 1980
Brasil Antonio C. Corsini 1980 a 1990
Brasil Marcos Garcia Costao 1980 a 1990
Brasil Carlos Luiz Vacchiano 1980 a 1990
Brasil Gilman José Jorge Farah 1990 a 2000
Brasil Marco Antonio Nassif Abi Chedid 1990 a 2000
Brasil Pedro Antonio Chaib 1990 a 2000
Brasil Nivaldo Baldo 1990 a 2000
Brasil Sergio Carnielli 2000 a 2010
Brasil Márcio Della Volpe 2010 a 2014
Brasil Vanderlei Pereira 2014 a 2018
Brasil José Armando Abdalla Junior 2018 a 2019
Brasil Sebastião Arcanjo 2019 a 2022
Brasil Marco Antonio Eberlim 2022 a 2025

Símbolos[editar | editar código-fonte]

Selo comemorativo no centenário do clube.

Escudo[editar | editar código-fonte]

[88] João Burghi, um dos patronos da Associação Atlética Ponte Preta, foi o criador do escudo alvinegro. Descendente de alemães, Burghi foi influenciado pelos escudos das equipes de futebol germânicas do início do século XX. Diversos escudos alemães eram muitos semelhantes ao design elaborado por ele para a Ponte Preta, em especial os de times das regiões de Hamburgo e Berlim.
Nos anos 2000, o escudo teve oficialmente inserido sobre ele a data da fundação, 11.08.1900.
Ao contrário de muitos clubes, a Ponte mantém o mesmo formato do escudo, as mesmas cores e acrônimo (A.A.P.P) desde que foi criado em 1908.

Mascote[editar | editar código-fonte]

O apelido é utilizado no feminino pois se trata da Associação Atlética, substantivo feminino. Os torcedores se auto-intitulam como Macacos.

[89] A Macaca, foi escolhida não só por ser diferente dos mascotes mais comuns entre equipes esportivas, como também em decorrência de fatos históricos envolvendo racismo de torcedores rivais. Além disso, é um personagem que desperta simpatia e identificação tanto entre adultos quanto entre crianças.

O sucesso da Macaca é tanto que surgiram diversas aplicações em chaveiros, adesivos, camisetas, etc. Além da Mascote Oficial, a torcida também começou a brincar com a ideia de um segundo mascote: o Gorila, que traduz a força do torcedor alvinegro. Nos anos 2000, a Ponte Preta também adotou o gorila como símbolo da torcida.

O Gorila também foi adotado como um dos mascotes do clube no começo dos anos 2000.

Seja no campo, na torcida ou em sua diretoria, a Ponte Preta segue um conceito que espera ver amplamente popularizado no mundo: aqui há uma única raça, a raça humana. Além dessa, só aquela que nossos jogadores mostram em campo.

Ao longo do tempo surgiram vários apelidos, movimentos e até torcidas organizadas com nomes ligados ao mascote do time. Urangus, Macacada Reunida, Gorillas do Alambrado, Macacachaça, Macacos do Alambrado, Macacos da Cirrose e Bafú da Macaca. Os filmes Planeta dos Macacos e King Kong também inspiraram a torcida pontepretana, usando os personagens dos filmes para criarem desenhos, camisetas e bandeiras, reafirmando a origem e o orgulho dos torcedores pelo mascote do clube. No ano de 2015 o marketing do clube divulgou a troca de mascote da macaca para o gorila, o que gerou grande polêmica, principalmente entre os torcedores que eram contra a decisão. O diretor responsável na época Rodolfo Rufeinsen, esclareceu que o mascote oficial continuaria sendo a macaca, apenas mudaram a imagem do clube nos materiais da Federação Paulista de Futebol e CBF e ainda criaram uma família a partir destes personagens com dois filhos, com o propósito de atrair mais crianças e aumentar a identificação com a torcida.[90]

Hino[editar | editar código-fonte]

Hino Oficial cantado em 1929.

Voltando ao ano de 1969, durante a gestão do presidente Sérgio José Abdalla, a Ponte é campeã da primeira divisão de São Paulo e tem o direito de disputar em 1970 a divisão especial do futebol paulista, o elenco era oriundo das categorias de base do clube, a média de idade era de 22 anos e dos 25 atletas, apenas três não eram formados no clube. Então em 1970 o time retorna a divisão especial e torna-se uma sensação em todo estado, sagrando-se campeão do primeiro turno e da Taça dos Invictos, foram anos de grande recuperação do prestigio futebolístico e para comemorar o sucesso juntamente com o aníversario do clube, em 1971 é organizado pela diretoria da Ponte Preta um grande concurso para a escolha de um hino oficial para o clube. Foram fixados diversos cartazes, pela cidade a as inscrições realizadas no Departamento de Imprensa do clube no Estádio Moisés Lucarelli. No dia 3 de setembro de 1971 foi realizado o grande concurso no Teatro Castro Mendes, com apresentação da jornalista Bety Rodrigues. Sete músicas foram eleitas finalistas e a que mais agradou a platéia foi "Avante Ponte Preta", de autoria da professora Maria Aparecida Mota Aguiar e interpretada pelo cantor José Américo.

A música chegou a ser escolhida como hino oficial, mas logo após o concurso surgiu uma polêmica envolvendo a letra. Levantou-se a possibilidade de que parte dela seria copiada de uma música de Nélson Gonçalves. A polêmica ganhou enorme repercussão quando o cantor Jair Rodrigues recusou-se a gravar a música após as denúncias do suposto plágio.

Provavelmente em virtude da polêmica, o hino não se popularizou e aos poucos a música "Raça de Campeã" - composta pelo compositor e jornalista Renato Silva para a Torcida Jovem - foi tornando-se popular e, em 1979, tornou-se o hino oficial do clube.[91]

Uniforme[editar | editar código-fonte]

Uniforme com a tradicional faixa transversal em 1940.

O uniforme da Veterana é motivo de curiosidade para muitos torcedores, já que a tradicional faixa transversal raramente era usada nos uniformes de times de futebol.[92]

Na América do Sul o River Plate foi pioneiro e ja usava o modelo com uma faixa no peito desde a sua fundação. Os cariocas garantem que o modelo já era usado pelo Vasco em sua equipe de remo desde a fundação do clube, em 1898. A equipe da Ponte Preta ja havia usado o uniforme com faixa em 1926 e 1940, mas só foi adotado oficialmente em 1944.

Em 1952 a faixa foi definitivamente modificada para a forma atual, da esquerda (parte superior) para a direita (parte inferior). Na década de 60 essa camisa foi trocada pelo uniforme branco, com duas listras pretas do lado esquerdo e voltou a ser usada novamente no início dos anos 70.

Durante as décadas de 70, 80 e 90 o time sempre modificava pequenos detalhes no uniforme, mas permanecia sempre a tradicional faixa transversal no peito e as mesmas cores.

No ano 2000, ano do centenário do clube, foi lançada uma camisa comemorativa que é considerada por muitos uma das mais bonitas da história, sua desenvolvedora e fornecedora foi a Finta. As cores oficiais do uniforme são: camisa branca com faixa transversal preta, calção e meias brancas. O segundo uniforme é uma camisa preta com faixa transversal branca, calção e meias pretas.

Em 2018, a Topper foi anunciada como a nova fornecedora de material esportivo da Ponte Preta.[93] Essa parceria durou até o fim de 2019, quando a Ponte Preta resolveu adotar uma marca própria para fornecer os uniformes. A marca foi batizada como 1900, em referência ao ano de fundação do clube.[94]

A evolução dos uniformes da Ponte durante a história.

Uniformes de jogo[editar | editar código-fonte]

  • 1º - Camisa branca com faixa preta, calção e meias brancas;
  • 2º - Camisa preta com detalhes de amarelo-ouro, calção e meias pretas;
Cores do Time
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1º Uniforme
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2º Uniforme

Uniformes dos goleiros[editar | editar código-fonte]

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1
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2

Uniformes de treino[editar | editar código-fonte]

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Jogadores
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C. Técnica

Uniformes de outras temporadas[editar | editar código-fonte]

  • 2017-18
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme
  • 2016-17
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme
  • 2015-16
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme

2015 (Adidas)

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1º Uniforme
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2º Uniforme
  • 2014-15
Cores do Time
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme
  • 2013-14
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1º Uniforme
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2º Uniforme