Operação Juízo Final

Operação Juízo Final é uma operação da Polícia Federal deflagrada em 14 de novembro de 2014, representando a 7.ª fase das investigações da Operação Lava Jato. O alvo da operação foi o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e as cinco maiores empreiteiras do Brasil.[1]

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, a Camargo Corrêa formara um cartel com outras importantes empreiteiras brasileiras, que teriam, de forma coordenada, fraudado sistematicamente as licitações da Petrobras para a construção de grandes unidades a partir de 2006, entre elas a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, mais conhecida como Repar, no Paraná, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. As construtoras se reuniam em torno de algo que denominavam de clube, ajustavam previamente suas propostas e decidiam quem sairia vencedor em cada licitação da Petrobras. E ainda eram contratadas pelo maior preço admitido pela estatal. Para aumentar o sucesso do cartel, as empreiteiras também corromperam diversos empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles o ex-diretor Paulo Roberto Costa, pagando percentual sobre o contato em troca de convites para as licitações e informações privilegiadas. Por meio do esquema, ainda de acordo com a denúncia dos procuradores da Lava Jato, a Camargo Corrêa saiu vencedora em licitaçoes para obras na Repar e na Refinaria Abreu e Lima, executadas em consórcio com outras empresas lideradas por ela. Em troca da ajuda na Petrobras, os diretores da Camargo Corrêa teriam desviado cerca de 1% do valor dos contratos e aditivos para o esquema, parte entregue diretamente ao então diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. Depois que ele se aposentou, continuou recebendo dinheiro da propina com a simulação de contrato de consultoria com sua empresa, a Costa Global.

A segunda empreiteira que teve executivos condenados foi a OAS, em 5 de agosto de 2015. Das nove pessoas denúnciadas, sete foram condenadas por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Os executivos da OAS foram considerados culpados por fraudar licitações da Petrobras, em cartel, a partir de 2006. O presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro, foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão. Durante o inquerito, a policia encontrou provas de que Youseff fez operações com a OAS até os últimos dias antes de ser preso.

Sérgio Mendes, da Mendes Júnior, recebeu pena de 19 anos e quatro meses por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Gerson Almada, da Engevix, também foi sentenciado a 19 anos de prisão pelos mesmos crimes. Erton Medeiros da Fonseca recebeu pena de 12 anos e cinco meses.

Em maio de 2016, os processos estavam em fase de recurso.

Ao total, foram cumpridos 85 mandados judiciais. Foram mobilizados 300 policiais federais para cumprir os 49 mandados de busca, 6 de prisão preventiva, 21 de prisão temporária e 9 de condução coercitiva.[2]

Denunciados[editar | editar código-fonte]

Prisões[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «PF concede entrevista sobre 7ª fase da Operação Lava Jato». Estadão. O Estado de São Paulo. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  2. «PF prende presidente de empreiteiras e ex-diretor da Petrobras ligado ao PT». Estadão. O Estado de São Paulo. 14 de novembro de 2014. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al «Veja quais denunciados se tornaram réus na 7ª fase da Operação Lava Jato». G1 Política. 15 de dezembro de 2014. Consultado em 4 de outubro de 2015 
  4. a b c d e f g h i j k l «Quem é quem na 7ª fase da Operação Lava Jato». Globo Política. 28 de janeiro de 2015. Consultado em 4 de outubro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]