Guerra Anglo-Francesa (1778–1783)

Guerra Anglo-Francesa (1778–1783)

Batalha de Cuddalore (20 de junho de 1783) entre a marinha francesa, comandada por Pierre André de Suffren e a britânica comandada pelo almirante Edward Hughes
Data junho de 1778 - setembro de 1783
Desfecho Vitória da França, Paz de Paris
Mudanças territoriais Tobago, Senegal e territórios na Índia foram adquiridos pela França
Beligerantes
 Reino da França  Reino da Grã-Bretanha
Comandantes
Louis Guillouet
Charles Henri Hector
François Joseph Paul
Pierre André de Suffren
Augustus Keppel
John Byron
George Brydges Rodney
Edward Hughes

A Guerra Anglo-Francesa (1778-1783) foi um conflito militar entre a França e a Grã-Bretanha ao lado de seus respectivos aliados entre 1778 e 1783. Em 1778, a França havia assinado um tratado de amizade com os Estados Unidos. A Grã-Bretanha, com isso, terminou declarando guerra contra França, e também com a Espanha em 1779.[1] Como consequência disso, os britânicos foram forçados a realocar recursos que estavam sendo usados para lutar na guerra da America do Norte para teatros da Europa, da Índia e das Índias Ocidentais; tendo que confiar no apoio dos Lealistas para as suas operações na America do Norte.[2] De 1778 a 1783, com ou sem seus aliados, a França e a Bretanha lutaram pela conquista de hegemonia no Canal da Mancha, no Mediterrâneo, no Oceano Índico e nas Índias Ocidentais.[3]

Com as noticias sobre a Campanha de Saratoga alcançando a França, o rei Luís XVI decidiu entrar em negociações com os independentistas estado-unidenses, o que resultou na Aliança franco-americana e na entrada da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos, fazendo este se tornar um conflito de alcance global.[4] A Espanha entrou no conflito somente em 1779, quando o fez como aliado da França nos termos do secreto Tratado de Aranjuez.[5] Os movimentos diplomáticos do então ministro das relações exteriores da França, Charles Gravier, tiveram influência significativa na posterior entrada da República das Sete Províncias na guerra contra a Grã-Bretanha, e nas declarações de neutralidade feitas por outros países importantes geopoliticamente, como o Império Russo.[6] A oposição a essa guerra, considerada custosa, estava aumentando com o passar do tempo e, em junho de 1780, contribuiu para perturbações em Londres que ficaram conhecidas como Revoltas de Gordon.[7]

Os dois protagonistas do duelo naval no Oceano Índico tiveram como objetivo de dominar politicamente o subcontinente indiano, e uma série de batalhas foi lutada pelos almirantes Edward Hughes e Pierre André de Suffren em 1782 e 1783, que ofereceu à França a posição de tomar territórios da Grã-Bretanha.[8] Oportunidade que terminou somente quando Suffren e Hughes tiveram que parar de lutar devido aos tratados de paz de 1783.[9]

Referências

  1. Ayling, Stanley Edward (1972). George the Third (em inglês). Londres: Collins. pp. 275–276 
  2. Ketchum, Richard M. (1997). Saratoga : turning point of America's Revolutionary War. Nova Iorque: H. Holt. p. 447 
  3. Stoker, Donald; Hagan, Kenneth J.; McMaster, Michael T. (2009). Strategy in the American War of Independence: A Global Approach (em inglês). Londres: Routledge. p. 51. ISBN 978-1-134-21039-8 
  4. Ketchum 1997, pp. 405–448.
  5. Nickerson, Hoffman (1967). The turning point of the Revolution; or, Burgoyne in America. Port Washington: Kennikat Press. p. 413 
  6. Nickerson 1967, p. 415.
  7. Ayling 1972, p. 284.
  8. Mahan, Alfred Thayer (1957). The Influence of Sea Power Upon History, 1660-1783 (em inglês). Nova Iorque: Hill & Wang. p. 416 
  9. Hagan 2009, p. 51.