Forte de São Jorge de Oitavos

Forte de São Jorge de Oitavos
Forte de São Jorge de Oitavos
Construção João IV de Portugal (1641)
Estilo Abaluartado
Conservação
Homologação
(IGESPAR)
IIP
(DL 735/74 de 21 de dezembro de 1974)
Aberto ao público Sim
Site IGESPAR74725

O Forte de São Jorge de Oitavos, também referido como Forte de Oitavos, localiza-se na EN 247, junto à Duna Grande de Oitavos, na freguesia de Cascais e Estoril, município de Cascais, distrito de Lisboa, em Portugal.[1]

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 735, publicado no DG em 21 de dezembro de 1974.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Foi erguido no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, para para complemento da defesa da barra do rio Tejo, sob a direção de D. António Luís de Meneses, 1.º Marquês de Marialva. Destinava-se especificamente ao abrigo de pequena guarnição, com a função de prevenir desembarques no litoral entre a praia do Guincho e a praia da Guia. Embora a inscrição epigráfica sobre o Portão de Armas especifique as datas de início e conclusão respectivamente como 4 de Maio de 1642 e 1648, os estudiosos compreendem que uma periodização mais correcta seria a de início em 1641 e a de término em 1643. Cruzava fogos com o Forte de Nossa Senhora da Guia e com o Forte de São Brás de Sanxete.

Era normalmente guarnecido por um cabo, três artilheiros e dezoito soldados, estando artilhada por quatro peças, o que se manteve até ao século XIX.

As vésperas do século XXI, em Dezembro de 2000, foi reinaugurado como Museu histórico-militar e espaço cultural sob a responsabilidade da Câmara Municipal de Cascais, reconstituindo a vida quotidiana da guarnição de uma fortificação marítima ao final do século XVIII.

Características[editar | editar código-fonte]

Fortificação marítima de pequenas dimensões, apresenta planta retangular orgânica, adaptada ao relevo da falésia onde se ergue.

O desenho mais antigo identificado sobre este forte (1796), mostra, além da bateria na esplanada e da cisterna, quatro dependências: a do Quartel da Tropa, a da cozinha, refeitório e dormitórios, o paiol e a Casa do Comando.

A sua defesa é complementada por guaritas cobertas nos ângulos salientes e por uma linha de mosqueteria.

A inscrição epigráfica sobre o portão de Armas, reza:

"O MUITO ALTO E MUITO PODEROZO / REY D JOÃO O IIII DE PORTUGAL NO / SO SENHOR Q[UE] DEUS GUARDE MAN / DOU FAZER ESTA FORTIFICAÇÃO SEN / DO GOVERNADOR DAS ARMAS REAIS / D ANº [ANTÓNIO] LUIS DE MENEZES Q[UE] SE PRINSI / PIOU EM 9 DE M[A]IO DE 1642 E SE ACA / BOU EM A ERA DE 1648"

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Forte de São Jorge de Oitavos
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • RAMALHO, Maria Margarida Marques, BARROS, Maria de Fátima Rombouts, BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira. As fortificações marítimas da costa de Cascais. Lisboa: 2001.

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]