Aristóbulo (filho de João Hircano)

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 Nota: Para outros significados de Judas, veja Judas (desambiguação).
Aristóbulo
Aristóbulo (filho de João Hircano)
Nascimento século II a.C.
Morte 103 a.C.
Sepultamento Jerusalém
Cidadania Reino da Judeia
Progenitores
Cônjuge Salomé Alexandra
Irmão(ã)(s) Antigonus I, Alexandre Janeu

Judas, filho mais velho de João Hircano, que assumiu o nome de Aristóbulo e foi cognominado Filo-heleno, foi um dos governadores hasmoneus da Judeia, governando por um breve período. Existem controvérsias entre os historiadores sobre se foi Aristóbulo ou seu irmão e sucessor, Alexandre Janeu, quem primeiro adotou o título de rei dos judeus, um título que estava reservado apenas para a família de Davi.[1]

Família[editar | editar código-fonte]

Judas era o filho mais velho de João Hircano, sumo sacerdote de Israel por 29 anos (outras versões trazem 33 e 31 anos) e rei de facto da Judeia.[1]

Ele tinha vários irmãos, Antígono, Alexandre Janeu e mais dois outros.[1]

Reinado[editar | editar código-fonte]

Em 108 a.C., com a morte de João Hircano, Judas, seu filho mais velho, se tornou o governante da Judeia e sumo sacerdote. Judas assumiu o nome Aristóbulo, e foi cognominado Filo-heleno, por ter familiaridade e fazer negócios com os gregos. De acordo com Flávio Josefo, ele foi o primeiro a se declarar como rei, porém Estrabão, que possivelmente ignorou o reinado de Aristóbulo por este ter sido muito curto, diz que o primeiro rei foi Alexandre Janeu.[1]

Aristóbulo promoveu seu irmão, Antígono, para reinar conjuntamente com ele. Os outros três irmãos foram presos no calabouço. Sua mãe, a quem João Hircano havia indicado para governar, foi também presa, e foi executada por privação de alimento.[1]

Em 106 a.C., Aristóbulo conquistou a Itureia, e forçou seus habitantes a se converterem à religião judaica, sendo circuncidados.[1]

Morte[editar | editar código-fonte]

Na época da festa dos Tabernáculos, Antígono, seu irmão, estava retornando da guerra em triunfo. Aristóbulo ficou doente, e se recolheu à torre, que mais tarde seria chamada de torre de Antônio. Antígono foi ao templo orar pela cura do irmão, porém alguns conspiradores disseram que Antígono queria tomar o poder de Aristóbulo.[1]

Aristóbulo chamou seu irmão, e avisou a seus guardas que, se Antígono viesse armado, é porque ele queria matá-lo, e eles deveriam matá-lo. Porém, em segredo, Aristóbulo enviou um recado a Antígono, pedindo para ele vir desarmado. Salomé, a rainha, e alguns amigos de Aristóbulo convenceram o mensageiro a dizer o oposto, que Aristóbulo queria ver o irmão com as roupas militares. Antígono foi morto em um local subterrâneo, chamado torre de Straton.[1]

Logo depois, a doença de Aristóbulo piorou, causada também pelo remorso pela morte horrível do irmão. Com muita dor, Aristóbulo vomitou sangue, e quando um servo estava levando o sangue para jogar fora, o sangue caiu exatamente no lugar que estava sujo com o sangue de Antígono. Aristóbulo, comunicado do acidente, reconheceu o julgamento de Deus, entregou sua alma e morreu.[1]

Sucessão[editar | editar código-fonte]

Salomé Alexandra, viúva de Aristóbulo, libertou seus irmãos, e Alexandre Janeu, o mais velho e modesto deles, foi feito rei. Logo que se tornou rei, Alexandre executou um dos irmãos, acusando-o de estar conspirando contra ele.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j James Ussher, The Annals of the World [em linha]