Vítor Constâncio

Vítor Constâncio
Vítor Constâncio
Vítor Constâncio
Ministro(a) de Portugal Portugal
Período II Governo Constitucional de Portugal
  • Ministro das Finanças e do Plano
Secretário-Geral do Partido Socialista
Período 29 de junho de 1986
a 15 de janeiro de 1989
Antecessor(a) Mário Soares
Sucessor(a) Jorge Sampaio
Dados pessoais
Nascimento 12 de outubro de 1943 (80 anos)
Lisboa
Profissão Economista

Vítor Manuel Ribeiro Constâncio GCCGCIH (Lisboa, 12 de outubro de 1943) é um economista e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa[1], Vítor Constâncio foi secretário-geral do Partido Socialista, de 1986 a 1989, e candidato derrotado a primeiro-ministro, em 1987.

A sua experiência governativa tem início quando Constâncio é chamado para o cargo de Secretário de Estado do Planeamento, imediatamente após o 25 de abril de 1974, nos I e II Governos Provisórios, entre 1974 e 1975. A seguir, já em 1976, depois do 25 de novembro, será Secretário de Estado do Orçamento e do Plano, no VI Governo Provisório.

Militante do Partido Socialista, em 1976 foi eleito deputado à Assembleia da República, sendo nomeado presidente da Comissão Parlamentar para a Integração Europeia, função que desempenha entre 1977 e 1979. Em 1978 regressa ao governo, desta vez como Ministro das Finanças e do Plano, no II Governo Constitucional, formado através de coligação entre o PS e o CDS-PP. Seria novamente deputado à Assembleia da República nas legislaturas de 1980-1981 e 1987-1991, embora nesta última tenha abandonado o mandato logo em 1988, após ser derrotado por Cavaco Silva na disputa pela chefia do governo[1].

Depois de ter sido assistente do ISEG, Constâncio é hoje professor catedrático convidado desse instituto desde 1989,[1] apesar de nunca ter concluído o doutoramento.[2]

Tendo iniciado a sua atividade no Banco de Portugal em 1975 como diretor do Departamento de Estatística e de Estudos Económicos, foi nomeado vice-governador em 1977, posição que voltaria a ocupar em 1979 e durante o período de 1981 a 1984, foi nomeado seu 12.º Governador entre 1985 e 1986 e, novamente, 16.º Governador de Fevereiro de 2000 a Maio de 2010,[1] foi director de Estatística e Estudos Económicos, em 1975, e vice-governador, de 1981 a 1984.

A 24 de Maio de 1995 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[3]

No sector privado foi, entre 1995 e 2000, vogal e administrador do Conselho de Administração do BPI e, novamente no sector público, entre 1998 e 2000, vogal e administrador não-executivo da EDP.[1]

A 21 de Maio de 1999 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil[4] e a 8 de Junho de 2005 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[3]

Foi membro do Conselho de Estado.[1]

Em 2010, ano em que errou as previsões macroeconómicas e de falhas na supervisão bancária por não ter actuado ou o fazer tardiamente nos casos BPN, BCP e BPP, e que custaram aos contribuintes portugueses um montante superior a 9.500 milhões de euros,[5][6][7][8] viu todavia reconhecidos os seus méritos na União Europeia, sendo nomeado em 2010 vice-presidente do Banco Central Europeu,[1] num mandato que durará oito anos e onde é responsável pela supervisão bancária.

Referências

  1. a b c d e f g Banco de Portugal. «Antigos Governadores do Banco de Portugal». Consultado em 24 de Novembro de 2014. Arquivado do original em 23 de outubro de 2014 
  2. «Instituto Superior de Economia e Gestão». aquila2.iseg.utl.pt. Consultado em 7 de Agosto de 2009. Arquivado do original em 29 de novembro de 2014 
  3. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Vítor Manuel Ribeiro Constâncio". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 21 de novembro de 2014 
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Vítor Manuel Ribeiro Constâncio". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 21 de novembro de 2014 
  5. Diário Económico (31 de dezembro de 2010). «2010 ou o que mais nos irá acontecer» (PDF). Consultado em 31 de dezembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 4 de julho de 2011 
  6. cdspp (7 de janeiro de 2011). «BPN: Governo sem Estratégia» 
  7. Jornal Negócios (26 de setembro de 2003). «Deloitte castiga BPN na auditoria às contas de 2002» (PDF) 
  8. Económico (17 de março de 2015). «O fim de Carlos Costa?» 

Precedido por
Almeida Santos
Secretário-Geral do PS
1986 - 1989
Sucedido por
Jorge Sampaio

Precedido por
José da Silva Lopes
Governadores do Banco de Portugal
1985 – 1986
Sucedido por
José Alberto de Vasconcelos Tavares Moreira
Precedido por
António José Fernandes de Sousa
Governadores do Banco de Portugal
Fevereiro de 2000 – Maio de 2010
Sucedido por
Carlos da Silva Costa