Universidade de Bolonha

Universidade de Bolonha
Università di Bologna
Latim:'Universitas Bononiensis'
UNIBO
Lema Alma mater studiorum
Fundação 1088 (936 anos)
Tipo de instituição Pública
Localização Bolonha,  Itália
Reitor(a) Dr. Ivano Dionigi
Total de estudantes 81.461 (2009)
Campus Urbano
Afiliações Grupo Coimbra
Página oficial www.unibo.it

A Universidade de Bolonha (Università di Bologna, em italiano) é considerada uma das universidades mais antigas do mundo[1], tendo sido fundada em Bolonha, na Itália, em 1088. Constantemente é classificada entre as melhores do mundo, figurando entre as Universidades de Elite Mundial segundo indicadores como o ARWU, QS World, THE e US News. Em 2020, a Alma Mater sobe três posições e faz história ao se tornar a universidade europeia mais preparada para o futuro e 6ª no ranking mundial do Times Higher Education, que monitora o impacto das universidades na sociedade usando os parâmetros indicados pela ONU. [2]

História[editar | editar código-fonte]

A sua história entrelaça-se com grandes personagens da história e da ciência. Na Idade Média, foi famosa em toda a Europa por suas escolas de Humanas e Direito Civil. Os primeiros professores que se têm registro são Pepone e Irnerio. Este último foi denominado pela história do Direito como "Lucerna Iuris" (a luz do Direito). Em 1158, o Imperador Federico I promulga uma "Constitutio Habita" (lei orgânica da universidade) que transforma praticamente a Universidade de Bolonha em uma Cidade Estado.

Em 1364, vários teólogos começaram o ensino de Teologia. Em Bolonha passaram períodos de estudo Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Guido Guinizzelli, Cino da Pistoia, Cecco d'Ascoli, Re Enzo, Salimbene de Parma e Coluccio Salutati.

Também importante no avanço cientifico da epoca, diversos matematicos frequentaram a Universidade de Bolonha, entre eles destacam-se Maria Gaetana Agnesi (ver curva de Agnesi) e Laura Bassi, primeira professora universitária na Europa.

No século XV se destacaram os ensinamentos de grego e hebraico, e no século XVI, os da "magia natural", que hoje seria a ciência experimental. O filósofo e professor Pietro Pomponazzi apoiou o estudo das leis naturais, apesar dos pontos de vista conservadores da Teologia e da Filosofia. Uma figura representativa deste período é Ulisse Aldrovandi, que estendeu a sua contribuição para o estudo da química, de fósseis de animais, e naturezas diversas que ele coletou e classificou.

No século XVI, Gaspare Tagliacozzi leva os primeiros estudos de cirurgia plástica. A idade de ouro da medicina em Bolonha coincide com os ensinamentos de Marcello Malpighi, no século XVII, que trabalha arduamente na pesquisa anatômica.

É enorme o prestígio da Universidade de Bolonha em toda a Europa e consequentemente tornou-se um destino para pessoas famosas, como Thomas Becket, Paracelso, Raimundo de Penaforte, Albrecht Dürer, São Carlos Borromeu, Torquato Tasso, Carlo Goldoni entre outros.

Também estudou em Bolonha Pico della Mirandola e Leon Battista Alberti, no curso de Direito Canônico (Direito da Igreja Católica). Nicolau Copérnico estudou Direito Pontifício, e ali iniciou suas observações astronômicas.

Com a Revolução Industrial no século XVIII, a Universidade promove o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A este período pertencem os grandes Luigi Galvani que, juntamente com Alessandro Volta, Benjamin Franklin e Henry Cavendish, são os fundadores da ciência moderna.

O período após o nascimento da Itália como estado unitário é para a Universidade de Bolonha um tempo de grande avivamento, em que se destacam as figuras de Giovanni Cappellini, Giosuè Carducci, Giovanni Pascoli, Augusto Righi, Federico Enriquez, Giacomo Ciamician e Augusto Murri.

Em 1888 comemorou-se o oitavo centenário da Universidade, que reuniu representantes de todas as universidades do mundo, para honrar a Mater Universitas. A cerimônia foi uma celebração grandiosa, as universidades reconheceram suas raízes e as sua contribuição a toda a Humanidade.

Em 1999, a universidade faz história por ser palco da Declaração de Bolonha, marcando uma mudança em relação às políticas ligadas ao ensino superior dos países envolvidos e estabeleceu em comum um Espaço Europeu de Ensino Superior a partir do comprometimento dos países signatários em promover reformas dos seus sistemas de ensino. A declaração reconhece a importância da educação para o desenvolvimento sustentável de sociedades tolerantes e democráticas. Embora a Declaração de Bolonha não seja um tratado, os governos dos países signatários comprometeram-se a reorganizar os sistemas de ensino superior dos seus países de acordo com os princípios dela constantes.

Chamada oficialmente Alma mater studiorum, a universidade de Bolonha é uma instituição que hoje oferece cursos de Artes, Direito, Medicina, Farmácia, Matemática, Engenharia, Agronomia, Medicina Veterinária, Arquitetura, Física e Pedagogia.

O semiólogo e escritor italiano Umberto Eco era o titular da cadeira de Semiótica nessa universidade. O ex-primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, é professor do departamento de Economia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]