Trifolium resupinatum

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Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Trifolium
Espécie: T. resupinatum
Nome binomial
Trifolium resupinatum
L.

Trifolium resupinatum é uma espécie de planta com flor pertencente à família Fabaceae. Espécie com polinização alogâmica. É usado frequentemente em pastagens melhoradas devido ao seu teor elevado em proteína que lhe confere alto valor nutritivo para alimentação animal.

A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 2: 771. 1753.

Os seus nomes comuns são trevo-da-pérsia, trevo-de-flor-revirada, trevo-de-flores-reviradas ou trevo-resupinado.[1]


Descrição[editar | editar código-fonte]

A seguir apresenta-se a descrição dada por António Xavier Pereira Coutinho na sua obra Flora de Portugal (Plantas Vasculares): Disposta em Chaves Dicotómicas (1.ª ed. Lisboa: Aillaud, 1913):[2]

Corola resupinada; lábio superior do cálice frutífero nervoso-reticulado, mais ou menos viloso, oblongo-cónico e com 2 dentes setiformes divaricados, compridos, salientes do indumento; foliolos obovado-acunheados; pedúnculos maiores ou menores do que a folha. Planta de 2-5 dm, difusa ou ascendente, glabra. Planta anual. Abril-Julho. Arrelvados, campos húmidos, areias: do Minho ao Algarve.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental, no Arquipélago dos Açores e no Arquipélago da Madeira.

Em termos de naturalidade é nativa de Portugal Continental e Arquipélago da Madeira e introduzida no arquipélago dos Açores.

 Morfologia[editar | editar código-fonte]

Porte semi-ereto, podendo chegar aos 60 cm de altura, mas quando pastoreado fica com um porte mais baixo, formando uma roseta[3]. Folhas alternas, frifolioladas.

Floração entre Março e Setembro. Sementes lisas, verde-azeitona, entre 1 e 1,5 mm[4].

Requisitos ambientais[editar | editar código-fonte]

Espécie adaptada a solos sujeitos a encharcamento temporário e eutrofizados[5]. Resistente ao frio, suporta solos ácidos e mal drenados[6][7]. Boa resistência à salinidade[8][9]. Apesar de suportar bem as temperaturas baixas, o crescimento é muito lento nestas condições[3]. Tem crescimento indeterminado, o que é particularmente útil no clima mediterrânico devido às grandes variações de disponibilidade hídrica típicas deste clima. Esta característica permite que a planta tenha um crescimento contínuo quando as condições são favoráveis ou possa parar temporariamente o desenvolvimento no caso de condições adversas, como vagas de calor ou stress hídrico, retomando-o mais tarde quando melhorarem.

Protecção[editar | editar código-fonte]

Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

Referências

  1. Trifolium resupinatum - Flora Digital de Portugal. jb.utad.pt/flora.
  2. Flora de Portugal (Plantas Vasculares): Disposta em Chaves Dicotómicas (1.ª ed. Lisboa: Aillaud, 1913)
  3. a b Suttie, J (1999). «Persian clover (Trifolium resupinatum L.)». FAO. Grassland Index. A searchable catalogue of grass and forage legumes 
  4. Sousa, Maria Edite; Caixinhas, Maria Lisete; Forte, Paulo (2015). Trevos, Anafes e Luzernas de Portugal - estudo das formas juvenis, floração e frutificação. Lisboa: Verbo. 182 páginas 
  5. Monteiro, Ana; Ribeiro, Sílvia; Vasconcelos, Maria; Costa, José; M, Simões; Simões, Fernanda; L, Falcão; Freire, J (31 de dezembro de 2014). Plantas Forrageiras de Pastagens de Altitude. [S.l.: s.n.] ISBN 9789728669607 
  6. de., Muslera Pardo, E. (1991). Praderas y forrajes : producción y aprovechamiento 2. ed. Madrid: Ediciones Mundi-Prensa. ISBN 9788471143297. OCLC 43430111 
  7. Andrés., Guerrero García, (1999). Cultivos herbáceos extensivos 6{487} ed. Madrid: Mundi-Prensa. ISBN 9788471147974. OCLC 625763105 
  8. M Simões, Nuno; M Tavares De Sousa, Manuel; Rita Costa, Ana; Vicente, Cláudia (1 de janeiro de 2003). «ESTUDO COMPARATIVO DE LEGUMINOSAS ANUAIS PRATENSES II – TRIFOLIUM CHERLERI; TRIFOLIUM GLOMERATUM; TRIFOLIUM HIRTUM; TRIFOLIUM LAPPACEUM E TRIFOLIUM RESUPINATUM *». Pastagens e Forragens. 10925: 109–120 
  9. Carmona, M; Oliveira, M; Martins, J (2004). «Avaliação da tolerância à salinidade de espécies forrageiras». Pastagens e Forragens (24-25): 85-96 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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