The Naval War of 1812

The Naval War of 1812 é o primeiro livro de Theodore Roosevelt, publicado em 1882. Abrange as batalhas navais e a tecnologia utilizada durante a Guerra de 1812. É considerado um trabalho seminal em seu campo e teve um enorme impacto na formação da moderna Marinha americana.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Theodore Roosevelt formou-se na Universidade de Harvard em 1880, e logo depois casou-se com Alice Hathaway Lee Roosevelt. Enquanto frequentava a Columbia Law School e morava em Manhattan, Roosevelt começou a pesquisar um livro que havia começado enquanto ainda estava em Harvard. Ele já havia completado dois capítulos do livro e o havia terminado em dezembro de 1881. Roosevelt começou a escrever sobre um assunto que o desafiava tanto técnica quanto historicamente. Ele decidiu narrar as batalhas navais entre as marinhas britânica e americana durante a Guerra de 1812. Ele tentou analisar os fatos da forma mais imparcial possível, analisando documentos americanos e britânicos do período, bem como alguns outros da Europa Continental.[1]

Conteúdo[editar | editar código-fonte]

Roosevelt introduz a guerra discutindo os climas políticos e sociais da Grã-Bretanha e da América antes da guerra. Ele faz vários comentários contundentes sobre o despreparo americano para a guerra, colocando a culpa especialmente no presidente Thomas Jefferson. Roosevelt então discute, ano a ano, as guerras navais tanto no Oceano Atlântico quanto nos lagos das Américas. Ele segue principalmente as tripulações americanas, mas discute os pontos fortes e fracos de ambos os lados. A análise de Roosevelt de cada papel de tripulação e comandantes em batalhas particulares deixa o leitor sem dúvidas sobre quem deve receber glória e quem deve ser envergonhado. Ele também não é absolutamente pró-americano. Suas críticas a Oliver Hazard Perry na Batalha do Lago Erie mostra isso bem. Ao longo do livro, ele elogia os dois lados do conflito.[2]

Conclusão[editar | editar código-fonte]

Roosevelt conclui que os americanos saíram da guerra com uma merecida vitória naval. No entanto, ele observa que essa vitória foi em grande parte moral; as pequenas e singulares batalhas não tiveram grande efeito no arsenal naval britânico. Isso, ele observa, deu confiança ao povo americano, enquanto em terra seu exército foi derrotado consistentemente, com algumas exceções, como a Batalha de Nova Orleans.[3]

Impacto[editar | editar código-fonte]

O livro é considerado um dos melhores em seu campo. Foi uma conquista considerável para Roosevelt, de 23 anos, que teve que aprender o lado técnico da terminologia e tecnologia naval. Embora tenha sido criticado por alguns por ser acadêmico e chato, ele se saiu bem, passando por quatro edições em seis anos. Em 1886, apenas quatro anos após a publicação, a Marinha dos Estados Unidos ordenou que uma cópia do livro fosse colocada em cada navio. Também afetou a carreira posterior de Roosevelt, chamando sua atenção para a importância de uma marinha forte no poder nacional. Ele viria a ser secretário adjunto da Marinha, onde ajudou a modernizar e construir a marinha americana; como presidente, ele teve um grande interesse na marinha, incluindo o despacho da Grande Frota Branca que circunavegou o mundo entre 1907 e 1909. Isso contribuiu significativamente para a ascensão da América como potência mundial. O livro também influenciou Alfred Thayer Mahan quando escreveu The Influence of Sea Power Upon History, considerado o maior trabalho sobre guerra naval da história.[1]

Referências

  1. a b c Morris, Edmund. The Rise of Theodore Roosevelt, Ballantine Books 1979. ISBN 0345339029
  2. «Review of The Naval War of 1812». Consultado em 16 de outubro de 2014 
  3. DiNunzio, Mario R. Theodore Roosevelt: An American Mind, Palgrave Macmillan, 1994. ISBN 0-312-10352-2

Ligações externas[editar | editar código-fonte]