Teti (faraó)

Teti
Teti (faraó)
Estátua de Teti encontrada perto de sua pirâmide em Sacará
Faraó do Egito
Reinado 2 323–2 291 a.C.
Antecessor(a) Unas (V dinastia)
Sucessor(a) Usercaré
 
Sepultado em Pirâmide de Teti
Cônjuge Ipute I
Cuite II
Quentecaus IV
Mãe Sexexete
Filho(s) Pepi I
Tetianquem
Nebecauor
Titularia
Nome Teti
t
t
i
Hórus Hr Sehetep Tawy
Hórus, que satisfaz (pacifica?) As Duas Terras
sHtp
t p
tA
tA
Duas Senhoras Sehetep Nebty
Quem satisfaz as duas senhoras
sHtp
t p
Hórus de Ouro Hr nebu sema
O Hórus de Ouro que une
F36
Título

Teti (em egípcio: t t i), também denominado Otoes, foi o primeiro faraó e fundador da VI dinastia egípcia. Seu reinado foi bem curto e pouco se sabe dele.[1] Mênfis era sua capital e foi enterrado numa tumba em Sacará.[2] Era filho de Sexexete, cuja rainha foi mencionada num túmulo descoberto em 8 de novembro de 2008,[3] que o ajudou a ganhar o trono e reconciliar com duas facções rivais.[4]

Data de reinado[editar | editar código-fonte]

Segundo o historiador Manetão, Teti teria reinado de 30 a 33 anos antes de sua morte. Contudo, a Pedra de Palermo sugere que este reinou por mais ou menos 13 anos.[2]

Reinado[editar | editar código-fonte]

A transição do reinado de Unas, da V dinastia, para Teti é bem duvidosa. Alguns investigadores apontam que esta transição é tumultuada, porém outros como uma transição pacífica devido ao casamento do faraó com Ipute, filha de Unas.[1]

De acordo com a arqueóloga Joyce Tyldesley, Teti poderia ter sido filho ou genro de Unas e que seu vizir Cagemni havia servido este rei e Tanquerés, penúltimo faraó da dinastia antecessora. Logo, não tinha uma quebra óbvia entre as dinastias V e VI, mas tanto Manetão quanto o Cânone de Turim separam as dinastias. Propriamente o faraó sugere uma razão com seu nome de Hórus escolhido "Aquele Que Reconcilia Ambas As Terras", um nome que cheira a revoltas civis resolvidas, mas não há evidências arqueológicas ou textuais sobre tais conflitos.[2]

Para consolidar sua autoridade em seu reinado, era necessário que Teti recompensasse seus partidários e ganhasse a simpatia de membros da elite. O favor ganho pode ser visto no registro funerário de Sacará, onde tumbas de elite ricamente decoradas se aglomeram ao redor da pirâmide de Teti.[5]

Além de Ipute, Teti foi casado com Cuite e com Quentecaus. Ele foi considerado como um governador pacificador e que foi o primeiro rei que cultuou a deusa Hator em Dendera.[6]

O nome de Teti foi encontrado na costa da Fenícia, o que comprova que fez contatos comerciais de longa distância, e que este fez também uma expedição militar à Núbia.[1]

Manetão aponta que Teti havia sido assassinado por sua própria escolta no final de seu reinado, porém não estava comprovado em algumas fontes.[1]

Referências

  1. a b c d Doberstein 2010, p. 114.
  2. a b c Tyldesley 2019, p. 54.
  3. Lopes 2011.
  4. 'Ancient Egypt queen' found. The Straits Times
  5. Middleton 2017, p. 62.
  6. On Line Editora 2016, p. 68.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Doberstein, Arnaldo Walter (2010). O Egito antigo. Porto Alegre: EDIPUCRS 
  • Tyldesley, Joyce (2019). The Pharaohs. Londres: Quercus. ISBN 9781529404517 
  • On Line Editora (2016). A Vida no Antigo Egito. São Paulo: On Line. ISBN 978-85-432-1148-0 
  • Lopes, Nei (2011). Dicionário da antiguidade africana. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. ISBN 978-85-2001-098-3 
  • Middleton, Guy D. (2017). Understanding Collapse: Ancient History and Modern Myths. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 9781107151499 

Precedido por
Unas
Faraó
VI dinastia egípcia
Sucedido por
Usercaré