Silfo

Representação de Ariel e Prospero, da obra A Tempestade, de Shakespeare. Pintura de William Hamilton

Silfos[1] ou Sílfides são seres mitológicos do ar[2] na tradição germânica.

O termo provém de Paracelso, que os descreve como elementais que reinam no ar.[3] Uma vez que o termo se origina com Paracelso, há relativamente pouca lenda e mitologia pré-paracelésias que podem ser lhes associadas com confiança, mas um número significativo de trabalhos subsequentes literários e ocultos foram inspirados pela ideia. Robert Alfred Vaughan observou que "as fantasias selvagens mas poéticas" de Paracelso provavelmente exerceram uma influência maior sobre sua idade e a subsequente que geralmente é suposto, particularmente sobre os membros da Ordem Rosacruz, mas que até o século XVIII eles se tornaram reduzidos a "máquinas para o dramaturgo" e "figurantes de ópera".[4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Têm uma capacidade intelectual sensível, chegando a favorecer o homem na sua imaginação. São reconhecidamente belos, assumindo vários tons de violeta e de rosa. As lendas contam que são os silfos que modelam as nuvens com as suas brincadeiras, para embelezar o dia-a-dia do homem na Terra. Além de tudo, podem ser nocivos, pois se um indivíduo humano souber demais sobre a natureza e usá-la para o mal, os seres poderão puni-lo. Raramente se enganam por acharem também o grande conhecimento. Foram representados como dentes de leão no filme e nos livros da série As Crônicas de Spiderwick.

No último discurso de Sócrates, tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo condenado à morte diz: "Acima da terra, existem seres vivendo em torno do ar, tal como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o ar forma junto com o Continente; e numa palavra, o ar é usado por Eles, tal qual a água e o mar são por nós, e o Éter é para nós. Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que Eles não têm doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e todos os outros sentidos muito mais aguçados do que os nossos, no mesmo sentido que o ar é mais puro que a água e o Éter do que o ar. Eles também têm seus templos e Lugares Sagrados, em que os deuses realmente vivem, e Eles escutam sua vozes e recebem suas respostas; são conscientes de sua presença e mantêm conversação com Eles, e Vêem o Sol, e Vêem a Lua, e Vêem as Estrelas, tal como realmente são. E todas suas bem-aventuranças, são desse gênero".

Eles são os mais altos de todos os Elementais, o seu Elemento Nativo é o de mais alta taxa vibratória. É comum atingirem 1000 anos de idade, não envelhecem nunca. São os Silfos, que têm como líder um Silfo chamado Paralda, e vive na mais alta montanha da Terra. Acredita-se que os Silfos reúnam-se em torno da mente dos sonhadores, dos artistas, dos poetas, e os inspiram com seu alto conhecimento das maravilhas e obras da Natureza. São de temperamento alegre, mutável e excêntrico. A eles é atribuída a tarefa de modelar os flocos de neve e arrebanhar as nuvens, sempre desempenhando esta tarefa com a ajuda das Ondinas, que lhes fornecem a umidade.

Referências

  1. S.A, Priberam Informática. «silfo». Dicionário Priberam. Consultado em 21 de junho de 2023 
  2. «sylph». Oxford Dictionaries. Oxford Dictionary. Consultado em 11 de dezembro de 2013 
  3. «sylph - definition of sylph». The Free Dictionary. Consultado em 11 de dezembro de 2013 
  4. Vaughan, Robert A. (setembro de 1856). «Hours with the Mystics». The Eclectic Magazine of Foreign Literature, Science, and Art. 39: 36–49 
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