Seu Quequé

Seu Quequé (nome completo: Aventuras Amorosas de Seu Quequé) é uma telenovela brasileira exibida pela TV Cultura entre 7 de junho e 2 de julho de 1982, às 19h30. Baseada no conto Pensão Riso da Noite (Cerveja, Sanfona e Amor), de José Condé, foi escrita por Wilson Rocha e dirigida por Edison Braga.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Nordeste brasileiro, final da década de 1920. O caixeiro-viajante Ezequias Vanderlei Lins, mais conhecido como Seu Quequé (Osmar Prado), é uma figura simpática, cheia de carisma e um homem íntegro e trabalhador que se dedica ao único código em que acredita: o amor. Ele se entrega a esse sentimento e, como resposta à sua completa dedicação, mantém três esposas, três famílias bem constituídas. Em Caruaru (Pernambuco), Quequé é casado com Eleuzina Lins (Solange Theodoro). Santinha Lins (Regina Dourado) é sua esposa em Penedo (Alagoas). E em Estância (Sergipe), Quequé é marido de Nicinha (Nice Martinelli). Essas três mulheres são seus legítimos rabos-de-saia. Óbvio que umas não sabem das outras, mas com todas ele é feliz e traz felicidade para todas elas.

Sempre vestindo terno de linho, chapéu-panamá, sapato de duas cores e um relógio de bolso, Quequé encarnava o machão brasileiro, mulherengo e falastrão. Mudava de personalidade, caráter e cores das roupas para se apresentar a cada esposa. Ao fazer malabarismos para atender aos desejos da fogosa Eleuzina, ele vestia bege; da aristocrástica Santinha, azul-marinho e preto; e da semi-adolescente Nicinha, branco.

Foi com uma enorme gargalhada que Nicinha conheceu o "Quequezão", os dois tiveram um filho e se tornaram inteiramente felizes. Nicinha é a mais nova das três esposas do caixeiro-viajante. Moleca, livre pela idade, inconseqüência e por uma graciosidade irresistíveis, mistura, em dosagens harmônicas, a inocência com o perigo, a ingenuidade com a feminilidade.

Santinha, a esposa do meio, é a recatada Dona Santa, mulher que enviuvou cedo, absolutamente bela e de origem aristocrática. Pessoa respeitadíssima em Chegança, por seu status, e muito cobiçada por sua beleza, ela é a imagem do recato e da fé, na verdade suas grandes armas de sedução. Recolheu-se em sua viuvez até que conheceu Ezequias, com quem se casou três meses depois e teve mais dois filhos, que cria junto com os dois do primeiro casamento.

Com Eleuzina, a relação é madura, meio maternal, profundamente honesta, na qual o caixeiro-viajante pode se mostrar como é. Pois nela reside a principal referência de Quequé. Alegre, autêntica, vivida, forte, companheira de boemia, é com ela que o caixeiro-viajante se casou primeiro e teve quatro filhos. Ela é uma mulher que o mina com sensualidade e que o ama com proteção.

Se as esposas de Quequé não passam de uma grande fantasia, ou se são aspectos de uma única "mulher ideal", isso não se sabe, o fato é que elas existem e se completam, preenchendo a vida do caixeiro-viajante.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Caruaru (PE)[editar | editar código-fonte]

Penedo (AL)[editar | editar código-fonte]

Estância (SE)[editar | editar código-fonte]

Crianças[editar | editar código-fonte]

Outros personagens[editar | editar código-fonte]

  • Florência
  • Caixeiro Juca
  • Caixeiro Claudinho
  • Jandira
  • Costinha, dono de bar
  • Antônio Oliveira Rodrigues, patrão de Quequé

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

  • Antes da Rede Globo produzir Rabo-de-saia, a Cultura também adaptou o mesmo texto com produção menor e segmento linear da história, dando mais fidelidade ao original de José Condé.
  • Na época em que esteve nas mãos do Grupo IBF, a Rede Manchete comprou esse "Tele-Romance" da Cultura e o reprisou em 1992, como um "tapa-buraco".
  • A própria Cultura também reprisou Seu Quequé na década de 1980 e de 11 de maio a 14 de junho de 2005.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]