Sant'Apollinare ad Palmata

Sant'Apollinare ad Palmata era uma das quatro igrejas que ficavam à volta da Antiga Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano. Era dedicada a Santo Apolinário de Ravena.

As outras eram Santa Maria della Febbre, Santa Maria in Turri e San Vincenzo Hierusalem. Todas foram demolidas para permitir a construção da nova basílica no início do século XVII, com exceção de Santa Maria della Febbre, que foi transformada em sacristia.

História[editar | editar código-fonte]

Esta igreja, cuja origem remonta ao pontificado do papa Honório I (r. 625-638)[1], era conhecida também como in Palmaria e in Palma aurea[2]. Segundo Mariano Armellini, ela ficava num local conhecido como Porticus S. Petri, como era conhecido o átrio porticado da Antiga Basílica, e seu epíteto não é uma referência às palmeiras do antigo circo e nem às que ombreavam o Jardim do Vaticano, que já era conhecido como Paradisus San Petri, mas à rica decoração da própria igreja.

Segundo ele, as árvores teriam plantadas provavelmente por monges abissínios que deram o nome de Egitto a uma região do Vaticano (o espaço hoje abaixo dela atrás da tribuna de frente para a Piazza di San Pietro[3]. A igreja é mencionada como estando "iuxta scalas Basilicae" (e não retro basilicam)[4][2], uma posição hoje identificada como sendo à esquerda da escadaria que levava até o átrio[5].

No interior da moderna Basílica de São Pedro, na Galleria di Clemente VIII, estão fragmentos e lápides com inscrições e relevos relativos ao período da construção da antiga basílica e também sete fragmentos pertencentes ao portal da antiga igreja de Sant'Appolinare. Uma delas tem os seguintes dizeres: "XPI FIDEI DOCTO SATIS APOLENA(RI SVME RA) VENN(ATVM PETRVS INQVIT P) ON(TIFICATVM)" - "Para Apolinário, já bem informado na fé de Cristo, Pedro disse: tome o episcopado de Ravena"[5].

Referências

  1. Schuster, Alfredo Ildefonso (1932). Liber Sacramentorum (PDF) (em italiano). Torino: Casa Editrice Marietti. p. 97 
  2. a b Armellini, Mariano (1891). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Rome: Tipografia Vaticana. p. 739 
  3. GNOLI, R. (1939). «Topografia e toponomastica di Roma medievale e moderna». Roma (em italiano): 26 
  4. «Note sul luogo detto Egitto in Borgo» (em italiano). Sacra Fraternitas Aurigarum Urbis 
  5. a b Araneo, Raffaele. Epigrafia Monumentale Vaticana: Dalle necropoli alla Basilica di San Pietro (PDF) (em italiano). [S.l.: s.n.] p. 275 (nota 700)