Samba de terreiro

Samba de terreiro
Samba de terreiro
Paulinho da Viola em 1970.
Contexto cultural Início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro
Instrumentos típicos
Samba de terreiro
Categoria: Formas de Expressão
Data de Registro: 20/11/2007
Nº de Processo: 01450.011404/2004-25
Cidade: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Órgão: IPHAN

O samba-de-terreiro (também conhecido como samba-de-quadra) é uma sub-gênero do samba, surgido na década de 1930 nos terreiros (atuais quadras) das primeiras escolas de samba do Rio de Janeiro.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Durante a década de 1930, era costume em um desfile de carnaval que uma escola de samba apresentasse o samba-enredo na primeira parte e, na segunda parte, os melhores versadores improvisassem com outros sambas-de-terreiro. Estes sambas ficaram conhecidos assim, porque eles eram produzidos durante todo o ano nos espaços que se tornariam as futuras quadras. Antes de ser cimentado, o chão do terreiro era feito de terra batida.

Geralmente, um samba-de-terreiro retratava o cotidiano dentro das comunidades onde se localizavam as escolas de samba cariocas. Comum até o início da década de 1970, estes sambas deixariam de ser tocados nos desfiles em um longo processo de mercantilização do carnaval. Ao deixar de ser cantado nos desfiles, o samba-de-terreiro ficou relegado às quadras das escolas de samba, servindo inicialmente para animar festas até se restringir à temporada seletiva de samba-enredo.

Por iniciativa de Noca da Portela, então secretário estadual de Cultura do Rio de Janeiro, e com apoio da LIESA, foi realizado em 2006 o primeiro concurso de samba deste gênero. Com o objetivo de revelar obras inéditas em cada agremiação, o concurso movimentou as quadras das escolas de samba cariocas.

Em 2007, o IPHAN conferiu registro oficial às matrizes do samba do Rio de Janeiro: samba de terreiro, partido-alto e samba-enredo.

Dentre algumas composições famosas saídas dos terreiros/quadras, estão "Foi um Rio que passou em minha vida" (de Paulinho da Viola, "Portela na Avenida" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), "Azul, Vermelho e Branco" (de Aroldo Melodia), "Salve a Mocidade" (de Luiz Abdengo dos Reis), "Tem capoeira" (de Batista da Mangueira), "A Deusa da Passarela" (de Neguinho da Beija-Flor).

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