Sétimo Vorodes

Sétimo Vorodes
Nacionalidade
Império Romano
Ocupação Oficial

Sétimo (português brasileiro) ou Septímio (português europeu) Vorodes (em latim: Septimius Vorodes; em parta: wrwd; romaniz.:Wīrōδ; em persa médio: Wīrōy; em grego clássico: Ουορωδες; romaniz.:Ouorodes) foi um oficial palmireno e vice-rei de Odenato (r. 252–267). A sua origem é disputada, com alguns especulando que fosse palmireno e outros que fosse parta.

Vida[editar | editar código-fonte]

Dracma de Sapor I cunhado ca. 240-244

Vorodes é um nome de origem iraniana. Pensa-se que era refugiado parta na corte palmirena (após a destruição do Império Arsácida pelo Império Sassânida) ou o chefe de um partido pró-persa em Palmira.[1] Apesar disso, o nome de seu filho, Ogeilo, era de origem árabe.[2] Udo Hartmann nega que fosse parta e insiste que era um nobre palmireno.[1] Quanto a seu nome Sétimo, que possui origem latina, lhe foi dado por Odenato.[3]

Vorodes reteve vários ofícios em Palmira, inclusive de administrador da justiça e notário público.[1] Se sabe que Odenato enviou uma embaixada à Pérsia em data incerta e o emissário pode ter sido Vorodes. O Sapor I (r. 240–270), inimigo de Palmira, na inscrição Feitos do Divino Sapor lista os nomes dos oficiais estrangeiros que se submeteram; um deles era Warzabad, um equivalente persa de Vorodes. Isso levou a muita especulação sobre a identidade de Warzabad, porém não há a existência de qualquer conexão entre eles e a relação é especulativa.[4]

Vorodes aparece numa série de inscrições em estátuas encontradas em Palmira (datadas respectivamente de abril de 262, dezembro de 262, abril de 263, 265, 266 e 267) que foram dedicadas a ele. Em todas é descrito como procurador ducenário (procurador de segunda classe). Duas das inscrições foram dedicadas pelo senado e povo de Palmira, enquanto quatro delas foram dedicadas por seus amigos, que lhe chamam patrono: o estratego Júlio Aurélio Nebuzabades, filho de Soadu, filho de Haire; o homem egrégio Júlio Aurélio Sétimo Iade, filho de Alexandre, filho de Heranes, filho de Soraicu; Júlio Aurélio Sétimo Malcu, filho de Maloca, filho de Nassum; e o cavaleiro Júlio Aurélio Xalme, filho de Cassiano, filho de Manai. Numa delas, diz-se que Vorodes cuidou das caravanas às suas próprias custas e que os chefes dos mercadores louvavam-o por exercer brilhantemente sua função, bem como que gastou grandes somas de seus próprios cofres com os sacerdotes do deus Zeus-Bel.[5]

Referências

  1. a b c Southern 2008, p. 74.
  2. Stoneman 1994, p. 77.
  3. Potter 2004, p. 257.
  4. Southern 2008, p. 75.
  5. Dodgeon 2002, p. 68-69.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Dodgeon, Michael H.; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part I, 226–363 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-00342-3 
  • Potter, David Stone (2004). The Roman Empire at Bay AD 180–395. Londres/Nova Iorque: Routledge. ISBN 0-415-10057-7 
  • Southern, Pat (2008). Empress Zenobia Palmyra’s Rebel Queen. Londres e Nova Iorque: Continuum 
  • Stoneman, Richard (1994). Palmyra and Its Empire: Zenobia's Revolt Against Rome. Ann Arbor: University of Michigan Press