Rutilismo

Rutilismo é uma característica genética responsável pela ocorrência de pelos e cabelos ruivos, ou seja, de coloração avermelhada, laranja avermelhados ou vermelho acobreado. A presença de cabelos ruivos ocorre em aproximadamente 2% da população humana.[1][2] Ocorre mais frequentemente (2–6%) em pessoas cujos ancestrais são oriundos do norte ou noroeste europeu e menos frequentemente noutras populações.

Em 1997 descobriu-se a bioquímica dos cabelos ruivos, demonstrando-se que estes se associam ao receptor da melanocortina-1 e componentes de ferro. Acredita-se que o gene recessivo associado teria uma antiguidade. Todos os ruivos apresentam variantes na região MC1R do cromossomo 16.

mulher ruiva
homem ruivo
menino ruivo





Fatos[editar | editar código-fonte]

  • O lugar do mundo com o maior número percentual de ruivos é o Reino Unido, especialmente a Escócia. Calcula-se que de 10 a 13% da população escocesa tenha cabelos avermelhados.
  • O professor Jonathan Rees conduziu um estudo sobre ruivos na Universidade de Edimburgo. Ele identificou o gene para o cabelo ruivo, o MC1R, encontrado no 16º cromossomo.
  • Os cabelos avermelhados são uma mutação genética.[3]
  • Em meados do século XVII, no final do reino da rainha Elizabeth I, a crença nas fadas chegou ao sudeste da Inglaterra. Desde aqueles tempos, elas são frequentemente imaginadas e representadas como lindas mulheres de cabelos ruivos.
  • O gene para cabelos avermelhados é recessivo. Ruivos podem nascer depois de gerações de morenos ou loiros na família.
  • Estudos indicam que, provavelmente, alguns neandertais eram ruivos.[4]
  • O deus egípcio Seti era ruivo. [5]
  • Segundo Diodoro da Sicília, os cabelos ruivos eram "comuns entre os [antigos] gregos". [6]

Portugal[editar | editar código-fonte]

A presença de ruivos em Portugal ocorre ocasionalmente de norte a sul do país. Curiosamente, a povoação chamada A-dos-Ruivos teve o seu nome devido à presença de um grande número de ruivos no local.[7]

De acordo com o antropólogo e médico Eusebio Tamagnini, numa pesquisa realizada sobre pigmentação de cabelo, publicado em 1936 pela Universidade de Coimbra, a média de ruivos em Portugal é de 0,17%.[8]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (em inglês) Cort Cass, The Redhead Handbook: A Fun and Comprehensive Guide to Red Hair and More (2003). ISBN 1587860112

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Garreau, Joel (19 de março de 2002). «Red Alert! An Often Misunderstood Minority Finds It's Become a Mane Attraction». Washington Post. p. C1. Consultado em 15 de fevereiro de 2011 
  2. National Geographic, Setembro 2007
  3. «Você sabia: ser ruivo é uma mutação genética?». Terra. Consultado em 21 de Outubro de 2016 
  4. Agência Fapesp - Ruivos pré-históricos (página acessada em 23 de Outubro de 2009).(em português)
  5. Graves, Robert (26 de julho de 1990). The Greek Myths: Vol.2 (em inglês). [S.l.]: Penguin Books Limited 
  6. Graves, Robert (26 de julho de 1990). The Greek Myths: Vol.2 (em inglês). [S.l.]: Penguin Books Limited 
  7. http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Ha-cada-vez-menos-ruivos.rtp&headline=20&visual=9&article=297316&tm=2[ligação inativa]
  8. Tamagnini, Eusébio (1936). Contribuições para o Estudo da Antropologia Portuguesa III - A Pigmentação dos Portugueses. [S.l.]: Tipografia da Atlântida. pp. – 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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