Quadrinhos românticos

Capa de Young Romance em 1947 que lançou o gênero

Quadrinhos românticos (Romance comics no original) é um gênero de quadrinhos que descreve o amor romântico forte e estreito e suas complicações concomitantes, tais como ciúme, casamento, divórcio, traição e sofrimento. O termo é geralmente associado com quadrinhos americanos publicado através das três primeiras décadas da Guerra Fria (1947-1977). Romance comics deste período é tipicamente caracterizados pelos roteiros de ficção sobre a vida amorosa de adolescentes do ensino médio e jovens adultos, com acompanhamento de trabalhos artísticos que descreve uma América rural ou urbana, contemporânea da publicação.

As origens deste quadrinhos de romance remonta anos após a Segunda Guerra Mundial, quando os quadrinhos para leitores adultos aumentou e os de super-heróis foram reduzidos, alguns pesquisadores chamam esse período de interregno ou Era atômica.[1] Influenciados pelas revistas pulps, radionovelas, tiras de jornal em quadrinhos, como Mary Worth, e revistas de adulto confessionais, Joe Simon e Jack Kirby criaram a revista, Young Romance, e lançou-o em 1947 para grande sucesso. No início da década de 1950, dezenas de títulos de romances comics das grandes editoras estavam nas bancas de jornais e farmácias. Young Romance, Young Love e seus imitadores diferenciaram dos títulos de humor adolescente anteriores que aspiravam realismo, usando narração em primeira pessoa para criar a ilusão de verossimilhança, um elenco de personagens multifacetados e histórias auto-suficientes, e heroínas jovens de vinte e poucos anos que estavam mais perto do público-alvo em idade do que as personagens de humor adolescente.[2]

Com a implementação do Comics Code Authority em 1954, editoras de romance comics autocensuraram qualquer material que possa ser interpretado como controversos e optou por publicar histórias seguras centradas em conceitos patriarcais tradicionais de comportamento feminino, os papéis de gênero, amor, sexo e casamento. O gênero entrou em declínio e má reputação durante a revolução sexual, e a Era de ouro das histórias em quadrinhos americanas chegou ao fim quando Young Romance e seu spin-off, Young Love, deixaram de ser publicadas em 1975 e 1977, respectivamente.

No novo milênio, algumas publicações flertam com o gênero de várias formas, incluindo histórias desenhadas no estilo mangá, baseadas em romances Harlequin Enterprises[3][4][5] e clássicos da Era de Ouro, refeitos com diálogos sujos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Shojo - mangás para meninas.
  • Josei - mangás para mulheres jovens adultas.

Referências

  1. George Kovacs, C. W. Marshall (2011). Classics and Comics. [S.l.]: Oxford University Press. 10 páginas. 9780199792368 
  2. Mitchell, Claudia A.; Jacqueline Reid-Walsh (2008). Girl Culture. Greenwood Press. pp. 508–509. ISBN 978-0-313-33908-0.
  3. Manga for Girls
  4. Valéria Fernandes (2007). «Mangás Harlequin: Quando um gênero popular encontra outro». Editora Escala. Neo Tokyo (17) 
  5. Falta Muita Coisa

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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