Rhinella crucifer

Rhinella crucifer
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Bufonidae
Gênero: Rhinella
Espécies:
R. crucifer
Nome binomial
Rhinella crucifer
(Wied-Neuwied, 1821)
Sinónimos[2]
  • Bufo crucifer Wied-Neuwied, 1821
  • Chaunus crucifer (Wied-Neuwied, 1821)
  • Bufo cinctus Schinz, 1822
  • Bufo stellatus Spix, 1824
  • Bufo (Oxyrhynchus) semilineatus Spix, 1824
  • Bufo melanotis Duméril and Bibron, 1841
  • Bufo pombali Baldissera, Caramaschi, and Haddad, 2004
Rhinella pombali, anteriormente tida como uma espécie a parte, mas que hoje se é conhecido que se trata de um híbrido com a R. ornata.

Rhinella crucifer, popularmente conhecido como sapo-amarelo ou cururu-pequeno, é uma espécie de anfíbio da família Bufonidae. Endêmica do Brasil, pode ser encontrada nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro.[2][3]

Em 2012, os pesquisadores Maria Tereza Thomé, Kelly Zamudio, Célio Haddad e João Alexandrino chegaram à conclusão, com base em análises genéticas do ADN nuclear e mitocondrial, de que a espécie Rhinella pombali é um híbrido entre esta e a Rhinella ornata. Devido a isso, essa espécie, que pode ser encontrada em Minas Gerais e em alguns lugares do Rio de Janeiro, passou a ser considerada um sinônimo daquela.[4]

Características[editar | editar código-fonte]

O sapo-amarelo tem um pequeno porte, os machos medindo cerca de 7 cm e as fêmeas podendo chegar a 9 cm. Sua pele é úmida, caracterizada por ser bem rústica, de cor amarelada ao marrom, com uma faixa preta em seu comprimento e outra faixa clara entre as pretas. Isso faz com que possa se camuflar nas folhagens, passando despercebido.[5]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Quando girino, alimenta-se de detritos e raspa plantas aquáticas. Alimenta-se na fase adulta de insetos, lesmas, aranhas e centopeias.

Habitat[editar | editar código-fonte]

Encontra-se em todo o Brasil, sendo mais abundante no Nordeste e no Sudeste do país. O seu habitat natural inclui florestas secas tropicais ou subtropicais, rios, pântanos, jardins rurais e florestas secundárias altamente degradadas com lagos e lagoas permanentes. Adapta-se facilmente ao ambiente urbano.[1]

Comportamento e reprodução[editar | editar código-fonte]

Em dias mais frios e secos do ano costuma migrar para a beira de rios e lagoas logo nas primeiras horas da noite ou da manhã para vocalizar, e muitas vezes os machos, por serem menos seletivos, fecundam fêmeas de outras espécies, formando híbridos naturais. A desova é composta por cordões gelatinosos, dispostos em fileira única. Após a eclosão, os pequenos girinos habitam a lagoa e sofrem o processo de metamorfose até se tornarem animais adultos. Seus predadores naturais são aves de rapina e cobras.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Lucy Aquino, Axel Kwet, Magno Vicente Segalla, Diego Baldo (2004). «Rhinella crucifer». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2004: e.T54621A11176078. doi:10.2305/IUCN.UK.2004.RLTS.T54621A11176078.enAcessível livremente. Consultado em 17 de novembro de 2021 
  2. a b Frost, Darrel R. (2017). «Rhinella crucifer (Wied-Neuwied, 1821)». Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 6.0. American Museum of Natural History. Consultado em 8 de novembro de 2017 
  3. Thomé, Maria Tereza C.; Zamudio, Kelly R.; Haddad, Célio F. B.; Alexandrino, João (2012). «Delimiting genetic units in Neotropical toads under incomplete lineage sorting and hybridization». BMC Evolutionary Biology. 12 (1). 242 páginas. PMC 3574056Acessível livremente. PMID 23228224. doi:10.1186/1471-2148-12-242 
  4. Thomé, Maria Tereza C; Zamudio, Kelly R.; Haddad, Célio F. B.; Alexandrino, João (11 de dezembro de 2012). «Delimiting genetic units in Neotropical toads under incomplete lineage sorting and hybridization». BMC Evolutionary Biology (em inglês). 12 (242). doi:10.1186/1471-2148-12-242. Consultado em 9 de maio de 2020 
  5. Baldissera, F. A. Jr.; Caramaschi, U.; Haddad, C. F. B. (2004). «Review of the Bufo crucifer species group, with descriptions of two new related species (Amphibia, Anura, Bufonidae)». Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro. 62: 255–282 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]