Revolta árabe de 1936–1939

Revolta árabe de 1936–1939
Parte do Conflito israelo-palestino e do Conflito árabe-israelense

Abd al-Qadir al-Husayni (centro) com auxiliares, em 1936.
Data 19361939
Local Mandato Britânico da Palestina
Desfecho A revolta foi totalmente reprimida.
Beligerantes
 Reino Unido

Conselho Nacional Judaico
Yishuvs

Alta Comissão Árabe
Comandantes
Reino Unido Arthur Grenfell Wauchope
Reino Unido Harold MacMichael
Eliyahu Golomb
Raghib al-Nashashibi
Mohammed Amin al-Husayni
Izzat Darwaza
Abd al-Rahim al-Hajj Muhammad
Arif Abd al-Raziq
Forças
25 000 a 50 000 soldados britânicos
20 000 policiais judeus
15 000 milicianos do Haganá
2 883 policiais palestinos
1 000 a 3 000 (1936-1937)
2 500 a 7 500 (1938)
Mais um adicional de
6 000 a 15 000 em tempo parcial
Baixas
Forças Britânicas:
  • 262 mortos
  • c. 550 feridos

Judeus:

  • 300 mortos
Árabes:
  • c. 5 000 mortos
  • c. 15 000 feridos
  • 108 executados
  • 12 622 aprisionados

A Revolta Árabe de 1936–1939 ou Grande Revolta Árabe foi uma revolta nacionalista árabe, contra o domínio colonial britânico e a imigração judaica em massa, na área do Mandato Britânico da Palestina.[1]

A revolta teve duas fases distintas.[2] A primeira foi dirigida principalmente pela Alta Comissão Árabe, urbana e elitista, e se concentrou principalmente em torno de greves e outras formas de protesto político.[2] Em outubro de 1936, esta fase havia sido derrotada pela administração civil britânica, mediante uma combinação de concessões políticas, diplomacia internacional (envolvendo os governantes do Iraque, Arábia Saudita, Transjordânia e Iémen)[3] e a ameaça da lei marcial.[2] A segunda fase, que começou no final de 1937, foi um movimento de resistência violento, liderado por camponeses que cada vez mais tinham como alvo as forças britânicas.[2] Durante esta fase, a rebelião foi brutalmente reprimida pelo Exército Britânico e a Força de Polícia Palestina usando medidas repressivas que eram destinadas a intimidar a população árabe e minar o apoio popular à revolta.[2]

De acordo com números oficiais britânicos que cobrem toda a revolta, o exército e a polícia mataram mais de 2 000 árabes em combate, 108 foram enforcados,[4] e 961 morreram por causa de "gangues e atividades terroristas".[3] Em uma análise das estatísticas britânicas, Walid Khalidi estimou 19 792 baixas para os árabes, com 5 032 mortos: 3 832 mortos pelos britânicos e 1 200 mortos por causa do "terrorismo", e 14 760 feridos.[3] Mais de dez por cento da população adulta masculina árabe palestina entre 20 e 60 anos foi morta, ferida, presa ou exilada.[5] As estimativas do número de judeus palestinos mortos variam de 91[6] a "várias centenas".[7]

Embora a Revolta árabe de 1936-1939 na Palestina não tivesse sido bem sucedida, suas conseqüências afetaram o resultado da Guerra árabe-israelense de 1948.[8]

Referências

  1. Morris, 1999, p. 136.
  2. a b c d e Norris, 2008, pp.25.45.
  3. a b c Hughes, M. (2009) The banality of brutality: British armed forces and the repression of the Arab Revolt in Palestine, 1936–39, English Historical Review Vol. CXXIV No. 507, 314–354.
  4. Levenberg, 1993, pp. 74–76.
  5. Khalidi, 2002, p. 21; p. 35.
  6. Patai, 1971, p.59.
  7. Morris, 1999, p. 160.
  8. Morris, 1999, p.159.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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