Relações entre Brasil e Equador

Relações entre Brasil e Equador
Bandeira do Brasil   Bandeira do Equador
Mapa indicando localização do Brasil e do Equador.
Mapa indicando localização do Brasil e do Equador.
  Brasil
Os presidentes Rafael Correa e Luiz Inácio Lula da Silva, antes da reunião para discutir a crise diplomática que envolveu os governos equatoriano, colombiano e venezuelano.[1]
Veículos brasileiros Marrúa em serviço no Exército do Equador.

As relações entre Brasil e Equador são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República Federativa do Brasil e a República do Equador. Estas relações foram estabelecidas no século XIX, mais precisamente em novembro de 1844 e, desde então, são marcadas pela proximidade e fluidez. O Brasil têm desempenhado um importante papel como facilitador dos acordos de paz entre o Equador e o Peru, que estiveram envolvidos em um conflito fronteiriço desde 1828.

Os dois países buscam a integração regional, especialmente dos países da América do Sul, no âmbito da União de Nações Sul-Americanas, e da América Latina e Caribe, no âmbito da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Além de Unasul e Celac, ambos também fazem parte, junto com Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, criada em 13 de julho de 1978, com o objetivo de impulsionar, por meio da cooperação sul-sul, o desenvolvimento sustentável da região, salvaguardando a soberania dos Estados membros sobre seus territórios amazônicos. Em 2004, o Equador tornou-se um Estado associado ao Mercosul.

História[editar | editar código-fonte]

Crise diplomática de 2008[editar | editar código-fonte]

Uma crise diplomática entre Brasília e Quito teve início em outubro de 2008, quando o presidente equatoriano, Rafael Correa, sem prévio aviso expulsou a construtora brasileira Odebrecht (atual OEC) do país.[2] A empresa construiu, com recursos do BNDES, a hidrelétrica de San Francisco. A obra custou quase R$ 500 milhões e fornece, atualmente, 12% da energia de todo o Equador.

A hidrelétrica foi inaugurada em novembro de 2007, mas apenas sete meses depois teve que interromper suas operações, pois foram detectados erros estruturais em sua construção. Desde então, o governo equatoriano advertiu a empresa de que a construção teria apresentado falhas estruturais e que a interrupção do fornecimento de energia havia provocado diversos danos à população.

Diante dos problemas, Rafael Correa apresentou um ultimato à Odebrecht para reparar os danos na usina.[3] Além disso, exigiu que a empresa pagasse uma indenização pelos danos e prejuízos provocados pelo desabastecimento de energia.[4] Por sua vez, a empresa se recusou a pagar qualquer indenização ao governo equatoriano. Assim, as disputas se acirraram e desembocaram na expulsão da Odebrecht do Equador.[5]

Após a expulsão da empresa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com o cancelamento de uma visita ao país, que seria liderada pelo ministro dos transportes, Alfredo Nascimento. Imediatamente, o Equador lamentou a reação do governo brasileiro.[6]

Impeachment de Dilma Rousseff[editar | editar código-fonte]

Em 31 de agosto de 2016, após a confirmação do Impeachment de Dilma Rousseff pelo Senado do Brasil, o presidente equatoriano Rafael Correa afirmou em sua conta na rede social Twitter que iria retirar o embaixador do país no Brasil, devido ao ato que classificou de "uma apologia ao abuso e à traição".[7]

Doações[editar | editar código-fonte]

A Lei federal do Brasil nº 12.442, de 11 de julho de 2011 autorizou a doação de uma aeronave C-115 Buffalo do acervo da Força Aérea Brasileira à Força Terrestre Equatoriana.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

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