Puck

 Nota: Para outros significados, veja Puck (desambiguação).
Puck
Satélite Urano XV
Características orbitais[1]
Semieixo maior 86 004,444 ± 0,064 km
Excentricidade 0,00012 ± 0,000061
Período orbital 0,76183287 ± 1,4×10-8 d
(18,284 h)
Inclinação 0,31921 ± 0,021 °
Características físicas
Diâmetro equatorial 162 ± 4[2] km
Área da superfície 82 400 km²
Volume 2 225 000 km³
Massa 2,9 × 1018 kg
Densidade média 1,3 g/cm³
Gravidade equatorial 0,0029 g
Período de rotação 18 h 17 m 2 s
(rotação síncrona)[2]
Velocidade de escape 0,069 km/s
Albedo 0,11 ± 0,015 (geométrico)
0,035 ± 0,006 (bond)[3]
Temperatura 64 K
Magnitude aparente 20,5[4]

Puck é um satélite natural interno de Urano. Foi descoberto em dezembro de 1985 pela sonda Voyager 2.[5] O nome Puck vem da mitologia céltica e do folclore inglês. A órbita de Puck está localizada entre os anéis de Urano e a primeira grande lua do planeta, Miranda. Puck tem uma forma aproximadamente esférica e um diâmetro de cerca de 162 quilômetros.[2] Sua superfície escura é cheia de crateras, e apresenta sinais espectrais de gelo de água.[6]

Descoberta e nomeação[editar | editar código-fonte]

Puck foi descoberto a partir de imagens tiradas pela sonda Voyager 2 em 30 de dezembro de 1985. Recebeu a designação provisória S/1985 U 1.[7]

Mais tarde a lua foi nomeada a partir do personagem Puck da peça de William Shakespeare Sonho de uma Noite de Verão. Puck também é designado como Urano XV.[8]

Características físicas[editar | editar código-fonte]

Crateras nomeadas em Puck

Puck é a maior lua interna de Urano, com uma órbita dentro da órbita de Miranda. Tem um tamanho intermediário entre Pórcia (a segunda maior lua interna) e Miranda (a menor lua entre as cinco principais). A órbita de Puck está localizada entre os anéis de Urano e Miranda. Pouco se sabe sobre Puck além da sua órbita,[1] raio de cerca de 81 km,[2] e albedo geométrico na luz visível de aproximadamente 0,11.[3]

Entre os satélites descobertos pela de equipe de imagens da Voyager 2, somente Puck foi descoberto cedo o suficiente para que a sonda pudesse ser programada para fotografá-lo com mais detalhes.[5] Imagens mostram que Puck pode ter a forma de um esferoide prolato, com o diâmetro polar maior que o equatorial (relação entre eixos é de 0,97 ± 0,04).[2] Sua superfície possui muitas crateras e é cinza em cor.[2][4] Há três crateras nomeadas na superfície de Puck, a maior tendo cerca de 45 km de diâmetro.[5] Observações com o Telescópio Espacial Hubble e outros grandes telescópios terrestres detectaram absorção de gelo de água no espectro de Puck.[3][6]

Nada se sabe sobre a estrutura interna de Puck. A lua provavelmente é feita de uma mistura de gelo de água e materiais escuros parecidos aos achados nos anéis.[6] Esse material escuro provavelmente é feito de rochas ou compostos orgânicos processados por radiação. A falta de crateras com raios brilhantes implica que Puck não é diferenciado, o que significa que o gelo e a rocha não se separaram formando um núcleo e um manto.[5]

Crateras nomeadas[9]
Cratera Origem do nome
Bogle folclore escocês
Butz folclore alemão
Lob folclore inglês

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Jacobson, R.A. (1998). «The Orbits of the Inner Uranian Satellites From Hubble Space Telescope and Voyager 2 Observations». The Astronomical Journal. 115: 1195–1199. Bibcode:1998AJ....115.1195J. doi:10.1086/300263 
  2. a b c d e f Karkoschka, Erich (2001). «Voyager's Eleventh Discovery of a Satellite of Uranus and Photometry and the First Size Measurements of Nine Satellites». Icarus. 151: 69–77. Bibcode:2001Icar..151...69K. doi:10.1006/icar.2001.6597 
  3. a b c Karkoschka, Erich (2001). «Comprehensive Photometry of the Rings and 16 Satellites of Uranus with the Hubble Space Telescope». Icarus. 151: 51–68. Bibcode:2001Icar..151...51K. doi:10.1006/icar.2001.6596 
  4. a b Thomas, P.; Veverka, J.; Johnson, T.V.; et al. (1987). «Voyager observations of 1985U1». Icarus. 72: 79–83. Bibcode:1987Icar...72...79T. doi:10.1016/0019-1035(87)90121-7 
  5. a b c d Smith, B.A.; Soderblom, L.A.; Beebe, A. et al. (1986). «Voyager 2 in the Uranian System: Imaging Science Results». Science. 233 (4759): 97–102. Bibcode:1986Sci...233...43S. PMID 17812889. doi:10.1126/science.233.4759.43 
  6. a b c Dumas, Christophe; Smith, Bradford A.; and Terrile, Richard J. (2003). «Hubble Space Telescope NICMOS Multiband Photometry of Proteus and Puck». The Astronomical Journal. 126: 1080–1085. Bibcode:2003AJ....126.1080D. doi:10.1086/375909 
  7. Smith, B.; Hansen, C. (16 de janeiro de 1986). «IAU Circular No. 4159». União Astronômica Internacional. Consultado em 27 de maio de 2018 
  8. «Planet and Satellite Names and Discoverers». Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology. 21 de julho de 2006. Consultado em 6 de agosto de 2006 
  9. «Puck Nomenclature Table Of Contents». Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology. Consultado em 27 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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