Polícia da Cidade de Buenos Aires

Polícia da Cidade de Buenos Aires (Argentina)
Polícia da Cidade de Buenos Aires
Estrutura operacional
Página oficial
www.policiadelaciudad.gob.ar

A Polícia da Cidade de Buenos Aires (Em espanhol: Policia de la Ciudad de Buenos Aires) é a força policial, sob a autoridade da Cidade Autônoma de Buenos Aires. A força começou a operar em 2017, pela fusão da Polícia Metropolitana de Buenos Aires com a Divisão de Segurança Metropolitana da Polícia Federal Argentina. Ela é composta de mais de 25.000 funcionários.

Estrutura e Organização[editar | editar código-fonte]

A polícia é liderada pelo Chefe de Polícia, que é nomeado pelo chefe do poder executivo da Cidade. O Chefe de Polícia tem de ser um civil.

Há quatro áreas principais de atuação:[1]

  • Segurança Pública
  • Investigações e Pesquisas
  • Científica e Técnica
  • Administração

Ela é composta de onze superintendências e sete departamentos autônomos.[2]

Oficial junto a uma viatura.
Viatura no bairro Recoleta.


A força tem em 43 bases conhecidas como comissões (em um sistema herdado da PFA). O limite geográfico é baseado em mapeamentos de áreas de conflito.O grande objetivo dessa divisão é que a PCABA seja uma polícia de proximidade e de vizinhança. Assim, seus agentes serão policiais comunitários e membros das comunidades portenhas.

Ato de transferência da Superintendência de Segurança Metropolitana da Polícia Federal Argentina para a Cidade Autônoma de Buenos Aires, unificada com a Polícia Metropolitana.
Patrulha de motocicleta.


As bases tem 4.000 agentes administrativos, que tem a função de fazer o serviço burocrático e liberar os policiais para sua atividade fim e evitar o desvio de função.

Postos[editar | editar código-fonte]

A PCBA tem 11 postos hierárquicos, sendo o mais elevado o posto de Superintendente Chefe de Polícia. O sistema de postos foi herdado da PMBA e o posto de Superintendente Chefe de Polícia é uma adição recente e só pode ser usado pelo chefe da PCABA.

  1. Oficial 
  2. Oficial 1ª Classe
  3. Oficial Sênior
  4. Inspetor 
  5. Inspetor Chefe
  6. Comissário-Assistente
  7. Comissário
  8. Comissário Sênior
  9. Comissário Geral
  10. Superintendente
  11. Superintendente Chefe de Polícia

História[editar | editar código-fonte]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Houve várias ocasiões desde que a cidade de Buenos Aires se tornou autônoma. O chefe de governo Enrique Olivera tentou fazer com que o governo federal lhe desse autonomia em questões de segurança.

O chefe de governo Mauricio Macri decidiu que era pertinente criar uma nova polícia, uma vez que as autoridades nacionais se opunham a transferir o controle da Superintendência Metropolitana para o governo da cidade. Em 2008, a criação da Polícia Metropolitana foi aprovada pelo legislativo.

Criação[editar | editar código-fonte]

A força foi criada por iniciativa do Chefe de Governo Horacio Rodríguez Larreta como a única força de segurança policial na cidade de Buenos Aires resultante da união da Polícia Metropolitana com a Superintendência de Segurança Metropolitana da Polícia Federal , anteriormente transferida para a órbita da governo da cidade por iniciativa do presidente Mauricio Macri.

Essa transferência de pessoal e próprios anteriormente pertencentes à Polícia Federal para a nova Polícia da Cidade trouxe fortes controvérsias e sua legitimidade é questionada por vários motivos. Problemas ocorreram durante a alocação de hierarquias e, em alguns casos, os anos anteriores à nova força de segurança não foram reconhecidos.

O primeiro chefe da polícia da cidade, José Potocar, foi julgado e detido pelos crimes de associação criminosa e suborno. Enquanto estava sob custódia, em 12 de maio de 2017, ele renunciou ao comando da PCBA. Quase três meses depois, ele foi libertado sob fiança e permanece sob investigação.  Em dezembro de 2017, após vários meses de vaga, Carlos Kevorkian foi apontado como o novo chefe de polícia.

A nomeação de Kevorkian foi posterior às ações da força nos eventos de 18 de dezembro, antes dos protestos na área do Congresso Nacional e arredores devido à reforma da previdência, que resultou em vários feridos, incluindo três manifestantes que perderam o olho.  Kevorkian permaneceu à frente da força portenha até 17 de agosto de 2018, data em que renunciaria citando "razões pessoais". No entanto, existem setores que atribuem sua renúncia a uma demanda legitima dos legisladores Patricio Del Corro e Myriam Bregman para acessar relatórios sobre a atuação de Kervokian durante os "anos de chumbo" da ditadura argentina e seu papel no grupo Triple A.

Acontece que ele estava no cargo na Polícia Federal Argentina durante a ditadura de Lanusse e o golpe de 76. Os laços desta força com o Triple A (Aliança Anticomunista Argentina) são publicamente conhecidos e amplamente demonstrados. No entanto, em sua apresentação no site oficial da Polícia da Cidade, foi omitido declarar quais atividades foram realizadas naquele período, o que motivou as queixas de organizações de direitos humanos e partidos de esquerda.

Kevorkian seria substituído por quem era então o vice-chefe da polícia de Buenos Aires: o comissário geral Gabriel Oscar Berard. Essa designação foi oficializada no diário oficial em 27 de maio de 2019 pelo decreto 180/19, ou seja, quase um ano após a renúncia de seu antecessor.

Equipamento[editar | editar código-fonte]

Armas[editar | editar código-fonte]

Veículos[editar | editar código-fonte]

Educação e formação[editar | editar código-fonte]

O pessoal da Polícia da Cidade é formado e treinado no Instituto Superior de Segurança Pública (ISSP). Este Instituto é uma entidade autárquica que depende organicamente e funcionalmente do Ministério da Justiça e Segurança da Cidade Autônoma de Buenos Aires, encarregado de Diego Santilli.

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]