Ostra-gigante

Ostra-gigante
CITES Appendix II (CITES)[2]
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Ordem: Cardiida
Família: Cardiidae
Gênero: Tridacna
Espécies:
T. gigas
Nome binomial
Tridacna gigas
(Linnaeus, 1758)
Sinónimos[3]
  • Chama gigantea Perry, 1811

As ostras-gigantes (nome científico: Tridacna gigas) são os maiores moluscos bivalves existentes do mundo, podendo chegar a ter 1,2 metro de comprimento e pesar mais de 200 quilogramas. São encontradas nas águas quentes dos Oceanos Índico e Pacífico (zona sul), como por exemplo no Grande Barreira de Corais na Austrália. Conseguem viver mais de 100 anos, e todas as ostras possuem colorações únicas sendo possível distinguir cada indivíduo.

Esta espécie tinha em tempos uma reputação de conseguir alimentar-se de pessoas, sendo um terrível predador. Hoje em dia sabe-se que a espécie não é perigosa, nem agressiva; e que apenas fecha a sua concha numa ação defensiva, se bem que é capaz de se agarrar e prender alguma coisa. Aliás, as ostras-gigantes, as de maiores dimensões, nunca conseguem fechar a sua concha totalmente. Os músculos responsáveis pelo fecho da concha movem-se também demasiado devagar para apanhar um nadador de surpresa.

Estes músculos são considerados uma iguaria no mundo da culinária. Mas a captura excessiva desta espécie em ordem de obter alimento, conchas e exemplares para aquários tornou-a “vulnerável” à extinção.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Dieta[editar | editar código-fonte]

As ostras-gigantes alimentam-se dos açúcares e proteínas produzidas pelos biliões de algas celulares que habitam os seus tecidos. Esta simbiose é benéfica para estas algas, pois encontram-se protegidas e com acesso a luz solar, durante o dia, quando as ostras abrem as suas conchas para as algas conseguirem realizar a sua fotossíntese.

Também costuma filtrar água e alimentar-se do plâncton que passa, sendo considerada então uma espécie carnívora.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

São hermafroditas e reproduzem-se sexuadamente (produzem tanto esperma como oócitos, mas não realizam auto-fertilização). Desta forma conseguem-se reproduzir com qualquer membro da sua espécie. Elas libertam o esperma e oócitos para o mar, para serem capturados por outras ostras e ocorrer então a fertilização. Depois as ostras libertam os seus óvulos na água, que irão chocar e originar larvas. Colocam mais de 500 milhões de ovos por desova, sendo que ocorrem três destas por ano, o que equivaleria a uma ninhada de quatro milhões de ovos por dia.[4]

Estas larvas passam o período inicial das suas vidas a formar a sua concha e à procura de um locar onde se possa agarrar e ficar lá para o resto da sua vida (assim a ostra-gigante é apenas móvel na sua fase larvar e quando forma uma concha completa e torna-se juvenil, com cerca de 20 cm de diâmetro, acaba por tornar-se imóvel, ficando no habitat onde decidiu instalar-se).

Referências

  1. Wells, S. (1996). Tridacna gigas. The IUCN Red List of Threatened Species doi:10.2305/IUCN.UK.1996.RLTS.T22137A9362283.en
  2. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  3. Bouchet, P. (2013). «Tridacna gigas (Linnaeus, 1758)». World Register of Marine Species 
  4. Victor Bianchin (4 de julho de 2018). «Qual é o animal que mais bota ovos?». Super Interessante. Consultado em 6 de setembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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