Miss Universo 2007

Miss Universo 2007
Miss Universo 2007
Data 28 de Maio de 2007
Apresentadores Vanessa Minnillo e Mario Lopez (transmissão oficial); Renata Fan, apresentação; Evandro Hazzy e Adalgisa Colombo, comentários (para o Brasil)
Entretenimento RBD
Local Auditório Nacional, Cidade do México
Candidatas 77
Semifinalistas 15
Vencedora Riyo Mori

Miss Universo 2007 foi a 56ª edição do concurso Miss Universo, realizada em 28 de maio de 2007 no Auditório Nacional na Cidade do México, México. Riyo Mori, Miss Japão, foi a primeira japonesa a conquistar a coroa desde Akiko Kojima em 1959. Esta também foi a primeira vez que o Brasil ficou com a segunda colocação – com Natália Guimarães – desde Rejane Goulart em 1972, trinta e cinco anos antes.

Evento[editar | editar código-fonte]

Desde a chegada das candidatas à Cidade do México, os analistas esperavam que a coroa fosse de uma candidata asiática: a sul-coreana Honey Lee, favorita destacada da imprensa e do público pela beleza, especialmente facial, desde o início da competição. Sua maior adversária deveria ser a Miss Grécia, Doukissa Nomikou, que eventualmente causou grande surpresa por não ser classificada nem ao Top 15. A Ásia finalmente voltaria a ganhar o concurso, mas não com a Coreia do Sul e sim com a candidata do outro lado do Estreito da Coreia,a do Japão.[1]

Este ano é marcado pelo recorde de desistências (15 das 90 franquias nacionais existentes à época não enviaram candidatas por diversos motivos,diminuído o numero de participantes do ano anterior 86 para 77), gratas surpresas e zebras históricas. Se pré favoritas como Espanha, República Dominicana e Rússia também não entraram entre as semifinalistas.A primeira grande surpresa da noite foram os anúncios de que a Tanzânia, que estava participando pela primeira vez do evento com Flaviana Matata,a primeira candidata careca na história do concurso, entrou nas semifinais e a Eslovênia haviam avançado as semifinais – juntamente com a Nicarágua. Outras pré favoritas como a Coreia do Sul, Brasil e Venezuela conseguiram avançar juntamente de Japão, EUA, Angola, Índia, República Tcheca, Dinamarca, Tailândia e Ucrânia, além da dona da casa, Rosa Maria Ojeda, a Miss México.

Somadas as condições de zebras,tanto Tanzânia quanto Nicarágua,foram ainda mais longe,avançando para o Top 10,sendo que Japão, Brasil, Coreia do Sul, EUA, Venezuela, Angola, Índia e México, com as quatro europeias e a Tailândia sendo eliminadas. O Top 5 foi formado por Brasil, Japão, Coreia do Sul, Venezuela e EUA. A norte-americana Rachel Smith, hostilizada por toda a competição pelo público mexicano devido a problemas políticos entre os dois países e com mais intensidade depois da eliminação da Miss México, levou um tombo durante o desfile de traje de noite que acabou com suas chances. Ficou com o quinto lugar, e o público viu, para sua surpresa pois era considerada a mais bonita das asiáticas e tinha feito uma apresentação perfeita, a coreana Lee ficar em quarto, Venezuela em terceiro e Brasil e Japão sozinhas no palco de mãos dadas esperando o veredicto final. Para indignação de muitos tanto no Auditório Nacional e dos que assistiam pela televisão no mundo inteiro, que consideravam Natália Guimarães "a óbvia vencedora" depois da saída de Honey Lee,em choque Riyo Mori foi anunciada como a nova Miss Universo e coroada de maneira seca e desinteressada pela porto-riquenha Zuleyka Rivera, a Miss Universo 2006.[1]

A eleição de Mori coroou um grande trabalho feito através dos anos pela organização do Miss Japão. Um país que até os anos 70 era uma das potências do Miss Universo e já tinha feito uma vencedora, a partir dali desapareceu das primeiras posições, se limitando a um papel secundário por décadas e chegando a não participar por três anos seguidos entre 1995 e 1998.No final dos anos 90, a francesa Inès Ligron, de grande reputação no mundo da beleza e da moda francesa e internacional, assumiu a direção do concurso nacional japonês e o transformou completamente. A partir de 1998, com uma organização mais competente e a escolha de candidatas mais interessantes e orientadas por um trabalho na linha da moda, as japonesas começaram a chamar a atenção e em 2003 Miyako Miyazaki ficaria em quinto lugar na Cidade do Panamá. No ano anterior, Kurara Chibana, a favorita da multidão presente à final do concurso em Los Angeles, ficou em segundo lugar, perdendo apenas para Zuleyka Rivera de Porto Rico, até que a vitória japonesa no Miss Universo voltou nesta edição com Riyo Mori, fazendo valer o trabalho de uma década de Ligron.[1]

Resultados[editar | editar código-fonte]

Riyo Mori, Miss Universo 2007
Colocação Candidata País
Miss Universo 2007 Riyo Mori  Japão
2º lugar Natália Guimarães  Brasil
3º lugar Ly Jonaitis  Venezuela
4º lugar Honey Lee Coreia do Sul Coreia do Sul
5º lugar Rachel Smith  Estados Unidos
Semifinalistas (Top 10): Micaela Reis
Puja Gupta
Rosa Maria Ojeda
Xiomara Blandino
Flaviana Matata
 Angola
 Índia
 México
Nicarágua
Tanzânia
Semifinalistas (Top 15): Tjasa Kokalj
Lucie Hadasová
Zaklina Sojic
Farung Yuthithum
Lyudmila Bikmullina
 Eslovênia
República Checa República Tcheca
 Dinamarca
 Tailândia
 Ucrânia
Premiações especiais
Melhor Traje Típico Agni Pratistha[2] Indonésia
Miss Fotogenia Anna Theresa Licaros Filipinas
Miss Simpatia Ningning Zhang  China

Candidatas[editar | editar código-fonte]

Em negrito, a candidata eleita Miss Universo 2006. Em itálico, as semifinalistas.[3]

Jurados[4][editar | editar código-fonte]

Países e territórios que enviaram candidatas e seus resultados.

Fatos[editar | editar código-fonte]

  • Este foi o ano em que mais franquias decidiram não enviar candidatas,dos 90 franqueados na época,15 decidiram não enviar candidatas.
  • Em abril de 2007 uma grande polêmica irrompeu no México sobre o traje típico proposto para uso da candidata mexicana, Rosa María Ojeda. A saia do conjunto trazia estampada uma descrição da Guerra Cristera, uma rebelião católica ocorrida no país nos anos 1920,aonde milhares de pessoas foram mortas, incluindo casos de enforcamentos. O caso foi chamado de "A Guerra do Traje Típico" e o traje incluía um crucifixo e um cinto cravejado de balas. O desenho do modelo havia sido escolhido entre trinta outros concorrentes e pretendia descrever a história e a cultura do México, mas acabou provocando uma grande controvérsia em meio a alegações de mau gosto e de ser inapropriado. Preocupados, os estilistas responsáveis pelo traje da Miss México decidiram retirar as peças que pudessem causar algum constrangimento e ele teve partes redesenhadas para incluir a Virgem de Guadalupe.[5][6]
  • Pela primeira vez em 16 anos Trinidad e Tobago não participou do Miss Universo por falta de patrocínio para sua candidata.[7]
  • Miss Sri Lanka Aruni Rajapaksha foi listada como participante no site oficial do concurso,[8] mas acabou não competindo por razões desconhecidas; veio a participar apenas na edição seguinte, realizada no Vietnã.

Transmissão e audiência[editar | editar código-fonte]

O concurso teve a transmissão internacional da NBC e da Telemundo para o mundo latino-hispânico. No Brasil foi retransmitido pela Rede Bandeirantes e pela TNT; ele deixou a Band em segundo lugar na audiência por apenas dez minutos da transmissão, caindo em seguida, com media de 6,5 pontos e pico de 10,5, números medidos pelo Ibope em São Paulo.[9]

Nos Estados Unidos ela registrou a pior audiência desde 1974 (quando seus direitos de transmissão ainda pertenciam à CBS), de acordo com os registros da Nielsen Ratings: 7,23 milhões de telespectadores, uma média de 4,23 pontos, e um share entre 8 a 5,01 milhões de pessoas.[10] Em 1974, o concurso foi assistido por 35,58 milhões de telespectadores.

Referências

  1. a b c «Riyo Mori (Japan)». PageantMania. Consultado em 7 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2015 
  2. «3. Agni Pratistha, national costume bertema "Dayak"». Times of Indonesia. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  3. «2007». pageantopolis. Consultado em 1 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 17 de outubro de 2013 
  4. «Vanessa Minnillo and Mario Lopez to Host Miss Universe(R) 2007, Live From the National Auditorium in Mexico City on NBC, Monday, May 28, 9-11 PM ET». PRNewswire. Consultado em 7 de fevereiro de 2015 
  5. «Protestos forçam mudanças no traje típico da Miss México». O Globo Online. 19 de abril de 2007. Consultado em 9 de maio de 2007 
  6. «Miss Mexico 'war gown' toned down». BBC News. Consultado em 7 de fevereiro de 2015 
  7. «No TT beauty for Miss Universe». Trinidad & Tobago's News Day. 4 de maio de 2007. Consultado em 5 de maio de 2007 
  8. «Aruni, Lanka's new queen». The Sunday Times Online. 15 de abril de 2007. Consultado em 15 de abril de 2007 
  9. «Miss Universo 2007 deixa a Band em 2º lugar na audiência por dez minutos». Folha Online. 29 de maio de 2007 
  10. Gorman, Bill (13 de julho de 2008). «Miss Universe Pageant viewrship 1974-2007». TVbythenumbers 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]