Maomé ibne Ixaque ibne Gania

Maomé ibne Ixaque ibne Gania (Muhammad ibn Ixak ibn Gania; m. 1185) foi membro dos Banu Gania do século XII.

Vida[editar | editar código-fonte]

Maomé era filho de Ixaque ibne Maomé e irmão de Abedalá, Ali e Iáia. Maomé sucedeu ao pai após sua morte em 1183, mas logo aceitou a suserania do califa Abu Iacube Iúçufe I (r. 1163–1184) (r. 1163–1184) devido a forte ameaça do Califado Almóada. Maiorca recebeu um representante da autoridade almóada, porém logo os maiorquinos se rebelaram e entregaram o poder para seu irmão Ali.[1] Após um golpe pró-almóada nas Baleares em 1185, no qual o comandante Ali ibne Reverter reinstalou Maomé como emir, Abedalá foi enviado por seu irmão Ali do Magrebe, onde estava em campanha contra o Califado Almóada, para retomar as ilhas e partiu com uma frota de Trípoli. Após parar na Sicília, onde recebeu reforços do rei Guilherme II (r. 1166–1189), fez seu caminho para Maiorca e se reuniu com as tropas lealistas chefiadas por Naja, que havia resistido contra Reverter e Maomé. No ínterim, contudo, Maomé foi derrubado por outro de seus irmãos, Taxufine.[2][3][4]

Referências

  1. Marçais 1991, p. 1007.
  2. Baadj 2015, p. 83–85.
  3. Bel 1903, p. 68–72.
  4. Kennedy 2014, p. 239.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Baadj, Amar S. (2015). Saladin, the Almohads and the Banu Ghaniya. Leida: Brill. ISBN 978-90-04-29620-6 
  • Bel, Alfred (1903). Les Benou Ghanya: Derniers Représentants de l'Empire Almoravide et Leur Lutte Contre l'Empire Almohade. Paris: Ernest Leroux 
  • Kennedy, Hugh (2014). Muslim Spain and Portugal: A Political History of al-Andalus. Londres e Nova Iorque: Routledge 
  • Marçais, G. (1991). «Banu Ghaniya». The Encyclopedia of Islam, New Edition, Volume II: C–G. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-07026-5