Manuel Roque Martins
Manuel Roque Martins | |
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Dados pessoais | |
Nascimento | 21 de Junho de 1946 Monchique, Algarve |
Morte | 12 de Dezembro de 2002 Lisboa |
Nacionalidade | Portugal |
Alma mater | Universidade de Lisboa |
Ocupação | Advogado e político |
Manuel Roque da Torre Martins (Monchique, Algarve, 21 de Junho de 1946 - Lisboa, 12 de Dezembro de 2002) foi um advogado e político português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]
Manuel Roque da Torre Martins nasceu em Monchique, no Algarve, em 21 de Junho de 1946, numa família abastada.[1] Fez os estudos secundários em Portimão e Faro, e licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa na Década de 1960.[1] Enquanto esteve na universidade, destacou-se pelo seu apoio aos ideias progressistas, tendo sido eleito como presidente da Associação dos Estudantes da Faculdade de Direito, durante um período de agitação académica, contra a ditadura e a Guerra Colonial.[1]
Carreira profissional e política[editar | editar código-fonte]
Manuel Roque Martins iniciou a sua carreira como advogado, profissão que exerceu durante algum tempo, embora tenha-se demarcado mais pelas suas actividades políticas e comerciais.[1] Foi chefe de gabinete do primeiro-ministro Vasco Gonçalves, fez parte do Conselho Superior de Magistratura, e ocupou a posição de secretário-geral no Instituto de Participação do Estado.[1]
Foi nomeado como vice-presidente da Rádio Televisão Portuguesa, onde foi responsável pela negociação, com o estado, da revisão do contrato de concessão de serviço público.[1] Também estava à frente dos serviços jurídicos daquela empresa, que englobavam os contratos para a produção exterior, os recursos humanos, a formação e os serviços gerais.[1] Em 28 de Março de 1996, foi promovido a presidente do conselho de administração,[2] Segundo o Secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho, esta escolha foi feita como forma de resolver os conflitos internos dentro da administração.[3] Em Setembro de 1998 enviou uma carta ao primeiro-ministro, onde informou que queria abandonar a posição de presidente.[2]
Em 1998, a empresa BDO Binder fez uma auditoria à Rádio Televisão Portuguesa, onde constatou a falta de diversos equipamentos, no valor aproximado de 53,8 milhões de euros, tendo a Alta Autoridade para a Comunicação Social responsabilizado a administração de Manuel Roque Martins pela perda.[4] Este defendeu-se, alegando que tinha pedido auditorias durante o seu período de gestão, durante o qual todas as aquisições tinham sido correctamente inventariadas.[4]
Conservou uma forte ligação à região do Algarve, tendo estudado a história de Monchique, e sido membro dos corpos sociais da Casa do Algarve, em Lisboa.[1]
Falecimento[editar | editar código-fonte]
Faleceu em 12 de Dezembro de 2002, na cidade de Lisboa.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i MARREIROS, 2015:304-305
- ↑ a b «Cronologia 1995-1999» (PDF). Universidade do Minho. p. 72. 115 páginas. Consultado em 5 de Janeiro de 2018
- ↑ «RTP 50 Anos». Museu Virtual da Rádio Televisão Portuguesa. Consultado em 5 de Janeiro de 2018
- ↑ a b LOPES, Maria (17 de Janeiro de 2002). «RTP "perdeu" 10,8 milhões de contos em equipamento». Público. Consultado em 5 de Janeiro de 2018
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8