Mafalda Veiga

Mafalda Veiga
Informação geral
Nome completo Ana Mafalda da Veiga Marques dos Santos
Nascimento 24 de dezembro de 1965 (58 anos)[1][2]
Origem Lisboa
País Portugal Portugal
Gênero(s) Pop, folk, world music
Instrumento(s) Voz, guitarra
Período em atividade 1987–presente
Gravadora(s) Popular (Valentim de Carvalho)
Página oficial [http://www.mafaldaveiga.com

http://www.mafaldaveiga.com/]

Ana Mafalda da Veiga Marques dos Santos, mais conhecida como Mafalda Veiga[3] (Lisboa, 24 de Dezembro de 1965),[1][2] é uma cantora e compositora portuguesa. Lançou até ao momento dez álbuns, sete dos quais álbuns de estúdio. Praia é o seu último álbum. À parte da sua carreira como cantora e compositora, a artista publicou em 2005 um livro infantil, O Carocho Pirilampo Que Tinha Medo de Voar.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Início de vida e introdução à música[editar | editar código-fonte]

Mafalda Veiga nasceu no seio duma família numerosa, de cinco filhos e filhas, de origem alentejana, filha de Manuel Bruto da Costa Marques dos Santos (Cascais, São Domingos de Rana, 2 de Julho de 1942 - Lisboa, Benfica, Hospital da Luz, 27 de Setembro de 2011), lavrador e proprietário, engenheiro técnico agrário, procurador eleito à Assembleia Geral e director do extinto Grémio da Lavoura, presidente da Direcção da Coprapec, presidente da Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Novo, presidente da Associação de Defesa Sanitária de Montemor-o-Novo (ADS) e presidente da Direcção e depois da Assembleia-Geral da União de Defesa Sanitária do Alentejo, fidalgo de Cota de Armas esquarteladas, o 1.º Cid de Bivar, o 2.º Álvares de Margão, o 3.º Ribeiro e o 4.º Correia; diferença: meia brica de prata carregada de um elo de corrente de verde; timbre: Cid de Bivar (Alvará do Conselho de Nobreza de 25 de Janeiro de 1990), etc, de ascendência alentejana pelo lado paterno e goesa e francesa pelo lado materno, e de sua mulher (Montemor-o-Novo, Nossa Senhora da Vila, São Mateus, Capela da Quinta de Sancha Cabeça, 13 de Março de 1965) Maria da Conceição Pimenta de Aguiar da Veiga (Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 11 de Julho de 1946), Fidalga de Cota de Armas de de Meneses, Pimenta e Barreto (Alvará do Conselho de Nobreza de 24 de Junho de 1985), prima sobrinha paterna de Luís Miguel da Veiga, sobrinha paterna de Simão da Veiga e neta paterna de Simão Luís da Veiga; igualmente bisneta pelo lado paterno de Cipriano Justino da Costa Palhinha, 1.º Visconde de Amoreira da Torre.[4][5]

Aos oito anos, na sequência do 25 de abril de 1974, Mafalda Veiga muda-se para Espanha, acompanhando os pais. Permaneceu no país vizinho até ao ano de 1980. Após essa estadia de sete anos em terras espanholas o seu pai oferece-lhe uma guitarra. Foi um tio, Pedro da Veiga, guitarrista de fado, quem a iniciaria na composição. Mais tarde, a cantautora afirmaria ter encontrado «solo fértil para as suas palavras» no instrumento, uma forma de canalizar a energia criativa da sua adolescência.

Mafalda Veiga estreia-se como autora em 1983, precisamente com o tema Velho, com o qual em 1984 ganharia o Festival da Canção de Silves. No mesmo ano, Mafalda ingressa no curso de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde veio a fazer a sua licenciatura.[6] Começa a gravar as suas primeiras maquetas, mas o curso universitário toma precedência sobre a carreira musical que ficaria adiada alguns anos.

Pássaros do Sul e Cantar[editar | editar código-fonte]

Em 1987 dá início a sua carreira discográfica com o álbum "Pássaros do Sul", produzido por Manuel Faria (membro do grupo Trovante). O álbum ofereceu-lhe imediato reconhecimento nacional; o sucesso foi tanto que o disco chegou rapidamente às 10 mil cópias vendidas. Com o sucesso, recebeu prémios como o Troféu Nova Gente para Melhor Cantor e a oportunidade de representar Portugal no Festival Internacional da RTP na Jugoslávia[carece de fontes?]. Este sucesso deveu-se quase exclusivamente à faixa "Planície", levando inclusive a que outras canções como "Restolho", "Sol de Março", (a já referida) "Velho", ou "Nós", que já mostravam o perfil da artista, não fossem valorizadas.

O êxito deste registo levou à rápida gravação do segundo álbum de estúdio da cantora: "Cantar", em 1988 e de novo com a produção de Manuel Faria. O disco recebe o Prémio Antena 1 para Melhor Disco, mas não atinge, contudo, as expectativas em termos comerciais. Apesar de canções como "Por Outras Palavras", "Nazaré", "Por Te Rever" ou "O Nome do Sal", falta-lhe um catalisador como a "Planície" do registo anterior.

Mafalda Veiga decide, então fazer uma pausa na carreira discográfica. Nos quatro anos seguintes, Mafalda Veiga dedicou-se a levar as canções dos dois discos anteriores aos palcos portugueses. Viajou extensivamente pelo país dando concertos, mas destaca-se principalmente deste período a participação especial naqueles que seriam no derradeiros concertos da banda Trovante, em Sagres e nos Coliseus de Lisboa e do Porto.

Foi feita Fidalga de Cota de Armas esquarteladas, o 1.º Cid de Bivar, o 2.º Álvares de Margão, o 3.º Maciel moderno e o 4.º Pimenta (Alvará do Conselho de Nobreza de 15 de Julho de 1991.[5]

Nada Se Repete[editar | editar código-fonte]

Em 1992 regressou aos estúdios para gravar "Nada se Repete", novamente produzido por Manuel Faria e co-produzido por Amândio Bastos, contando com a participação especial de Luís Represas que, para além da autoria de uma letra, gravou em dueto o tema "Fragilidade". Mafalda Veiga apresentou este disco em dois espectáculos no Teatro São Luiz, em Lisboa.

Em 1993 e 1994, além de realizar concertos por todo o país[carece de fontes?], esteve também por duas vezes em Cabo Verde[carece de fontes?], e em Macau no Teatro D. Pedro V.

Em 1996, surge o álbum "A Cor da Fogueira", com uma nova musicalidade e produção a cargo de José Sarmento, do qual o maior sucesso foi a canção "O Lume".

Em 1999, é editado "Tatuagem", marcando a entrada da cantora no selo Popular, da Valentim de Carvalho. A produção ficou a cargo de Manuel Paulo Felgueiras, membro do grupo Ala dos Namorados. Deste álbum, destacam-se os temas "Tatuagens", em dueto com Jorge Palma, "Cada Lugar Teu", "Um Pouco de Céu", "Uma Noite Para Comemorar" e ainda os temas "No Rasto do Sol" e "Gente Perdida", que viriam alguns anos depois a fazer parte de trilhas sonoras de novelas da Rede Globo.

Mafalda Veiga apresentou "Tatuagem" em três concertos esgotados no grande auditório do CCB e no Rivoli do Porto. Destes concertos resultou o álbum "Mafalda Veiga ao Vivo", disco de platina.

A 10 de Dezembro de 1999 nasce, em Lisboa, na Ajuda, o seu único filho, Tomás da Veiga Marques dos Santos Cordovil, fruto do seu casamento.[6]

O ano de 2000 terminou com a composição de quatro temas originais para a novela "Olhos de Água", transmitida pela TVI.

Na Alma e na Pele[editar | editar código-fonte]

Em 2002, o tema "No Rasto do Sol" é escolhido para integrar a banda sonora de uma novela da Rede Globo, intitulada Sabor da Paixão. Em Janeiro de 2003, Mafalda é convidada a deslocar-se ao Rio de Janeiro para participar em dois episódios da novela, interpretando ao vivo algumas das suas canções.

Em Março de 2003 surge o sétimo disco da carreira de Mafalda Veiga, "Na Alma e Na Pele". Este trabalho conta com a produção do ex-baixista dos Silence 4, Rui Costa. O álbum é constituído por onze canções originais onde se destacam o single de apresentação, "Uma Gota", e o tema "Cúmplices" dedicado ao Clube de Fãs e conta também com uma faixa interactiva. Neste ano foram realizados espectáculos por todo o país[carece de fontes?] que culminaram com dois concertos esgotados no Coliseu dos Recreios em Lisboa.

No âmbito das Festas da Cidade para o Euro 2004, Mafalda teve, finalmente, o prazer e a honra de fazer a primeira parte do concerto de Suzanne Vega - lugar com que sonhara mas que fora ocupado em 1991 pela sublime Pilar Homem de Melo - tendo sido muito calorosamente recebida pelas mais de quinze mil pessoas que assistiram ao seu concerto e cantaram com ela a maior parte das suas canções.

O ano de 2003 termina com a edição do DVD, do segundo concerto realizado no Coliseu dos Recreios de Lisboa, a 5 de Outubro de 2003. Também em Dezembro, a Quasi Edições lança o primeiro Songbook de Mafalda Veiga, reunindo as letras e cifras de 16 canções escolhidas de cada um dos seus discos.

Em Junho de 2004, a TV Globo voltou a integrar uma canção de Mafalda Veiga ("Gente perdida", do disco "Tatuagem") na banda sonora de uma nova novela, Senhora do Destino.

Em 2005, é editado também pela Quasi Edições, o seu primeiro conto infantil "O carocho pirilampo que tinha medo de voar", integrado na colecção "Tempo dos mais novos", feita em parceria com o Jornal de Notícias.

No dia 20 de Outubro de 2005, Mafalda Veiga recebe o Prémio Carreira Prestígio da Rádio Central FM de Leiria.

Em 2006, Mafalda Veiga se afastou um pouco dos palcos, dedicando-se essencialmente à composição e preparação do seu próximo disco de originais.

Em 2008 foi publicado pela editora Valentim de Carvalho o álbum Chão. Com este álbum, Mafalda ganha o Prémio José Afonso em 2009.

Outros empreendimentos[editar | editar código-fonte]

Em 2023, Mafalda Veiga junta-se a Carlos Mendes na apresentação do programa Autores, programa da Sociedade Portuguesa de Autores emitido pela TVI em que semanalmente se conversa com pelo menos um autor registado naquela associação.[7]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio:

Álbuns ao vivo:

Álbuns compilatórios:

Referências

  1. a b Gutierrez, Evan C. All Media Network, ed. «Mafalda Veiga» (em inglês). AllMusic. Consultado em 20 de janeiro de 2015 
  2. a b Media Capital (ed.). «Mafalda Veiga». Portugal: Cotonete. Consultado em 20 de janeiro de 2015 
  3. «Lista de associados da Audiogest» (PDF). Actividades Culturais / Ministério da Cultura. 25 de Julho de 2007. Consultado em 1 de Janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013 
  4. António Luís Cansado de Carvalho de Matos e Silva. Anuário da Nobreza de Portugal. 1.ª Edição, Lisboa, 2006. [S.l.]: Dislivro Histórica. pp. Tomo III. 379 
  5. a b João Baptista de Carvalho Reis Malta, Manuel Bruto da Costa Marques dos Santos e Vítor Manuel Escudero de Campos. A Família Veiga (Frade) de Lavre. Montemor o Novo, Junho de 2004. [S.l.]: ACD Editores. 73 
  6. a b Manuel da Costa Juzarte de Brito. Livro Genealógico das Famílias desta Cidade de Portalegre. 1.ª Edição, Lisboa, 2002. [S.l.]: Nuno Gonçalo Pereira Borrego e Gonçalo Manuel de Mello Gonçalves Guimarães. 461 
  7. «Programa «AUTORES» na TVI». SPA. 7 de agosto de 2023. Consultado em 3 de setembro de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Veiga, Mafalda (dezembro de 2008). O Carocho-pirilampo que tinha medo de voar. [S.l.]: Quasi Edições. 44 páginas. ISBN 9789895521753 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]