Ma Barker

Ma Barker
Nome Kate Barker
Data de nascimento 8 de outubro de 1873
Local de nascimento Ash Grove, Missouri
Data de morte 16 de janeiro de 1935 (61 anos)
Local de morte Ocklawaha, Flórida
Situação Morta pelo FBI

Kate "Ma" Barker (Ash Grove, 8 de outubro de 1873 - Ocklawaha, 16 de janeiro de 1935)[1] foi uma notória criminosa estadunidense que viveu na época da chamada "Era dos Inimigos Públicos", fenômeno da Grande Depressão e que teve lugar na região do Meio-Oeste do país. Com a sua morte sendo bastante explorada pela imprensa sensacionalista, Ma Barker tornou-se "lenda" da crônica policial, se juntando nisso a Bonnie e Clyde e John Dillinger, outros malfeitores conhecidos da época.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Kate Barker nasceu em Ash Grove (Missouri), perto de Springfield e recebeu o nome de Arizona Donnie Clark. Seus pais eram cristãos conservadores que criaram os filhos respeitando os valores tradicionais e o trabalho duro. Em 1892, ela se casou com George Barker, com quem teve quatro filhos: Herman, Lloyd, Arthur e Fred. George Barker abandonou a família, logo após o nascimento do quarto filho. Kate Barker o considerava um "bêbado" que não trabalhava e que a abandonou. Kate teve que educar seus filhos sozinha. Mas, aos poucos, sem a presença paterna, eles se tornaram delinquentes juvenis. Ma Barker frequentemente livrava seus filhos das condenações, intercedendo por eles a policiais e delegados.

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

A casa na Flórida onde "Ma" e seu filho Fred morreram

Os filhos de Kate Barker formaram a quadrilha Barker-Karpis, foram autores de vários roubos, sequestros e outros crimes, cometidos entre 1931 e 1935. Kate Barker ajudou nas atividades do bando, mas sua imagem de líder e estrategista das ações criminosas parecem ser mito. Não existem provas da participação ativa de Kate em nenhum dos crimes da quadrilha. Sua ação consistia em oferecer abrigo aos quadrilheiros e disfarçar-se como uma inocente "mãe" com seus filhos.

Muitos, inclusive o quadrilheiro Alvin Karpis, levantaram a hipótese de que o mito da "mãe criminosa" fora engedrado por J. Edgar Hoover e o FBI, para justificar a morte da anciã. Ma Barker morreu no tiroteio que aconteceu quando o FBI cercou a cabana em que ela e seu filho Fred se escondiam, localizada no Lago Weir, na região de Ocklawaha (Flórida), em 16 de janeiro de 1935. Fred Barker, que também morreu com os disparos, seria verdadeiramente o alvo do FBI.

Cultura popular[editar | editar código-fonte]

  • O mito de Ma Barker inspirou a novela de James Hadley Chase, "No Orchids for Miss Blandish" (1939), que mostra uma mãe com seus filhos mafiosos;
  • A "verdadeira" história de Ma Barker foi contada pelo cinema no filme "Bloody Mama" (1970), dirigida por Roger Corman e com Shelley Winters no papel de Ma e o jovem Robert de Niro como Lloyd Barker;
  • Há o seriado "Dick Tracy Returns" (1938), no qual aparece Pa Stark e seus filhos; e Mama Fratelli, em "The Goonies" (1985);
  • O personagem cômico Ma Dalton da série de Lucky Luke, também foi inspirado na criminosa lendária;
  • Outros personagens inspirados em Ma Barker: Ma Parker, inimiga do Batman na série dos anos 1960; e "Mãe Metralha", dos quadrinhos Disney dos Irmãos Metralha;
  • A canção de 1977 do grupo Boney M, denominada "Ma Baker", faz referência à criminosa.[2]
  • O nome da banda cristã americana de rock "Maylene and the Sons of Disaster" faz referência à lenda de Ma Barker.[3]

Referências

  1. «Ma Barker». stringfixer.com (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2021 
  2. Phil Hardy, The BFI Companion to Crime, University of California Press, 1997, p.42.
  3. https://web.archive.org/web/20170626135303/http://mayleneandthesonsofdisaster.us/

Ligações externas[editar | editar código-fonte]