Leão I da Arménia

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Leão I.
Leão I
Príncipe das Montanhas
(Príncipe arménio da Cilícia)
Leão I da Arménia
Levon I se ajoelha diante de Jesus numa moeda
Reinado 1129 - 14 de Fevereiro de 1140
Consorte Beatriz (de Rethel ou de Melitene)
segunda esposa arménia
Antecessor(a) Constantino II
Sucessor(a) Teodoro II
Morte 14 de fevereiro de 1140
Dinastia Rubênidas
Pai Constantino I da Arménia
Filho(s) com Beatriz
filha casada com Vasil Dgha
Constantino
Estêvão da Arménia
Melias da Arménia
com a segunda esposa
filha casada com João Comneno
Teodoro II da Arménia
Ruben
uma filha, mãe de Fulque de Bullion

Leão I da Arménia(PE) ou Armênia,(PB) Լեիոն Ա em arménio, Levon por transliteração (morto em 14 de Fevereiro de 1140) foi príncipe arménio da Cilícia da dinastia dos rubênidas (descendentes de Ruben I da Arménia). Filho de Constantino I, sucedeu ao seu sobrinho Constantino II, assassinado pouco depois da subida deste ao trono, possivelmente aprisionado e envenenado às ordens de Leão.

Tal como os seus predecessores, Leão continuou a expandir as fronteiras arménias até ao litoral mediterrânico. Conquistou Corícia na década de 1130, e em 1132 tomou Tarso, Adana e Mamistra. Estas conquistas levaram a um conflito com os estados cruzados, particularmente em 1135, quando tomou Saravantikar sob a oposição do Principado de Antioquia. O príncipe Raimundo de Poitiers desejava a posse desta última cidade e em 1136 aprisionou Leão sob a acusação de traição exigindo um resgate pela sua libertação: 60 000 moedas de ouro, a entrega das cidades de Saravantikar, Mamistra e Adana, e a promessa de ajuda contra o imperador bizantino João II Comneno.

Leão concordou com os termos, mas rapidamente voltou à ofensiva. Reconquistou as cidades que fora forçado a ceder e atacou Antioquia e os seus aliados do Reino Latino de Jerusalém, mas Joscelino II de Edessa mediou um acordo de paz e aliança contra Constantinopla em 1137.

A invasão de João II Comneno nesse ano resultou na perda de Selêucia, Corícia, Tarso, Mamistra, Adana, Til Hamdoun e Anazarbo. Leão retirou para os montes Tauro com a sua segunda esposa e os seus filhos com esta (os filhos do seu primeiro casamento tinham se refugiado no Condado de Edessa), mas as cidades de Gaban e Vahka foram perdidas em 1138, e acabaria por ser aprisionado. Leão, a esposa e estes filhos foram levados para Constantinopla. Morreriam no cativeiro: Leão em 14 de Fevereiro de 1140, o seu filho Ruben no ano seguinte.

Apesar da detenção do seu príncipe, o exército arménio ainda estava activo e retomou Vahka em 1139. Depois de Leão morrer, Teodoro II da Arménia evadiu-se da prisão em 1143 e sucedeu ao pai no governo da Cilícia.

Casamentos e descendência[editar | editar código-fonte]

Leão casou-se pela primeira vez com uma mulher chamada Beatriz, mas os historiadores divergem quanto à ascendência familiar desta. O cronista normando Orderico Vitalis menciona que Leão era «filho de Turold das Montanhas (um incorrecção, Leão era filho de Constantino II da Arménia) e tio da esposa de Boemundo». No caso de a segunda parte desta afirmação estar correcta, e uma vez que a esposa de Boemundo, Alice de Jerusalém, era filha de Balduíno II de Edessa com a arménia Morfia de Melitene, seguem-se duas possibilidades:

  • Leão I casou-se com uma irmã de Morfia, portanto Beatriz seria filha de Gabriel de Melitene, ou
  • Leão I casou-se com uma irmã de Balduíno, portanto Beatriz seria filha do conde Hugo I de Rethel com Melisende de Montlhéry, pertencendo a uma vasta rede familiar no contexto das cruzadas. O problema desta hipótese é que Teodoro II, filho de Leão, casou-se com Isabel de Courtenay, filha do conde Joscelino II de Edessa. Uma vez que Beatriz de Courtenay era neta de Joscelino I de Edessa, sobrinho de Melisende de Montlhéry, isto constituiria um grau de parentesco incestuoso proibido para matrimónio; mas em nenhuma crónica se refere este grau de parentesco ou a dispensa papal que era necessária para primos se casarem.
O Próximo Oriente em 1135, com o Principado Arménio da Cilícia em cor-de-laranja.

Independentemente da ascendência familiar da esposa, do primeiro casamento de Leão I nasceram:

Leão casou-se em segundas núpcias com uma mulher de nome desconhecido, possivelmente uma arménia. Deste casamento nasceram:

Bibliografia e ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Constantino II
Armas dos rubênidas (usadas pela primeira vez por Leão II da Arménia).
Príncipe das Montanhas
(Príncipe arménio da Cilícia)

1129-1140
Sucedido por
Teodoro II