Juventude transgênero

Juventude transgênero se refere às crianças ou adolescentes que não se idenficam com o sexo que lhes foi atribuído ao nascimento. Como a juventude transgênero geralmente depende dos pais para cuidados, abrigo, apoio financeiro e outras necessidades, esses jovens enfrentam desafios diferentes em comparação aos adultos. De acordo com a Associação Profissional Mundial para a Saúde Transgênero, a Associação Americana de Psicologia e a Academia Americana de Pediatria, os cuidados apropriados para jovens transgênero podem incluir cuidados de saúde mental, transição social e/ou bloqueadores da puberdade, que atrasam a puberdade e o desenvolvimento de características sexuais secundárias para permitir que as crianças tenham mais tempo para explorar sua identidade de gênero.[1][2][3] Na Europa, alguns grupos médicos e países desencorajaram ou limitaram o uso de bloqueadores da puberdade.[4][5][6]

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, "aos quatro anos a maioria das crianças tem um senso estável de sua identidade de gênero" e "pesquisas comprovam que crianças pré-púberes que afirmam [uma identidade transgênero ou diversa de gênero] conhecem seu gênero tão claramente e tão consistentemente como seus pares equivalentes em termos de desenvolvimento que se identificam como cisgênero e se beneficiam do mesmo nível de aceitação social”.[7][8] Uma revisão publicada em 2022 descobriu que a maioria das crianças pré-púberes em transição social persistem na sua identidade em acompanhamentos de 5 a 7 anos.[9] A disforia de gênero provavelmente será permanente se persistir durante a puberdade.[9][10][11]

Referências

  1. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender-Nonconforming People (PDF). [S.l.]: World Professional Association for Transgender Health. 2012. pp. 20–21. Consultado em 25 de novembro de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 26 de novembro de 2020 
  2. «Guidelines for Psychological Practice With Transgender and Gender Nonconforming People» (PDF). American Psychological Association. Consultado em 17 de julho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 29 de setembro de 2019 
  3. «Supporting and Caring For Transgender Children» (PDF). American Academy of Pediatrics. Consultado em 17 de julho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 24 de julho de 2021 
  4. «Questioning America's approach to transgender health care». The Economist. 28 de julho de 2022. Consultado em 6 de agosto de 2022 
  5. Terhune, Chad; Respaut, Robin; Conlin, Michelle (6 de outubro de 2022). «As children line up at gender clinics, families confront many unknowns». Reuters (em inglês). Consultado em 10 de outubro de 2022 
  6. Milton, Josh (23 de fevereiro de 2022). «Swedish health board wants doctors to stop prescribing life-saving puberty blockers». PinkNews (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2022 
  7. Rafferty, Jason. «Gender Identity Development in Children». American Academy of Pediatrics 
  8. Rafferty, Jason; Committee on Psychological Aspects of Child and Family Health; Committee on Adolescence; Section on Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender Health and Wellness; et al. (2018). «Ensuring Comprehensive Care and Support for Transgender and Gender-Diverse Children and Adolescents». Pediatrics. 142 (4). PMID 30224363. doi:10.1542/peds.2018-2162Acessível livremente 
  9. a b Roberts, Christina (11 de maio de 2022). «Persistence of Transgender Gender Identity Among Children and Adolescents». Pediatrics. 150 (2). ISSN 0031-4005. PMID 35538638. doi:10.1542/peds.2022-057693 
  10. Jameson L, de Kretser DM, Marshall JC, De Groot LJ (2013). Endocrinology Adult and Pediatric: Reproductive Endocrinology. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 483. ISBN 978-0323221528 
  11. Dulcan, MK (2015). Dulcan's Textbook of Child and Adolescent Psychiatry, Second Edition. [S.l.]: American Psychiatric Pub. p. 591. ISBN 978-1585624935