Juan Joya

Juan Joya
Informações pessoais
Nome completo Juan Joya Cordero
Data de nascimento 25 de fevereiro de 1934
Local de nascimento Lima,  Peru
Nacionalidade uruguaio
peruano
Data da morte 29 de março de 2007 (73 anos)
Local da morte Lima, Peru
Informações profissionais
Posição ponteiro
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1954–1959
1960
1961–1969
1970
Peru Alianza Lima
Argentina River Plate
Uruguai Peñarol
Peru Juan Aurich
00070 000(37)
00021 0000(6)
00471 000(70)
00020 0000(8)
Seleção nacional
1956–1959
1965
Peru Peru
Uruguai Uruguai
00009 0000(3)
00001 0000(0)
O time de 1965 do Peñarol. Joya é o último agachado, da esquerda para a direita.

Juan Joya Cordero (25 de fevereiro de 193429 de março de 2007) foi um futebolista peruano, considerado um dos maiores já surgidos em seu país. Atuava como ponteiro.

É considerado um dos grandes nomes da história do Peñarol, lembrado pela grande dupla que fizera com Alberto Spencer, a quem costumava limpar as jogadas e passar a bola para a conclusão certeira do equatoriano. Ainda assim, Joya também marcou bom número de gols, tendo feito 56 em 132 jogos pela equipe uruaguaia.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

No Peru[editar | editar código-fonte]

Joya começou a carreira em 1954, no Alianza Lima, faturando no mesmo ano e no seguinte o campeonato peruano. Sagrou-se ainda artilheiro do campeonato em 1958, integrando a Seleção Peruana desde o ano anterior, em que fez disputou o Sul-Americano de 1957.

Após uma boa participação no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1959 realizado na Argentina - Joya marcou dois gols em vitória sobre o Uruguai e o Peru ficou em uma razoável quarta colocação -, ele chamou a atenção do país sede, indo no ano seguinte jogar no River Plate, o que na época significou o fim de suas convocações pelo Peru. Os dois gols que fez sobre os uruguaios seriam justamente os dois únicos por seu país, pelo qual realizou apenas nove partidas.

Peñarol[editar | editar código-fonte]

Ficaria, todavia, apenas um ano nos millonarios. Em 1961, atravessou o Rio da Prata para jogar no Peñarol. Participou ativamente do momento mais glorioso da história carbonera, formando linha ofensiva com José Sasía, Luis Cubilla e Alberto Spencer que posteriormente receberia também Pedro Rocha. Já em 1961, Joya faturou como aurinegro o campeonato uruguaio, a Taça Libertadores da América e a Copa Intercontinental. Neste último, desempenhou grande papel no jogo de volta, em Montevidéu, contra o Benfica (que vencera previamente em Lisboa por 1 x 0). Joya marcou duas vezes na goleada manya por 5 x 1 sobre o time de Eusébio e Coluna.

No ano seguinte, além de novo título uruguaio, Joya esteve perto de novo título na Libertadores - seria o terceiro seguido do Peñarol -, mas o Santos de Pelé levou a melhor na decisão. No decorrer da década, somou mais troféus: venceu a liga uruguaia também em 1964, 1965, 1967 e 1968.[carece de fontes?] Voltou duas vezes à final da Libertadores. Na de 1965, o oponente foi o Independiente. Após duas vitórias para cada lado, ambos decidiram o troféu em campo neutro. Apesar de favorito, o Peñarol, que na semifinal conseguira uma revanche sobre o Santos, sofreu três gols, com Joya descontando ainda no primeiro tempo, dando esperanças de uma reação para a etapa final. Todavia, os argentinos levaram a taça, marcando mais um gol.[2]

No ano seguinte, o Peñarol voltou a decisão contra argentinos, desta vez os do River Plate. O troféu voltaria ao clube após eletrizante finalíssima, com vitória por 4 x 2 após derrota parcial por 0 x 2. Joya marcou um dos gols da vitória em Montevidéu, no primeiro jogo da decisão contra sua ex-equipe.[3] No mesmo ano, integrou o elenco que venceu a Intercontinental sobre o Real Madrid de Ferenc Puskás em pleno Santiago Bernabéu.

Final[editar | editar código-fonte]

Apesar de todo o seu sucesso no Peñarol, Joya acabou deixado de fora da Seleção Peruana naquela época, em que as seleções sul-americanas não convocavam atletas que atuassem no exterior. No período, chegou a defender uma vez a própria Seleção Uruguaia, em amistoso de 1965. Voltou ao Peru em 1970, já aos 36 anos e longe de convencer o técnico Didi a incluí-lo no plantel que foi ao México disputar a Copa do Mundo de 1970. Joya aposentou-se naquele mesmo ano, como jogador do Juan Aurich.

Morte[editar | editar código-fonte]

Joya faleceu em março de 2007, aos 73 anos, em sua Lima natal. Curiosamente, seu ex-companheiro Spencer - outro cujo sucesso no exterior o privou de sua seleção natal, e que também chegou a defender o Uruguai[carece de fontes?] - morrera apenas quatro meses antes, o que inspirou uma música de Rubén Rada (grande expoente da música negra uruguaia), que lhes dedicou Un candombe ecuaperuano.[1]

Referências

  1. a b PRESTES, Felipe (12 de março de 2011). «Un candombe ecuaperuano». Impedimento. Consultado em 5 de agosto de 2011. Arquivado do original em 25 de maio de 2012 
  2. MELO, Tiago (21 de fevereiro de 2011). «Independiente x Peñarol: revivendo a decisão de 1965». Futebol Portenho. Consultado em 5 de agosto de 2011 
  3. MELO, Tiago (20 de maio de 2011). «River Plate: quando os "millonarios" se transformaram em "gallinas"». Futebol Portenho. Consultado em 5 de agosto de 2011