José Rodrigues Jardim

José Rodrigues Jardim
Nascimento 1780
Morte 27 de outubro de 1842
Cidadania Brasil
Filho(a)(s) Joaquina Porfíria Jardim
Ocupação político

José Rodrigues Jardim (Vila Boa, então Santa Rita de Anta, c. 1780Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1842) foi um proprietário rural, militar e político brasileiro. Foi presidente da província de Goiás e senador do Império do Brasil de 1837 a 1842.

Filho do português Silvestre Rodrigues Jardim, teve sua formação educacional feita pelo cônego Luís Antônio da Silva e Sousa (1764-1840). Em 1800, ingressa na carreira militar como voluntário no primeiro Regimento de Cavalaria Miliciana. Em 1803, era cadete e foi promovido a alferes no dia 28 de maio deste ano. Em 1809, assume o comando do primeiro Regimento, como tenente, exercendo este cargo até 1821.

Foi tesoureiro da Casa de Fundição entre 1º de janeiro de 1807 a 31 de dezembro de 1809 e também administrador dos Dízimos. Em 1821, torna-se vereador.

Era coronel e Cavalheiro da Imperial Ordem do Cruzeiro e foi deputado-secretário da junta do Governo Provisório de 1822 (criado após a emancipação política do Brasil).

Compôs o Conselho Administrativo da primeira presidência de Goiás em 1824, mas se retirou do governo ao divergir do então presidente da província Caetano Maria Lopes da Gama. Afastou-se da política por um período, exilando-se em sua fazenda denominada Santa Rita.

Tomou posse do governo provincial no dia 31 de dezembro de 1831.[1][2][3] Este fato pode ser consequência do contexto no Brasil após a abdicação de Dom Pedro I e a entrada da Regência no poder. Cria-se a necessidade de descentralização do poder para evitar revoltas nas províncias. Assim a nomeação de um governante natural da região seria uma saída para controlar as insatisfações.

Em seu mandato conciliou as forças políticas de toda a região; dividiu a província em quatro comarcas: Goiás, Santa Cruz, Cavalcante e Pilar. Preocupou-se com a educação feminina, fundando escolas para este sexo em Pirenópolis e Natividade. Nomeou a primeira professora de primeiras letras da província, Maria Romana da Purificação. Estabeleceu o Correio em toda a província goiana em 1832.

Em 1835, publica “O livro da Lei Goiana”, impresso pelo padre Amâncio da Luz. No ano seguinte, compra as máquinas da Matutina Meiapontense e funda o primeiro jornal vilaboense e o segundo da província o “Correio Oficial” que começou a circular em 3 de junho de 1837.

Foi eleito senador através das eleições de 25 de setembro de 1836, e seguiu para o Rio de Janeiro em 20 de março de 1837, transferiu a administração provincial para o padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury.[1][2][3] Tomou assento do cargo em 17 de maio de 1837, sendo o segundo senador pela província de Goiás.[2] O primeiro foi o Marquês de Jacarepaguá, em 1826. Em 5 de agosto de 1841, foi nomeado, por decreto imperial, comendador da Ordem de Cristo.

Assumiu novamente o governo goiano, interinamente, entre 1º de março de 1841 e 14 de novembro de 1841, substituindo José de Assis Mascarenhas.[1][2]

Faleceu no Rio de Janeiro, deixando de seu casamento com Ângela Ludovico de Almeida, oito filhos: Francisca de Paula, Maria Altina, Joaquina Porfíria, Antônia Emília, Leonor de Lemos e Morais (Neta), João Rodrigues Jardim, Manuel Rodrigues Jardim e José Rodrigues Jardim.

Referências

  1. a b c Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 69 
  2. a b c d «JARDIM, Eugênio» (PDF). CPDOC. p. 1. Consultado em 4 de março de 2021 
  3. a b «Governantes de Goiás e símbolos estaduais» (PDF). Maio de 1983. p. 6. Consultado em 4 de março de 2021