José Feliciano Ferreira

 Nota: Para outros significados de "José Feliciano", veja José Feliciano (desambiguação).
José Feliciano Ferreira
José Feliciano Ferreira
59.º Governador de Goiás
Período 31 de janeiro de 1959 a 31 de janeiro de 1961
Antecessor(a) José Ludovico de Almeida
Sucessor(a) Mauro Borges Teixeira
Senador por Goiás
Período 1 de fevereiro de 1963 a 1 de fevereiro de 1971
Deputado estadual por Goiás
Período 1 de fevereiro de 1951 a 1 de fevereiro de 1955
Legislatura 2.ª
3.º Presidente do Banco do Estado de Goiás
Período 3 de abril de 1961 a 21 de abril de 1963
Antecessor(a) Serafim de Carvalho
Sucessor(a) Orivaldo Borges Leão
Vereador por Jataí
Período 1 de fevereiro de 1946 a 1 de fevereiro de 1951
Legislatura 2.ª
Secretário Estadual de Educação e Cultura de Goiás
Período 16 de julho 1954 a 30 de janeiro 1955
Governador de Goiás Jonas Duarte
José Ludovico de Almeida
Período 31 de janeiro de 1955 a outubro de 1958
Dados pessoais
Nome completo José Feliciano Ferreira
Nascimento 15 de dezembro de 1916
Jataí, Goiás, Brasil
Morte 23 de março de 2009 (92 anos)
Goiânia, Goiás, Brasil
Partido PSD (1945-1965)
MDB (1966-1979)
PMDB (1980-2009)
Profissão Advogado

José Feliciano Ferreira (Jataí, 15 de dezembro de 1916 - Goiania, 23 de março de 2009) foi um advogado e político brasileiro filiado ao PMDB.

Serviu como vereador pelo munícipio de Jataí, deputado estadual por Goiás na 2.ª legislatura, governador de Goiás (1959-1961)[1],1.º suplente e senador pelo mesmo estado. Foi também secretário de Estado de Educação e Cultura de Goiás, em duas gestões e o terceiro presidente do Banco do Estado de Goiás.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em Jataí, José Feliciano Ferreira foi o primeiro natural da cidade à governar o Estado de Goiás, entre os anos de 1959 a 1961. Fato, mais tarde, repetido pelo conterrâneo Maguito Vilela.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Diplomado em Direito pela antiga Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro (hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o início da trajetória política do goiano de Jataí, José Feliciano Ferreira, se deu com o exercício do mandato de vereador, em sua cidade-natal, pelo extinto Partido Social Democrático, no ano de 1952. Anteriormente, nos anos 40, José Feliciano Ferreira foi o responsável direto pela construção da Usina Hidrelétrica de Jataí, a Companhia Força e Luz. Com isso, foi convencido pelo cunhado, o médico Serafim Carvalho, que presidia o PSD na cidade à época, para adentrar na carreira na política.[3]

José Feliciano Ferreira, após o exercício do mandato de vereador, foi eleito, em 1950, para uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás, tendo exercido o cargo de presidente do Legislativo Goiano. Ele também foi o titular da Secretaria de Estado da Educação de Goiás, no governo de José Ludovico de Almeida, o Jucá Ludovico. Neste cargo, entre suas principais realizações, destaca-se a construção do Instituto de Educação de Goiás (IEG).[4]

Em 1958, venceu a disputa eleitoral pelo Governo de Goiás, na disputa com o rio-verdense, César da Cunha Bastos. Devido sua popularidade, após o quatriênio como secretário estadual da Educação, tornou-se governador após receber 151 565 votos.

Com o tempo, José Feliciano Ferreira se aproximou do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira. A relação de ambos acabou se aprofundando tanto, que José Feliciano auxiliou o presidente JK na construção de Brasília, a nova capital federal. À época, o então governador de Goiás, José Feliciano Ferreira, determinou a construção da Usina de Cachoeira Dourada, seguindo uma solicitação do presidente, para que Brasília fosse suprida de energia elétrica. Seu governo, apoiou e deu geral suporte necessário para a criação das duas universidades de Goiás, a Universidade Católica de Goiás, criada 17 de outubro de 1959; e a Universidade Federal de Goiás, a 14 de dezembro de 1960.[5]

Senador por Goiás[editar | editar código-fonte]

José Feliciano Ferreira, Toniquinho e Juscelino Kubitschek no Senado Federal do Brasil, década de 1960.

Logo que deixou o Palácio Pedro Ludovico Teixeira, José Feliciano Ferreira conseguiu se eleger para o Senado Federal, inicialmente como primeiro suplente de Juscelino Kubitschek, em 1960, e, posteriormente, cumpriu mandato entre 1963 e 1970, após eleição no ano anterior. Em pleno período da ditadura militar, José Feliciano Ferreira foi convidado a reassumir o Governo de Goiás, via uma eleição indireta. Mas, recusou o convite alegando ser um defensor dos princípios democráticos.[6]

Presidente do BEG[editar | editar código-fonte]

Mesmo após ser eleito suplente e senador, respectivamente, José Feliciano exerceu a presidência do Banco do Estado de Goiás, sendo o terceiro ocupante da vaga, no biênio de 3 de abril de 1961 até 21 de abril de 1963, por 2 anos e 17 dias.[7]

Anos seguintes e morte[editar | editar código-fonte]

Em 1971, José Feliciano Ferreira abandonou a carreira política, decidindo se dedicar integralmente à família. Atuou, até à sua morte, como pecuarista na sua propriedade rural em Jataí, no Sudoeste Goiano, cidade fundada há 173 anos por seus bisavós (José Carvalho Bastos e José Manuel Vilela), mais precisamente no ano de 1836.[3]

Morte[editar | editar código-fonte]

José Feliciano Ferreira morreu subitamente, aos 92 anos de idade, em sua residência em Goiânia, na manhã da segunda-feira, 23 de março. Segundo informações, por volta das 8 horas da manhã, ele teria se levantado e tomado café-da-manhã como era o costume e, quase uma hora depois, veio a óbito diagnosticado por mal súbito.

Presente ao velório, o governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho (PP), que decretou luto oficial no Estado por três dias.[8] O senador por Goiás, Marconi Perillo, lamentou a morte de José.[9] Os ex-governadores goianos, o jataiense Maguito Vilela e Iris Rezende Machado, respectivamente prefeitos de Aparecida de Goiânia e de Goiânia, e o amigo particular, o conterrâneo Antônio Soares Neto (“Toniquinho JK”) foram algumas das autoridades presentes ao velório e ao sepultamento do corpo de José Feliciano Ferreira, no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia.

Histórico eleitoral[editar | editar código-fonte]

Cargo disputado Eleição Partido/Coligação Votos quantitativos Porcentagem Situação
Vereador por Jataí 1947 PSD Desconhecido Eleito em 1.º turno
Deputado estadual por Goiás 1950 2.166 1,45% Eleito em 1.º turno
Governador de Goiás 1958 PSD-PSP 151.565 58,86% Eleito em 1.º turno
Suplente de senador por Goiás 1960 PSD 146.366 84,52% Eleito em 1.º turno
Senador por Goiás 1962 168.150 32,29% Eleito em 1.º turno

Referências

  1. «Dossie Goiás, Relação de Governadores». Goiasnet. Consultado em 24 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2013 
  2. «Assembleia Legislativa do Estado de Goiás». web.archive.org. 31 de janeiro de 2019. Consultado em 19 de abril de 2024 
  3. a b «Câmara Jataí - Portal da Câmara Municipal de Jataí - Estado de Goiás». Portal da Câmara Municipal de Jataí - Goiás. Consultado em 17 de janeiro de 2024 
  4. «Perfil Biográfico de José Feliciano Ferreira | Portal da Alego». Perfil Biográfico de José Feliciano Ferreira | Portal da Alego. Consultado em 17 de janeiro de 2024 
  5. «LEI Nº 3.182, DE 11 DE NOVEMBRO DE 1960». Casa Civil de Goiás. 11 de novembro de 1970. Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  6. «Senador José Feliciano - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 17 de janeiro de 2024 
  7. «Bancos Estaduais Privatizados» (pdf). Banco Central do Brasil 
  8. Cecília Aires (24 de março de 2009). «Morre José Feliciano, governador que viu a inauguração de Brasília». O Popular. Consultado em 25 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2013 
  9. «Perillo lamenta morte de ex-senador José Feliciano Ferreira». www.netsaber.com.br. Consultado em 18 de janeiro de 2024 

Precedido por
José Ludovico de Almeida
Governador de Goiás
19591961
Sucedido por
Mauro Borges Teixeira
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