Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin

Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin (em árabe: جماعة نصرة الإسلام والمسلمين, Jamāʿat nuṣrat al-islām wal-muslimīn, JNIM; em francês: Groupe de soutien à l'islam et aux musulmans, GSIM;[1] em português: Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos) é uma coalizão de grupos armados jihadistas que atua no Magrebe e na África Ocidental e se autodeclara o ramo oficial de al-Qaeda no Mali.[2]

Surgiu em resposta à criação do G5 do Sahel e à intervenção militar francesa na região através da Operação Barkhane.[3] Também procura se apresentar como um grupo poderoso e contra a influência e expansão do Estado Islâmico na área,[4][5] um grupo com o qual a al-Qaeda rivaliza.

A criação do JNIM foi anunciada no dia 1º de março de 2017, em vídeo enviado à Agence Nouakchott Information (ANI), uma agência mauritana de notícias, e transmitido no dia seguinte. No vídeo, apareciam vários líderes jihadistas: Iyad Ag Ghali, emir do grupo Ansar al-Din; Djamel Okacha, líder de AQMI no Sahel; Amadou Koufa (morto em novembro de 2018), da katiba Macina; Abu Hassan al-Ansari (morto em fevereiro de 2018[6]), adjunto de Mokhtar Belmokhtar, de Al Murabitun (dado como morto em várias ocasiões e que não aparece no vídeo); e Abu Abderrahman El Senhadji, cádi da AQMI. Estes anunciaram a união dos vários grupos em uma única estrutura e prometeram lealdade a Ayman al-Zawahiri, líder de Al-Qaeda; a Abdelmalek Droukdel, líder de AQMI (morto em junho de 2020); e a Haibatullah Akhundzada, líder do Talibã. Iyad Ag Ghali foi apontado como líder do JNIM. ​[7] De fato, essas organizações já estavam intimamente ligadas, antes da fusão, atuando de maneira coordenada em várias operações.[4] Todas juraram lealdade a Ayman al-Zawahiri, o emir da al-Qaeda; a Abdelmalek Droukdel, da AQMI; e a Haibatullah Akhundzada, do Talibã.[8] Iyad Ag Ghali é o líder da coalizão.[8]

Em 2018, o JNIM foi reconhecido, pelos Estados Unidos, como organização terrorista estrangeira,[9] e incluído na lista de sanções, pelo Conselho de Segurança da ONU, por suas ligações com al-Qaeda.

Referências