Introspecção

 Nota: Este artigo é sobre o processo psicológico. Para computação, veja Introspecção (computação).

Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Dentre os possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagens mentais, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de ideias).

Há um debate contemporâneo nos campos da Epistemologia e da Filosofia da Mente acerca da natureza, das características e da validade do conhecimento gerado pela introspecção (autoconhecimento). Um exemplo de questão levantada neste âmbito é a seguinte: Na introspecção, o sujeito tem acesso direto (não mediado, não inferencial) ao objeto.

Muitos filósofos usaram esse método de investigação que é estimulado a partir de um dos sete apotegmas mais famosos da filosofia de Sócrates ao propôr: "Conhece-te a ti mesmo". Após muitos anos em declínio Descartes para chegar a suas conclusões, como "Penso, logo existo!".

Psicologia[editar | editar código-fonte]

É o método original da psicologia, usado desde a sua fundação por Wundt e William James em seus respectivos laboratórios para verificar o funcionamento da mente. Foi usada por exemplo por Jean Piaget, Sigmund Freud, Titchener e Aaron Beck. [1]

É geralmente muito estimulada na psicoterapia, como na psicanálise e na terapia cognitivo-comportamental, onde o sujeito pode ser levado a refletir sobre a consequência de suas ações, seu modo de pensar e sobre formas de pensar mais eficazes e que levem a diminuir seu sofrimento.

O behaviorismo se opõe ao uso da introspecção por considerá-la pouco confiável do ponto de vista científico, pois este exige fatos observáveis e evidências analisáveis. Watson defende que é possível fazer uma psicologia sem nenhuma introspecção, pois os processos internos são analisáveis nos comportamentos expressados.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ROSAS, Paulo da Silveira. O dilema da Psicologia contemporânea. Psicol. cienc. prof. [online]. 1979, n.0 [cited 2010-09-09], pp. 67-136 . Available from: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931979000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1414-9893.
  2. John Broadus Watson (1878-1958)O comportamentismo. in Herrnstein, R. J. e Boring, E. G. Textos básicos de história da psicologia. São Paulo: Herder e EDUSP, 1971.