Guerra Iemenita de 1972

Guerra Iemenita de 1972
Guerra Fria Árabe

Norte e Sul do Iêmen
Data 26 de setembro - 19 de outubro de 1972
Local Fronteira entre Iêmen do Norte e Iêmen do Sul
Desfecho Acordo do Cairo
  • Nenhuma mudança territorial
Beligerantes
 Iêmen do Norte

Apoiado por:

 Iêmen do Sul

Apoiado por:

Comandantes
República Árabe do Iêmen Abdul Rahman al-Eryani
República Árabe do Iêmen Ali Abdullah Saleh
Abdul Fattah Ismail

Guerra Iemenita de 1972 foi um breve conflito militar entre a República Árabe do Iêmen (Iêmen do Norte) e a República Democrática Popular do Iêmen (Iêmen do Sul). [1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Os rebeldes da Liga Árabe do Sul atacaram posições no leste do Iêmen do Sul, chegando da Arábia Saudita em 20 de fevereiro de 1972. [2] Os rebeldes foram derrotados pelas tropas do governo do Iêmen do Sul em 24 de fevereiro de 1972, com cerca de 175 rebeldes mortos durante as hostilidades militares. [2] O primeiro ministro Ali Nasir Muhammad sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos rebeldes em 22 de maio de 1972. [2] Seis pessoas foram condenadas à morte por conspirar para derrubar o governo em 9 de julho de 1972. [2] A Arábia Saudita continuou a se opor ao Iêmen do Sul e apoiaria as tropas norte-iemenitas nos próximos confrontos.

Conflito[editar | editar código-fonte]

A guerra, iniciada pelo Iêmen do Norte, [3] começou em 26 de setembro de 1972, [3][4] o décimo aniversário do início da Guerra Civil do Iêmen do Norte; [3] os combates consistiram principalmente de confrontos nas fronteiras.[5] Durante o conflito, o norte foi abastecido pela Arábia Saudita, Jordânia, Reino Unido e Estados Unidos; e o sul pela União Soviética. [1]

Resultado[editar | editar código-fonte]

Acordo do Cairo de 1972[editar | editar código-fonte]

Os combates forma efêmeros; a guerra terminou 23 dias depois, em 19 de outubro, [3] por um cessar-fogo.[3] Isto foi seguido pelo Acordo do Cairo de 28 de outubro, que apresentou um plano para unificar os dois países em um Estado "republicano, nacional e democrático", com base em eleições "livres e diretas". [3][1]

Hostilidades no final da década de 1970[editar | editar código-fonte]

O Iêmen do Sul instigou e financiou um movimento de oposição de base ampla no norte, a Frente Democrática Nacional, em meados da década de 1970. [6]

Referências

  1. a b c Gause, Gregory, Saudi-Yemeni relations: domestic structures and foreign influence, Columbia University Press, 1990, page 98
  2. a b c d South Yemen (1967-1990), University of Central Arkansas
  3. a b c d e f Couland, Jacques (1993). «Genèse et étapes de l'unité yéménite» (facsimile). Revue des mondes musulmans et de la Méditerranée (em francês) (67). pp. 79–93. doi:10.3406/remmm.1993.1589 
  4. Lagadec, Jean (Abril 1974). «La fin du conflit yéménite». Revue française de science politique (em francês). 24 (2). pp. 344–355. doi:10.3406/rfsp.1974.418679 
  5. «Yemen profile (timeline)». BBC. 6 de Novembro de 2019. 1972 – Border clashes between two Yemens; ceasefire brokered by Arab League. 
  6. Two Yemeni states, Encyclopaedia Britannica.