Galáxia Seyfert

A galáxia do Compasso, que é uma Seyfert Tipo II.
NGC 1097 é um exemplo de galaxia Seyfert. O buraco negro supermassivo do centro tem massa equivalente a 100 milhões de sóis. A área ao redor dele emite radiação vinda do material que está caindo no buraco negro.

As galáxias Seyfert são galáxias espirais que possuem núcleos extremamente pequenos e muito luminosos, contribuindo com metade da luminosidade total da galáxia na faixa do visível, sendo classificadas como uma galáxia ativa.[1] O núcleo desse tipo de galáxia é da ordem de 10.000 vezes mais brilhante que o centro da nossa própria galáxia (Via Láctea), na verdade o núcleo da galáxia Seyfert mais brilhante conhecida (em 2007) é 10 vezes mais brilhante que a Via Láctea inteira. Além disso, sua luminosidade varia muito no tempo, ela pode dobrar ou cair pela metade dentro de um ano, o que por sua vez, indica que a região emissora deve ser muito compacta.[2]

Algumas Seyferts emitem radiação em comprimentos de onda variando do infravermelho até os raios X, porém a maioria (75%) emite a maior parte de sua energia no infravermelho.[2]

O espectro dessas galáxias exibe linhas de emissão alargadas, de elementos pesados altamente ionizados. A largura dessas linhas de emissão é interpretada como sendo devida ao deslocamento Doppler produzidas pelo gás emissor.[1][3]

Em 1943, Carl Keenan Seyfert, um estudante de pós-doutorado trabalhando no Observatório Monte Wilson, foi o primeiro a descrever esse tipo de galáxia, que a partir de então passou a receber o seu nome.[4]

Tipos[editar | editar código-fonte]

As galáxias Seyfert são geralmente espirais (acredita-se que cerca de 1% de todas espirais são Seyfert) e podem ser classificadas em dois tipos de acordo com seu espectro.[3]

  • Tipo I: possuem as linhas espectrais permitidas bastante alargadas, enquanto as linhas proibidas são mais estreitas;
  • Tipo II: possuem todas as linhas (permitidas e proibidas) da mesma largura.

Referências

  1. a b Kepler de Souza Oliveira Filho (2004). «Cap.27 - Galáxias». Astronomia e astrofísica 2 ed. São Paulo: Livraria da Física. p. 456-457. ISBN 85-88325-23-3 
  2. a b Eric Chaisson; Steve McMillan (2007). «Cap. 24 - Galaxies». Astronomy today (em inglês) 6 ed. [S.l.]: Benjamin Cummings. ISBN 0-13-240085-5 
  3. a b Ruth B. Gruenwald (1991). «Cap. 16 - Astronomia extragalática». In: W. J. Maciel. Astronomia e astrofísica. São Paulo: Instituto Astronômico e Geofísico - USP. p. 276. ISBN 85-85047-05-4 
  4. Ray J. Weyman (janeiro de 1969). «Seyfert galaxies». Nature America, Inc. Scientific American (em inglês). 220 (1): 28-37 

Ver também[editar | editar código-fonte]

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