Gabriel Pereira

Gabriel Pereira
Gabriel Pereira
Nome completo Gabriel Victor do Monte Pereira
Nascimento 1847
Évora, Reino de Portugal
Morte 1911 (64 anos)
Évora, Portugal Portugal
Nacionalidade Português
Ocupação Escritor, tradutor, arqueólogo
Magnum opus Évora e o ultramar

Gabriel Victor do Monte Pereira (Évora, 1847 - Évora, 1911) foi um conservador e diretor da Biblioteca Nacional. Possui uma escola secundária com o seu nome em Évora.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho de António Pereira da Silva, professor no liceu de Évora, e de Luísa do Monte Pereira descendente de uma antiga família de lavradores eborenses. Frequentou a Escola Politécnica de Lisboa e a Escola Naval.[1]

Entre 1888 e 1902 foi conservador e director da Biblioteca Nacional. Desempenhou também o cargo de Inspector das Bibliotecas e Arquivos.

Apaixonado pela história e a arqueologia, encontrou em Évora um conjunto de fundos bibliográficos e arquivísticos assim como um vasto espólio arqueológico de suporte ao seu trabalho enquanto erudito. Dirigiu, juntamente com Enrique Casanova, a revista de arqueologia A Arte Portuguesa [2] (1895).

Traduziu do latim os grandes escritores gregos e romanos, nomeadamente Estrabão e Plínio, que caracterizaram a geografia da Península Ibérica. Estas obras constituem ainda hoje uma fonte importante para o exercício da arqueologia.

Uma das suas obras mais conhecidas, Estudos Eborenses, constitui uma importante referência para a história da cidade de Évora. Para além de estudos históricos produziu algumas obras integradas no género «literatura amena», que na terminologia oitocentista designava a literatura ligeira em forma de conto ou romance.[3]

Autor também de:Pelos Subúrbios e Visinhanças de Lisboa.Edição da Livraria Clássica Editora de A.M. Teixeira & C.de 1910

Em 31 de maio de 1919 o Conselho Escolar da então Escola Industrial de Évora escolheu Gabriel Pereira para patrono da instituição. A reforma do ensino técnico de 1947/1948 retirou a designação do patrono às escolas do ensino técnico. A Escola passou a ser conhecida por Escola Industrial e Comercial de Évora.[4] A recuperação do patrono deu-se em 1979, através da publicação da Portaria n.º 608/79, de 22 de novembro, ficando o nome da instituição fixado em «Escola Secundária Gabriel Pereira».[5]

Referências

  1. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Página Editora, vol 21, 137
  2. Helena Roldão (17 de maio de 2016). «Ficha histórica:A arte portuguesa: revista de arqueologia e arte moderna(1895)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de maio de 2017 
  3. Gameiro, Fernando, Entre a Escola e a Lavoura, Lisboa; Instituto de Inovação Educacional, 1998
  4. GAMEIRO, Fernando (2011). Com Engenho e Arte. Ensino Técnico em Évora durante a I República: A Escola Industrial e Comercial Gabriel Pereira. Lisboa: Edições Colibri. pp. 72–75 
  5. «Portaria n.º 608/79, de 22 de novembro.». Diário da República 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]