Estação Perus

Perus
Estação Perus
Placa da estação Perus, 1994.
Arquivo Público do Estado de São Paulo
Uso atual Estação de trens metropolitanos
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração SPR (1867-1946)

EFSJ (1948-1969) RFFSA (1975–1984)
CBTU (1984–1994)
CPTM (1994–atualmente)

Linha Rubi
Sigla PRU
Movimento em 2016 30,8 mil
Serviços Acesso à deficiente físico Terminal rodoviário
Informações históricas
Inauguração 16 de fevereiro de 1867 (157 anos)
Localização
Localização Travessa Cambaratiba, s/n - Perus, São Paulo,  São Paulo
Próxima estação
Sentido Jundiaí
Sentido Rio Grande da Serra
Perus

A Estação Perus é uma estação ferroviária, pertencente à Linha 7–Rubi da CPTM, localizada no bairro de Perus, Zona Norte de São Paulo. Perus faz divisa com o município de Caieiras.

História[editar | editar código-fonte]

A estação Perus foi inaugurada pela São Paulo Railway em 16 de fevereiro de 1867. Fazia parte da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.

Seu edifício é o único exemplar remanescente das estações pioneiras da Primeira Fase da companhia, sendo que sua arquitetura é característica do padrão inglês de construções ferroviárias e da introdução de novas técnicas construtivas, estando com suas principais estruturas preservadas. Foi tombado pelo Condephaat em 8 de novembro de 2011.[1] Desde 1994, é administrada pela CPTM.[2]

Acidentes[editar | editar código-fonte]

Acidente entre as estações Caieiras e Perus em 1969[editar | editar código-fonte]

Na manhã de 21 de março de 1969, uma composição que havia partido da Estação Francisco Morato parou entre as estações Caieiras e Perus por conta de um falha elétrica no trem. O maquinista e o chefe da composição solicitaram uma locomotiva diesel com uma equipe de manutenção para rebocar o trem até a estação mais próxima, onde deveria ser feito o reparo.[3]

Entretanto, o conserto da composição foi efetuado ali mesmo, no meio dos trilhos, pelo fiscal de máquinas da ferrovia, Jorge Pilot, que desembarcou de uma litorina que se dirigia até a Estação Jundiaí. Após o conserto o trem voltou a funcionar normalmente e prosseguiu sua viagem, chocando-se 3 minutos depois com a locomotiva diesel da equipe de manutenção que vinha em sentido contrário e que fora acionada inicialmente para efetuar o reparo. No choque morreram cerca de 20 pessoas (segundo a Folha de S. Paulo e Revista Veja), entre elas o fiscal Jorge Pilot, e mais 300 ficaram feridas.[4][5]

Acidente na estação Perus[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Acidente na estação Perus

Às 21h15 do dia 28 de julho de 2000, um trem da série 1100, vindo do Jaraguá com destino a Francisco Morato, estacionou na Estação Perus devido à falta de energia. Uma outra composição da Série 1700 (nº 127), que estava estacionada um pouco depois da Estação Jaraguá (em um trecho de descida) pelo mesmo motivo, na mesma linha do trem que estava parado em Perus, e que já havia sido esvaziada, não conseguiu ficar parada na área de declive entre as estações Jaraguá e Perus devido a uma pane nos freios, percorreu 5,5 quilômetros em oito minutos e colidiu com o trem estacionado em Perus. O acidente deixou nove mortos e 115 feridos e destruiu quase toda a estação Perus.[6]

Tabela[editar | editar código-fonte]

Sigla Estação Inauguração Integração Plataformas Posição Notas
PRU Perus 16 de fevereiro de 1867 Bilhete Único da SPTrans. Laterais Superfície Estação construída pela SPR

Referências

  1. CONDEPHAAT, CONDEPHAAT (8 de novembro de 2011). «RES. SC 88/11 Dispõe sobre o tombamento do Conjunto da Estação Ferroviária de Perus, no distrito homônimo da Capital» (PDF). DOE. p. 46. Consultado em 21 de abril de 2020  line feed character character in |titulo= at position 97 (ajuda)
  2. «Biblioteca Padre José de Anchieta». Prefeitura de São Paulo. Consultado em 21 de Outubro de 2014 
  3. «Desconhecidas as causas do desastre-mas houve falha humana» 14524 ed. Folha de S. Paulo, ano XLIX. 22 de março de 1969. pp. 8 e 9. Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  4. «Choque de trens em Sâo Paulo causou 40 mortos e 400 feridos». Jornal Última Hora - Ano XVIII, Republicado pelo Arquivo Público do estado de São Paulo. 22 de janeiro de 1969. p. 4. Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  5. «Choque de trens em São Paulo mata 20 e fere mais de 200» 293 ed. Jornal do Brasil, Ano LXXVIII/Republicado pela Biblioteca Nacional- Hemeroteca Digital Brasileira. 22 de março de 1969. pp. 1 e 13. Consultado em 6 de fevereiro de 2018 
  6. «CPTM pede que feridos não identificados entrem em contato». Folha Online - Cotidiano. 31 de julho de 2000 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]