Escândalo da parabólica

O escândalo da parabólica foi resultado de uma transmissão televisiva vazada em 1 de setembro de 1994, de uma conversa entre Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda do Brasil, e o jornalista da Rede Globo Carlos Monforte, seu cunhado, enquanto se preparavam para entrar no ar ao vivo no Jornal da Globo daquele dia. Essa transmissão foi feita por meio do canal privativo de satélite da Embratel, acessível pelos lares com antena parabólica. Nela, Ricupero afirmou: "Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".[1][2]

A gravação dessa conversa foi amplamente divulgada nos telejornais do dia seguinte. O "escândalo" ganhou proporções, sendo amplamente divulgado pelo PT,[3] então na oposição, como se viesse a revelar que o governo ocultava fatos da população, mas nada foi investigado. Ele culminou com a renúncia do ministro,[4][5] sem maiores repercussões, uma vez que Fernando Henrique Cardoso venceu Lula ainda no primeiro turno do pleito.

Referências

  1. «'Escândalo da Parabólica' derrubou o ministro da Fazenda Rubens Ricupero». Acervo O Globo. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  2. «Ricupero diz ajudar FHC, esconder inflação e confessa não ter escrúpulo». Folha Online. 3 de setembro de 1994. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  3. «PT usa imagens de Ricupero na TV». Folha Online. 5 de setembro de 1994. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  4. «Ricupero põe cargo à disposição após confessar na TV não ter escrúpulos». Folha Online. 4 de setembro de 1994. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  5. «Último Ministro da Fazenda a cair no primeiro ano foi Ricupero, em 94». Gazeta do Povo. Consultado em 5 de agosto de 2017 
Ícone de esboço Este artigo sobre a política do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.