Elevador do Bom Jesus

Elevador do Bom Jesus
Aspeto da linha do Elevador.
Aspeto da linha do Elevador.
Aspeto da linha do Elevador.
Comprimento:0,274 km
Bitola:Bitola Padrão
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274 Santuário(am., 1877-1882)
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× Estrada do Bom Jesus
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0 Tenões
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Elétricos de Braga 1(des.)

O Elevador do Bom Jesus localiza-se no Santuário do Bom Jesus do Monte, na freguesia de Tenões, na cidade e município de Braga, distrito de mesmo nome, em Portugal.

Operado pela Confraria do Bom Jesus do Monte, liga a parte alta da cidade ao Santuário, vencendo um desnível de mais de cem metros de altura, e segue um percurso paralelo ao dos Escadórios do Bom Jesus, terminando, na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinho.

Sendo o primeiro funicular construído na Península Ibérica, é atualmente o mais antigo em serviço no mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água.

Em 23 de Maio de 2013 foi classificado como Monumento de Interesse Público.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A via sobre a Estrada do Bom Jesus.
Carro em funcionamento.
Vistas de e para a estação topo.

Foi construído por iniciativa do empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes (1840-1894) com o objetivo de substituir a linha dos americanos de Braga (veículos sobre carris puxados por cavalos), que originalmente se estendia até ao santuário e que tinha de ter a sua tração complementada por bois na íngreme subida em dias de maior afluência.[2]

O projeto foi da autoria do engenheiro suíço Niklaus Riggenbach que, a partir do seu país enviou todas as indicações necessárias para a execução do projeto e instalação dos equipamentos. Os trabalhos foram iniciados em março de 1880, com colaboração técnica do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard que, no local, superintendeu os trabalhos.[2] A inauguração ocorreu em 25 de março de 1882 (142 anos). (O seu sucesso foi de tal ordem que, nesse mesmo ano, constituiu-se em Lisboa a Companhia dos Ascensores, que convidou Mesnier para projetar e instalar na capital portuguesa uma série de elevadores funiculares e de carros de cabo sem fim — os primeiros dos quais se encontram até hoje em funcionamento.)

A campanha de reparações levada a cabo em 1946 utilizou material oriundo do desmantelamento do Comboio do Monte, na cidade do Funchal, na ilha da Madeira.[2]

Características[editar | editar código-fonte]

Funciona sobre uma rampa, sendo constituído por duas cabines independentes, ligadas entre si por um sistema funicular com contrapeso de água.[3] Cada cabine tem um depósito, que é cheio de água quando no nível superior, e esvaziado quando no inferior. A diferença de pesos assim obtida permite a deslocação. A quantidade de água é calculada em função do número de passageiros nas cabines, a cada viagem.

  • Distância: 274 m
  • Desnível: 116 m
  • Inclinação: 42%
  • Entrada, no sopé do monte (século XXI).
    Tempo de Viagem: 2,5 - 4 min., dependendo do número de passageiros
  • Velocidade média: 1,2 - 1,8 m/s
Aspeto do interior dum carro.
Entrada, no sopé do monte (século XIX).

Linha[editar | editar código-fonte]

Cabo[editar | editar código-fonte]

  • Data da Substituição do Cabo: 1956
  • Comprimento do cabo de aço: 300 m
  • Diâmetro do Cabo: 38 mm
  • Peso do Cabo: 1500 kg

Cabina[editar | editar código-fonte]

  • Peso da Cabina: 5000 kg (as cabines foram construídas na Suiça pela empresa SLM - Oficinas de Olten[4])
  • Número de passageiros por cabina: 38 (30 sentados)
  • Capacidade do depósito de água: 5850 ℓ
    Carro do lado noroeste na estação-topo, antes e depois da renovação rétro de 2006, que recuperou a traça original: Note-se a cabina de comando, agora em material transparente.

Horário de funcionamento[editar | editar código-fonte]

  • Das 08h às 20h
  • 7 dias por semana
  • Viagens de 30 em 30 minutos

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Diário da República» (PDF) 
  2. a b c CORREIA, Octaviano. "Do Pombal ao Bom Jesus de Braga" Arquivado em 6 de agosto de 2010, no Wayback Machine. Jornal da Madeira / Revista Olhar 8 Set 2007
  3. Especialização em Transportes e Vias de Comunicação da Ordem dos Engenheiros; CT 162 (Comissão Técnica de Normalização N.º 162 - Instalações por Cabo para o Transporte de Pessoas); CATIM (Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica) (3 de março de 2008). «Resumo do relatório do Painel dedicado ao tema: "Instalações por Cabo para Transporte de Pessoas (Funiculares, Teleféricos e APM's)"». Consultado em 1 de janeiro de 2009 
  4. «Página do SIPA (Sistema de Informação para o Património Arquitetónico». Consultado em 10 de maio de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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