Eleição presidencial na Alemanha em 1932

Eleição presidencial na Alemanha em 1932
  1925 ← Alemanha
13 de março e 10 de abril de 1932
Segundo Turno
Candidato Paul von Hindenburg Adolf Hitler Ernst Thälmann
Partido Independente Partido Nazista Partido Comunista
Votos 19.359.983 13.418.547 3.706.759
Porcentagem 53,05% 36,77% 10,15%


As eleições presidenciais alemãs de 1932 foram as segundas realizadas pelo voto direto, conforme determinava a Constituição da República de Weimar (1919-1933). O pleito aconteceu após sete anos da primeira e última eleição direta na Alemanha. Após dois turnos, em 13 de março e 10 de abril, Paul von Hindenburg foi reeleito presidente da Alemanha.

O então presidente Paul von Hindenburg concorreu a reeleição contra Adolf Hitler, Ernst Thälmann e Theodor Duesterberg.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O mandato normal do presidente na época terminaria em 25 de abril de 1932. O então chanceler Heinrich Brüning, estava fazendo campanha desde o outono de 1931 em favor da reeleição de Hindenburg. No começo tentou impedir a realização de uma eleição popular. Em vez disso, Bruning queria que Hindenburg fosse reeleito automaticamente.[1]

Candidatos[editar | editar código-fonte]

Primeiro Turno[editar | editar código-fonte]

Campanha de Hindenburg durante o primeiro turno

No primeiro turno concorreram cinco candidatos.

A votação foi realizada em 13 de março 1932 em vez disso. O comparecimento às urnas foi de 86,2%. Como que no primeiro turno não houve candidato que atingiu a maioria de votos, o segundo turno foi realizado. Hindenburg atingiu por pouco a maioria absoluta, ficando com 49,6% dos votos.

49,6 %
30,2 %
13,2 %
6,8 %
0,3 %
0,0 %
Paul von

Hindenburg

Adolf

Hitler

Ernst

Thälmann

Theodor

Duesterberg

Gustav A.

Winter

Outros

Em comparação com a última eleição os estados onde Hindenburg havia ganhado perderam força. Se todos os ex-eleitores que votaram Hindenburg em 1925, votassem novamente nesta eleição, este teria 61,3% dos votos.[2]

Hindenburg ganhou com maioria absoluta no sul da Alemanha, na província de Vestfália, a província do Reno, os distritos de Hamburgo, Weser-Ems, Hesse-Darmstadt, Dresden-Bautzen, Leipzig e Opole.[2] Nas zonas rurais onde Hindenburg havia vencido em 1925, desta vez ficou a baixo da média[3] Em três distritos eleitorais Hitler venceu Hindenburg. Estes foram a Pomerânia, Schleswig-Holstein e Chemnitz-Zwickau.[4]

O Partido Comunista em comparação com a última eleição geral ganhou cerca de 400 mil votos. Este aumento foi significativamente menor do que na eleição enterior. O ganho em comparação com as eleições gerais foram insignificantes 0,1%. Nas cidades de Berlim e Hamburgo, o partido sofreu perdas consideráveis.[4]

Comparação com a eleição de 1925[editar | editar código-fonte]

  1. Partido Nazista +11.053.653 votos
  2. Independente +4.704.342 votos
  3. Partido Comunista +3.052.190 votos

Segundo Turno[editar | editar código-fonte]

Cédula de votação do segundo turno

A campanha eleitoral do segundo turno foi curta, mas intensa. Um decreto de emergência, durante o período de Páscoa, proibia reuniões públicas. Duesterberg havia declarado após o primeiro turno, não querendo voltar a concorrer. Assim, os candidatos no sgundo turno eram Hindenburg, Hitler, Thalmann e os candidatos de Esquerda.

O segundo turno foi realizado no dia 10 de abril de 1932. O comparecimento às urnas foi de 83,5%.

53,1 %
36,7 %
10,1 %
0,0 %
Paul von

Hindenburg

Adolf

Hitler

Ernst

Thälmann

Outros

O comparecimento no segundo turno foi de 83,5%, ligeiramente inferior ao do primeiro turno. A eleição terminou com uma vitória de Hindenburg. Este ganhou 53% dos votos. E Hitler 36,8% dos votos, contra 10,2% de Thalmann.

Hitler ganhou mais de 2 milhões de votos. Thalmann perdeu 1,3 milhões de votos e Hindenburg ganhou cerca de 700 mil votos.[5]

Com relação ao comportamento de voto dos homens e mulheres mostraram que a maior parte dos votos de Hindenburg vieram das mulheres. Hitler foi escolhido pela maior parte dos homens. E Thalmann perdeu votos entre as mulheres.

Referências

  1. Heinrich August Winkler: Weimar 1918–1933. Die Geschichte der ersten deutschen Demokratie. Beck, München 1993 S.444
  2. a b Heinrich August Winkler: Der Weg in die Katastrophe. Arbeiter und Arbeiterbewegung in der Weimarer Republik 1930 bis 1933. 2. Auflage, Berlin und Bonn 1990 S.519
  3. Im ländlichen und protestantischen Gebieten, die 1925 Hochburgen Hindenburgs gewesen waren, schnitt er diesmal unterdurchschnittlich ab.
  4. a b Heinrich August Winkler: Der Weg in die Katastrophe. Arbeiter und Arbeiterbewegung in der Weimarer Republik 1930 bis 1933. 2. Auflage, Berlin und Bonn 1990 S.520
  5. Heinrich August Winkler: Der Weg in die Katastrophe. Arbeiter und Arbeiterbewegung in der Weimarer Republik 1930 bis 1933. 2. Auflage, Berlin und Bonn 1990 S.528