Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento

O Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento (em birmanês; IPA: [nàiNŋàNdɔ̀ éiʤáN θàja yéi n̥ḭN pʰṵNpʰyo yéi kaùNsì]; CEPD abreviado) foi a junta militar que governou a Birmânia (também conhecida como Mianmar), que tomou o poder em 1988. Após as eleições de 1990, em que venceu esmagadoramente a Liga Nacional pela Democracia, liderada por Aung San Suu Kyi, a junta decidiu manter o poder e o regime militar na Birmânia. O regime é acusado de perseguição brutal dos opositores, estudantes e minorias étnicas e violações dos direitos humanos. Em 30 de março de 2011, o general Than Shwe, assinou um decreto para oficialmente dissolver o Conselho .[1]

De 1988 a 1997, o CEPD era conhecido como Conselho de Estado para Restauração da Lei e da Ordem (CERLO; SLORC em inglês: State Law and Order Restoration Council). Ele substituiu o papel do Partido do Programa Socialista da Birmânia (BSPP).[2] Em 1997, o Conselho foi abolido e reconstituído como Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento. Os poderosos comandantes militares regionais, que eram membros do CERLO, foram promovidos a novos cargos e transferidos para a capital. Os novos comandantes militares regionais não foram incluídos na composição do CEPD.

O CEPD era composto de onze altos oficiais militares (seis dos quais já se aposentaram e já não desempenham qualquer papel na tomada de decisões). Os membros da junta [3] exercem muito mais poder do que os ministros do gabinete, que são jovens oficiais militares, ou civis. (A exceção é o Ministério da Defesa, que estava nas mãos do próprio líder da junta Than Shwe.)

O CEPD é composto por ministros do governo e alguns oficiais do exército. São no total dezenove membros. Eles são frequentemente enviados para governar as regiões do interior, cuja autonomia varia de uma região para outra.

Embora o regime recuou do totalitário via birmanesa para o socialismo do Partido do Programa Socialista da Birmânia, o regime é acusado de violações dos direitos humanos; rejeitou os resultados das eleições de 1990 e manteve Aung San Suu Kyi sob prisão domiciliar até a décima terceira semana de novembro de 2010.[4] O Conselho foi oficialmente dissolvido em 30 de março de 2011, com a inauguração do governo recém-eleito.[5]

Referências

  1. Shwe Yinn Mar Oo; Soe Than Lynn (4 de abril de 2011). «Mission accomplished as SPDC 'dissolved'». Myanmar Times. Consultado em 21 de agosto de 2011 
  2. David I. Steinberg, David L. Steinberg. Burma. [S.l.: s.n.] 
  3. Leibenluft, Jacob (2 de junho de 2008). «Who's in the Junta? The mysterious generals who run Burma». Slate 
  4. «Myanmar's Aung San Suu Kyi released». Al Jazeera News in English. 13 de novembro de 2010 
  5. Moe, Wai (30 de março de 2011). «Than Shwe Officially Dissolves Junta». The Irrawaddy. Consultado em 30 de março de 2011. Arquivado do original em 3 de abril de 2011 

Ver Também[editar | editar código-fonte]