Compressão gravitacional

No núcleo de uma estrela como o Sol, a pressão gravitacional é balanceada pela pressão termal de dentro para fora das fusões nucleares, temporariamente interrompendo a compressão gravitacional.

A compressão gravitacional é um fenômeno no qual a gravidade, atuando sobre a massa de um objeto, comprime-o, reduzindo seu tamanho e aumentando a sua densidade. No centro do planeta ou estrela, a compressão gravitacional produz calor pelo Mecanismo de Kelvin-Helmholtz. Este mecanismo explica como Júpiter continua a irradiar o calor produzido por sua compressão gravitacional.[1]

A mais comum referência à compressão gravitacional diz respeito à evolução estelar, na qual o Sol e outras estrelas da sequência principal são produzidos pelo colapso gravitacional inicial da nuvem molecular. Assumindo que a massa do material é suficientemente grande, a compressão gravitacional reduz o tamanho do núcleo, aumentando a temperatura até que a fusão do hidrogênio comece. Esta reação de fusão do hidrogênio a hélio libera a energia que balanceia a pressão gravitacional em direção ao núcleo, com o que a estrela torna-se estável por milhões de anos. A partir daí não ocorre mais compressão gravitacional até que o hidrogênio seja quase exaurido, reduzindo a pressão termal da reação de fusão.[2] Ao término do ciclo de vida do Sol, a compressão gravitacional irá transformá-lo numa anã branca.[3]

Na outra extremidade da escala estão as estrelas supermassivas, que queimam seu combustível rapidamente, terminando suas vidas como supernovas, depois do que a compressão gravitacional produz uma estrela de nêutrons[4] ou um buraco negro[5] a partir dos seus remanescentes.

Para planetas e satélites, o equilíbrio hidrostático é alcançado quando a compressão física devida à gravidade é balanceada pelo gradiente de pressão em sentido oposto, devido à resistência do material, no ponto em que a compressão gravitacional cessa.

Referências

  1. «Jupiter» (em inglês). Space Research Institute,Russian Academy of Sciences. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  2. R.R. Britt (16 de janeiro de 2001). «How a Star is Born: Clouds Lift on Missing Link» (em inglês). Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  3. «White Dwarf Stars» (em inglês). Astrophysics Science Division, NASA Goddard Space Flight Center. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  4. M. Coleman Miller. «Introduction to neutron stars» (em inglês). University of Maryland. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  5. N. Strobel. «Black Holes» (em inglês). Nick Strobel's Astronomy Notes. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
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