Cirilo de Jerusalém

 Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja São Cirilo.
Cirilo de Jerusalém
Cirilo de Jerusalém
Ícone de São Cirilo de Jerusalém em uma Igreja Ortodoxa Grega.
Patriarca de Jerusalém,
Apologista e Doutor da Igreja
Nascimento c. 313[1]
Morte 386 (73 anos)
Veneração por Toda a Cristandade
Festa litúrgica 18 de Março
Portal dos Santos

Cirilo de Jerusalém foi o bispo da Igreja de Jerusalém, em sucessão ao bispo Máximo III, entre 350 e 386, com várias interrupções por conta da controvérsia ariana. Ele é venerado como santo pela Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e pela Comunhão Anglicana. Em 1883, Cirilo foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Leão XIII.

Sua obra-prima foram as "Aulas Catequéticas", que tinham por objetivo educar os catecúmenos que se juntavam ao cristianismo, de grande importância para o entendimento do método de ensino e das práticas litúrgicas utilizados na época, provavelmente o mais completo registro do tipo ainda existente.

Vida[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe sobre sua vida antes do episcopado e a data de seu nascimento varia entre 313[1] e 315.[2] De acordo com Butler, Cirilo nasceu na cidade de Jerusalém ou perto dali e aparentemente foi educado tanto nas obras dos Padres da Igreja quanto na dos filósofos pagãos.[3]

Cirilo foi ordenado diácono pelo bispo Macário de Jerusalém em 335 e padre oito anos mais tarde pelo bispo Máximo III. No fim de 350, ele o sucedeu na Sé de Jerusalém.[4][a][b].

Episcopado[editar | editar código-fonte]

Logo depois de sua ascensão, Cirilo, em sua "Carta a Constâncio"[5] de 351, relata a aparição de uma cruz luminosa no céu acima do Gólgota, presenciada por toda população de Jerusalém (a Igreja Ortodoxa Grega comemora este milagre no dia 7 de maio). Embora atualmente a autenticidade desta carta tenha sido questionada, principalmente por conta da utilização da palavra homoousios na benção final, muitos acadêmicos acreditam que este trecho especificamente pode ser uma interpolação posterior e aceita a autenticidade do resto com base em diversas outras evidências internas.[6]

O relacionamento entre o metropolitano Acácio de Cesareia e Cirilo rapidamente azedou. O motivo, segundo historiadores ortodoxos, era que Acácio seria um dos líderes arianos na região. Sozomeno sugere ainda que a tensão pode ter aumentado pela inveja do metropolitano em relação à importância atribuída à sé de Cirilo pelo Concílio de Niceia (325), que passou a representar uma ameaça à posição de Cesareia como a principal sé da região, ao que se juntava ainda a crescente popularidade de Jerusalém como centro de peregrinação.[7]

Soldo de Constâncio II. Ariano, Constâncio baniu Cirilo novamente em 360.
Soldo de Valente, outro adversário de Cirilo, baniu-o em 367.

Acácio acusou Cirilo de vender propriedades da Igreja.[8] Segundo os historiadores Sozomeno e Teodoreto, a cidade de Jerusalém vinha sofrendo de uma drástica redução dos estoques de comida e "Cirilo secretamente vendeu ornamentos da igreja e um valioso manto sagrado decorado com fios de ouro que o imperador Constantino havia doado para que o bispo vestisse quando estivesse realizando o ritual do batismo".[9]

Por dois anos, Cirilo resistiu às convocações de Acácio para explicar seus motivos até que um concílio convocado por influência do metropolitano em 357 o depôs in absentia (acusando-o formalmente de vender propriedades da Igreja para ajudar os pobres) e lhe impôs um retiro forçado na cidade de Tarso, na Cilícia.[10] No ano seguinte (359), quando a situação de Acácio se deteriorou, o Concílio de Selêucia reinstalou Cirilo e depôs Acácio. Em 360, Constâncio II reverteu a decisão[c] e Cirilo teve que enfrentar mais um ano no exílio até que o novo imperador, o pagão Juliano, lhe permitisse voltar.

Cirilo foi novamente banido de sua sé pelo imperador ariano Valente em 367. Ele conseguiu retornar novamente quando Graciano assumiu o trono em 378 e, desta vez, permaneceu no trono até sua morte em 386; A jurisdição de Cirilo sobre Jerusalém foi expressamente confirmada pelo Concílio de Constantinopla (381), no qual ele esteve presente. Durante os trabalhos, Cirilo votou pela aceitação do termo "homoousios", finalmente se convencendo que não havia alternativa melhor.[4] Sua história é, provavelmente, o melhor exemplo da trajetória dos bispos orientais (talvez a maioria), que inicialmente desconfiavam das decisões de Niceia, mas que acabaram aceitando a doutrina nicena e e também a do homoosion.[11]

Teologia[editar | editar código-fonte]

Controvérsia ariana[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Controvérsia ariana

Embora sua teologia fosse inicialmente algo indefinida na fraseologia, Cirilo aderiu completamente à ortodoxia de Niceia.[2] Ainda que ele evitasse o termo homoousios, Cirilo expressou seu sentido em muitas passagens, que excluem igualmente acusações de patripassianismo, sabelianismo e a fórmula "houve um tempo em que o Filho não existia", atribuída à Ário. Em outros pontos, ele compartilha do entendimento comum dos padres do oriente, como a sua ênfase no livre-arbítrio e no autexousion (em grego: αὐτεξούσιον);[12] e no fato de ele não ter percebido perfeitamente algo que era muito mais evidenciado no ocidente: o pecado. Para Cirilo, o pecado é a consequência da liberdade, não uma condição natural (pecado original). Para ele, o corpo não é causa, mas instrumento do pecado e o remédio é o arrependimento, objeto de sua insistência.[13]

Como muitos dos padres do oriente, Cirilo tem uma concepção essencialmente moralista do cristianismo. Sua doutrina da ressurreição não é tão realista como a de outros padres da Igreja, mas a sua concepção da Igreja é definitivamente empírica: a forma existente da Igreja católica ("universal") seria a verdadeira, desejada por Cristo, a realização da Igreja do Antigo Testamento.[14] Sua doutrina sobre a Eucaristia é disputada. Se ele às vezes parece se aproximar do ponto de vista simbólico, em outros momentos chega muito perto de uma forte doutrina realista. O pão e o vinho não são para ele simplesmente elementos simbólicos, mas o corpo e sangue de Cristo.[15]

Catequeses[editar | editar código-fonte]

As famosas vinte e três aulas de Cirilo, destinadas aos catecúmenos de Jerusalém que se preparavam para o batismo, chamadas por isso de catequeses (kατηχήσεις), são melhor apreciadas quando divididas em duas partes: as primeiras dezoito são geralmente conhecidas como "Aulas Catequéticas", "Orações Catequéticas ou "Homilias Catequéticas" e as cinco últimas, como "Catequeses Mistagógicas" (μυσταγωγικαί), chamadas assim por tratarem dos "mistérios" (μυστήρια), ou seja, os sacramentos do batismo, da confirmação e da eucaristia;[16]

Assume-se geralmente que as "Aulas Catequéticas",[17] com base em evidências limitadas, teriam sido compostas ou ainda nos primeiros anos do episcopado de Cirilo (por volta de 350) ou em 348, quando Cirilo era ainda um sacerdote representando seu bispo, Máximo[d]. Elas foram ministradas no Martyrion, a basílica construída pelo próprio Constantino.[11] Elas trazem instruções sobre os principais tópicos da fé e da prática cristã de maneira mais popular do que científica, cheias de exemplos de caloroso amor e cuidados pastorais pelos catecúmenos, o público a quem elas se destinavam. Cada aula baseia-se num texto das Escrituras e há abundantes citações bíblicas por todo o texto. Nas "Aulas Catequéticas", em linha com a exposição do Credo típico de Jerusalém na época, aparecem vigorosas polêmicas contra pagãos, judeus e erros heréticos. Elas são de grande importância para o entendimento do método de ensino e das práticas litúrgicas geralmente utilizados na época, provavelmente o mais completo registro sobrevivente.[17]

Temas importantes nas aulas são o pecado original e o sacrifício de Jesus para redenção de nossos pecados. Elas tratam também do sepultamento e ressurreição três dias depois como prova da divindade de Jesus e da natureza amorosa do Pai. Cirilo defendia firmemente que Jesus morreu de conhecimento e vontade plena. Não apenas ele se ofereceu, mas durante todo o processo manteve sua fé e perdoou todos os que o traíram e participaram de sua execução ("que não pecou e nem mentiu aquele que, quando insultado, não insultou; quando sofreu, não ameaçou").[18] Este trecho demonstra sua crença no desprendimento de Jesus, especialmente durante seu ato final de amor. Esta aula também apresenta uma espécie de insight sobre o que Jesus poderia estar sentido durante sua execução, dos chicoteamentos e surras até a coroa de espinhos e daí aos pregos na cruz. Cirilo intercala a história com mensagens que Jesus proferiu durante sua vida que se relacionavam com este ato final. Cirilo, por exemplo, escreve "Eu entreguei minhas costas aos que me batiam e minhas bochechas, aos socos; e minha face não escondi da vergonha das cusparadas",[19] uma alusão clara ao ensinamento de Jesus sobre oferecer a outra face.[17]

Tem havido considerável controvérsia sobre a data e a autoria das "Catequeses Mistagógicas", que alguns estudiosos atribuem ao sucessor de Cirilo como bispo de Jerusalém, João II.[20] Muitos estudiosos atualmente consideram que estas catequeses foram de fato escritas por Cirilo, mas nas décadas de 370 ou 380 e não imediatamente depois das "Aulas Catequéticas".[21]

De acordo com a peregrina hispânica Egéria, estas "Catequeses Mistagógicas" eram ministradas aos recém-batizados na Igreja da Anastasis durante a Semana da Páscoa.[11]

Escatologia[editar | editar código-fonte]

Cirilo identifica os "quatro grandes animais" de Daniel 7:3 e versículos seguintes como reinos na terra, descritos assim: "Pois como o primeiro reino de renome foi o dos assírios e o segundo, o dos medos e persas (Império Aquemênida) juntos; e, depois destes, o dos macedônios foi o terceiro e, assim, o quarto reino atual é o dos romanos". Ele continua afirmando que o quarto seria "um quarto reino sobre a terra que iria ultrapassar todos os reinos. E que este reino é o dos romanos tem sido a tradição dos intérpretes da Igreja"[22][23].

Cirilo ensinava que o "chifre pequenino" (Daniel 7:8), que arrancou três dos dez chifres do quarto animal, era o anticristo que estava prestes a chegar: "Ascenderão juntos dez reis dos romanos, talvez reinando em lugares diferentes, mas todos ao mesmo tempo; e, depois destes, um décimo primeiro, o anticristo, que, por meio de sua magia, tomará o poder romano e enganará tanto judeus quanto gentios; e, dos reis que reinaram antes dele, três se submeterão e os demais sete ele subjugará"[22]. Então, depois de três anos e meio, o anticristo será morto durante a Segunda Vinda de Cristo[23].

Ele afirmou ainda que, já no tempo dele, "anticristos" - heréticos disfarçados - estavam nas igrejas e clamou para que seus ouvintes se preparassem para a possível chegada iminente do anticristo na Igreja[23].

Ao discutir a imagem de Nabucodonosor II em Daniel 2 e a "rocha cortada da montanha" (Daniel 2:34), diz Cirilo: "E na época daqueles reinos, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e seu reino não será deixado para outros povos"[22]. Este reino (a "rocha"), que suplantará os reinos da terra, ainda não foi estabelecido segundo Cirilo e será o futuro reino de Cristo, que não terá mais fim[23].

Cirilo utilizou o princípio do dia-ano para interpretar as sessenta e nove semanas em Daniel 9 (as sessenta e duas mais sete em Daniel 9:25). Fazendo uso das Olimpíadas, como já havia feito Eusébio, ele calculou um período de tempo que se estendia da restauração do Templo, no sexto ano de Dario até a época de Herodes, quando Jesus nasceu[23].

Ele esperava a Segunda Vinda de Jesus com a mesma certeza com que afirmava a primeira: "Em sua vinda anterior, Ele foi enfaixado na manjedoura; em Sua segunda, ele se cobrirá de luz. Em sua primeira vinda, Ele suportou a cruz, desprezando a vergonha; em Sua segunda, Ele será atendido por uma corte de anjos, recebendo a glória. Portanto, não acreditamos apenas em Sua primeira vinda, mas esperamos também pela Sua segunda"[22]. Ele esperava a Segunda Vinda que acabaria com este mundo e criaria um novo, totalmente refeito. Cirilo esperava ainda ressuscitar se ela acontecesse depois de sua morte[23].

Notas[editar | editar código-fonte]

[a] ^ A evidência para isto é "Catequese" de Cirilo, na qual ele continuamente faz referência a si mesmo como "bispo".
[b] ^ Jerônimo apresenta um relato sombrio sobre como Cirilo veio a ser nomeado bispo de Jerusalém, alegando que "Cirilo era um fervoroso ariano e recebeu o convite para assumir a sé depois que Máximo morreu com a condição de que repudiaria sua ordenação pelas mãos daquele bispo" (Yarnold (2000), p4). Porém, Jerônimo tinha motivos pessoas para ser malicioso e a história pode ser simplesmente um caso no qual Cirilo se conformou com a ordem apropriada da igreja (Young (2004), p186).
[c] ^ As razões não são muito claras. De acordo com Teodoreto,[24] Acácio informou o imperador que um dos objetos vendidos por Cirilo era o "manto sagrado" doado pelo próprio Constantino, o que fez com que Constâncio se voltasse contra Cirilo. Os reais motivos permanecem incertos.
[d] ^ A principal evidência para esta data é que, num certo ponto, Cirilo faz uma referência casual ao fato de a heresia de Manes ter setenta anos (Cat 6.20).[25]

Referências

  1. a b Walsh, Michael, ed. Butler's Lives of the Saints. (HarperCollins Publishers: New York, 1991), pp 83.
  2. a b «A História da Igreja de Jerusalém» (em inglês). More Who is Who. Consultado em 26 de maio de 2012 
  3. Butler, Alban. The Lives or the Fathers, Martyrs and Other Principal Saints Vol. III, D. & J. Sadlier, & Company, 1864
  4. a b Rev. Hugo Hoever, S.O.Cist., Ph.D., ed (1955). Lives of the Saints, For Every Day of the Year (em inglês). Nova Iorque: Catholic Book Publishing Co. 112 páginas 
  5. Tradução para o inglês em Telfer (1955)
  6. Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p192
  7. «25». História Eclesiástica. Causes of the Deposition of Cyril, Bishop of Jerusalem. Mutual Dissensions among the Bishops. Melitius is ordained by the Arians, and supplants Eustathius in the Bishopric of Sebaste. (em inglês). IV. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  8. Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p187
  9. Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 65
  10. Di Berardino, Angelo. 1992. Encyclopedia of the early church. New York: Oxford University Press. , p. 312
  11. a b c Andrew Louth, 'Palestine', in Frances Young et al, The Cambridge History of Early Christian Literature, (2010), p284
  12. J.M. Fitch, ed. (1845). The Oberlin Quarterly Review, Volume 1 (em inglês). [S.l.: s.n.] 
  13. Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 2» (em inglês) 
  14. Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 18» (em inglês) 
  15. Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 23» (em inglês) 
  16. Donald Attwater e Catherine Rachel John (1995). The Penguin Dictionary of Saints, 3rd Edition (em inglês). Nova Iorque: Peguin Putnam Inc. 101 páginas 
  17. a b c "St. Cyril of Jerusalem" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  18. Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 7
  19. Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 13-14
  20. Swaans (1942) defende a autoria de João; Doval (2001) refuta esta opinião em detalhes. A discussão está resumida Frances Young & Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p189
  21. Por exemplo Yarnold (1978). Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p190
  22. a b c d Cyril & Gifford 1894.
  23. a b c d e f Froom 1950, pp. 412=415.
  24. «23». História Eclesiástica. Of what befell the orthodox bishopsat Constantinople (em inglês). II. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  25. Andrew Louth, 'Palestine', in Frances Young et al, The Cambridge History of Early Christian Literature, (2010), p284

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • McCauley, Leo P and Anthony A Stephenson, (1969, 1970). The works of Saint Cyril of Jerusalem. 2 vols. Washington: Catholic University of America Press [contains an introduction, and English translations of: Vol 1: The introductory lecture (Procatechesis). Lenten lectures (Catecheses). Vol 2: Lenten lectures (Katēchēseis). Mystagogical lectures (Katēchēseis mystagōgikai). Sermon on the paralytic (Homilia eis ton paralytikon ton epi tēn Kolymbēthran). Letter to Constantius (Epistolē pros Kōnstantion). Fragments.]
  • Telfer, W.(1955). Cyril of Jerusalem and Nemesius of Emesa. The Library of Christian classics, v. 4. Philadelphia: Westminster Press.
  • Yarnold, E., (2000). Cyril of Jerusalem. The early church fathers. London: Routledge. [provides an introduction, and full English translations of the Letter to Constantius, the Homily on the Paralytic, the Procatechesis, and the Mystagogic Catechesis, as well as selections from the Lenten Catecheses.]
  • Antonio Calisi, Lo Spirito Santo in Cirillo di Gerusalemme, Chàrisma Edizioni, Bari 2013, pp. 216. ISBN 978-88-908559-1-7
  • The Penguin Dictionary of Saints, 3rd Edition, Donald Attwater and Catherine Rachel John, New York: Peguin Putnam Inc., 1995, ISBN 0-14-051312-4
  • Lives of the Saints, For Every Day of the Year edited by Rev. Hugo Hoever, S.O.Cist., Ph.D., New York: Catholic Book Publishing Co., 1955
  • Omer Englebert, Lives of the Saints New York: Barnes & Noble Books, 1994, ISBN 1-56619-516-0
  • Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill.
  • Lane, A. N. S., & Lane, A. N. S. (2006). A concise history of Christian thought. Grand Rapids, Mich: Baker Academic.
  • Van, N. P. (January 1, 2007). 'The Career Of Cyril Of Jerusalem (C.348–87): A Reassessment'. The Journal of Theological Studies, 58, 1, 134-146.
  • Di Berardino, Angelo. 1992. Encyclopedia of the early church. New York: Oxford University Press.
  • In Cross, F. L., & In Livingstone, E. A. (1974). The Oxford dictionary of the Christian Church. London: Oxford University Press.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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