Chacina de Unaí

Chacina de Unaí
Local do crime Minas Gerais
Data 28 de janeiro de 2004
Tipo de crime Assassinato
Arma(s) Arma de fogo
No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), lembra 10 anos da Chacina de Unaí. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil, 28 de janeiro de 2014

A Chacina de Unaí foi uma chacina que ocorreu na cidade brasileira de Unaí, Minas Gerais, em 28 de janeiro de 2004, quando quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego foram assassinados na região, durante uma fiscalização de rotina em fazendas.

História[editar | editar código-fonte]

Crime[editar | editar código-fonte]

Os auditores do trabalho Nelson José da Silva, João Batista Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira faziam uma operação de fiscalização em Unaí (município do noroeste de Minas Gerais, a 166 km de Brasília) quando, segundo a investigação do Ministério Público Federal (MPF), foram assassinados por Rogério Alan Rocha Rios e Erinaldo de Vasconcelos Silva.[1]

Julgamento[editar | editar código-fonte]

O primeiro julgamento só aconteceu nove anos depois do crime. Em 31 de agosto de 2013, três pistoleiros contratados para a matança foram julgados e culpados por um júri popular em Belo Horizonte.[2] Outro julgamento, de um outro grupo de acusados, incluindo o dos irmãos Antério e Norberto Mânica, apontados como mandantes da chacina, não ocorreu ainda, porque a defesa dos réus quer mudar o júri de Belo Horizonte para Unaí.[3][4]

No 27 de maio de 2022, o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, acusado de ser um dos mandantes da chacina na cidade, foi condenado a 64 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. O resultado do julgamento foi realizado na sede da Justiça Federal, em Belo Horizonte.[5]

No 6 de setembro de 2022, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, reduzir as penas de três condenados. A Turma também rejeitou o pedido de execução provisória das penas.[6]

No 12 de setembro de 2023, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a execução provisória das penas dos três réus condenados.[7]

No dia 16 de setembro de 2023, Antério Mânica se entregou na Polícia Federal de Brasília.[8][9][10]

No dia 13 de fevereiro de 2024, Hugo Pimenta, um dos mandantes do crime, foi preso com passaporte falso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.[11]

Referências

  1. «Dez anos depois, cinco acusados pela Chacina de Unaí ainda não foram julgados». Repórter Brasil. Consultado em 28 de janeiro de 2017 
  2. Júri condena três por Chacina de Unaí - O Estado de S.Paulo, 31 de agosto de 2013
  3. MPF quer que julgamento da chacina de Unaí ocorra em Belo Horizonte - G1, 17 de stembro de 2013
  4. STF suspende julgamento de habeas corpus de acusados na chacina de Unaí - Rede Brasil Atual, 02 de outubro de 2013
  5. Carolina Caetano, Graciela Andrade e André Junqueira (27 de maio de 2022). «Chacina de Unaí: ex-prefeito Antério Mânica é condenado a 64 anos de prisão». G1. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  6. Rosanne D'Agostino (6 de setembro de 2022). «Chacina de Unaí: Quinta Turma do STJ reduz pena de três condenados». G1. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  7. Márcio Falcão (12 de setembro de 2023). «STJ autoriza prisão dos três condenados pela chacina de auditores do trabalho em Unaí». G1. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  8. «'Chacina de Unaí': Antério Mânica se entrega à polícia». G1. 16 de setembro de 2023. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  9. «Antério Mânica, condenado pela Chacina de Unaí, se entrega à PF | Metrópoles». www.metropoles.com. 16 de setembro de 2023. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  10. «Condenado por ordenar Chacina de Unaí, Antério Mânica se entrega à PF». Agência Brasil. 17 de setembro de 2023. Consultado em 18 de setembro de 2023 
  11. Fernando Zuba, Gabriel Lacerda e Michele Marie (13 de fevereiro de 2024). «Hugo Pimenta, um dos condenados pela Chacina de Unaí, é preso em Campo Grande». G1. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
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