Cerco de Hipona

Cerco de Hipona
Guerras germânicas
Data 430
Local Hipona, África Proconsular (moderna Annaba, na Argélia)
Coordenadas 36° 54' N 7° 46' E
Desfecho Vitória vândala
Beligerantes
  Vândalos Império Romano Império Romano
Comandantes
  Genserico Império Romano Bonifácio
Hipona está localizado em: Argélia
Hipona
Localização de Hipona no que é hoje a Argélia

O Cerco de Hipona (em latim: Hippo Regius) foi um cerco realizado em maio de 430 pelas forças vândalas lideradas pelo rei Genserico, e que determinou a presença dos vândalos no Norte de África durante um século.

Antecedente[editar | editar código-fonte]

A cidade de Hipona era defendida por Bonifácio, o conde da África, após este ter solicitado o auxílio a Genserico, devido a uma intriga que Flávio Aécio movera contra si, sendo acusado de traição. Gala Placídia, mãe do imperador do ocidente Valentiniano III (ainda menor) foi persuadida de que ele visava o trono do filho, mas depois mudou de opinião e favoreceu Bonifácio. Bonifácio entretanto já tinha os vândalos, que requisitara às suas portas, e Genserico recusou regressar à Hispânia, de onde saíra com toda a sua tribo. Numa primeira batalha Bonifácio foi derrotado e refugiando-se em Hipona, foi cercado por Genserico.

O cerco[editar | editar código-fonte]

Mantendo a supremacia no mar, Bonifácio conseguiu manter a cidade bem provisionada para resistir ao ataque. Tinha ainda o apoio de Gala Placídia, mãe do imperador do ocidente Valentiniano III (ainda menor), que solicitou também, o apoio ao imperador oriental.

Disse Edward Gibbon

A importância e perigo de África eram profundamente sentidos pela regência ocidental. Placidia implorou o auxílio do seu aliado oriental; e a armada italiana foi reforçada por Aspar, que saiu de Constantinopla com um poderoso armamento. Com a força dos dois impérios unida sob seu comando, Bonifácio marchou corajosamente contra os vândalos, mas a perda de uma segunda batalha, decidiu irremediavelmente o destino de África.[1]

Assim, depois de quatorze meses, Genserico finalmente tomou a cidade, abandonada pelos romanos, numa fuga desesperada.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Os Vândalos negociariam a paz com Valentiniano III e governariam a província de África durante um século, até que Flávio Belisário os expulsou em 534.

Entre os que morreram sob este cerco (em Agosto de 430), estava Santo Agostinho[2].

Referências

  1. Edward Gibbon, Gibbon's History of the decline and fall of the Roman empire, Volume 3 by Th. Bowdler, 1826. [1]
  2. Thomas Benfield Harbottle, DICTIONARY OF BATTLES - From the earliest date to the present time, p. 13. [2]