Carlos Lupi

Carlos Lupi
Carlos Lupi
Carlos Lupi em 2023
27.° Ministro da Previdência Social do Brasil
Período 1 de janeiro de 2023
até a atualidade
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Carlos Eduardo Gabas
Presidente Nacional do Partido Democrático Trabalhista
Período 23 de julho de 2004
até 2 de fevereiro de 2023[nota 1]
Antecessor(a) Leonel Brizola
Sucessor(a) André Figueiredo
54.° Ministro do Trabalho e Emprego
Período 29 de março de 2007
até 4 de dezembro de 2011
Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2011)
Dilma Rousseff (2011)
Antecessor(a) Luiz Marinho
Sucessor(a) Paulo Roberto dos Santos Pinto
Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 1991
até 31 de janeiro de 1995
Legislatura 49ª (1991–1995)
Dados pessoais
Nascimento 26 de março de 1957 (67 anos)
Campinas, SP
Partido PDT (1980-presente)

Carlos Roberto Lupi (Campinas, 16 de março de 1957) é um professor e político brasileiro, atual ministro da Previdência Social do terceiro governo Lula.[4] Foi presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e vice-presidente da Internacional Socialista.[5]

Foi, também, deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, secretário de transportes da prefeitura do Rio, secretário de governo do estado do Rio e Ministro do Trabalho e Emprego nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Biografia[editar | editar código-fonte]

De ascendência italiana,[6] é filho de Paulo Roberto Lupi e Carmelita Lopes Cavalcanti Lupi. Conheceu Leonel Brizola em 1980, época em que trabalhava como jornaleiro, tendo se filiado ao PDT no mesmo ano. Aluno do curso de Administração na Faculdade do Centro Educacional de Niterói (FACEN), graduou-se em 1981 após quatro anos de curso.

Vida pública[editar | editar código-fonte]

Ao longo de quatro anos (1983-1987) foi coordenador-geral das Regiões Administrativas Sul da Prefeitura do Rio de Janeiro nas gestões de Jamil Haddad, Marcelo Alencar e Saturnino Braga e, após a eleição municipal de 1988, foi assessor especial do prefeito Marcelo Alencar.

Em 1990, foi eleito deputado federal, licenciando-se a convite de Alencar, que o nomeou Secretário Municipal de Transportes. Dividindo-se entre o Executivo e o Legislativo foi vice-líder do PDT na Câmara dos Deputados, secretário da executiva regional (1994) e tesoureiro da executiva nacional (1996). Como deputado, apresentou 13 projetos de lei e foi considerado Deputado Nota 10 pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)[7]. Foi titular da comissão de Educação, Cultura e Desporto, ajudando a votar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No orçamento da União para 1992, aprovou 13 emendas, que beneficiaram as áreas de Educação e Saúde no Município e no Estado do Rio. Conseguiu a aprovação de duas importantes convocações: a do Bispo Edir Macedo, para dar esclarecimentos sobre o envolvimento com o narcotráfico e a do ministro da educação, Carlos Chiarelli, para explicar as denúncias de fraude no salário-educação. Também criou uma Comissão Especial Mista para discutir os privilégios do poder Judiciário.[8]

Em 1998, foi eleito primeiro suplente do senador Saturnino Braga (PDT, PT, PSB, PCdoB, PCB). Saturnino prometeu dividir o mandato de oito anos com Lupi, o que não cumpriu.[carece de fontes?] Após o pleito foi Secretário Estadual de Governo no governo de Anthony Garotinho (1999—2000). Candidato ao Senado em 2002, obteve 180 mil votos e ficou na décima colocação.

Assumiu a presidência nacional do PDT, após a morte de Brizola, em 23 de julho de 2004.[9] Nas eleições de 2006, foi candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, ficando em sexto lugar, com 1,52% dos votos (125.735).

Ministro do Trabalho e Emprego[editar | editar código-fonte]

Ministro do Trabalho e Emprego

Em 29 de março de 2007, assumiu o Ministério do Trabalho e Emprego no segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva e mantido na pasta pela presidente Dilma Rousseff.[10] Durante sua gestão, propôs ações voltadas para o maior investimento no setor produtivo e a criação de novas linhas de crédito, como a Linha Pró-Cotista do FGTS. Foi responsável pela ampliação dos cursos gratuitos no Sistema S, pela regulamentação das centrais sindicais, pela regulamentação do trabalho aos domingos e pela elaboração da proposta de emenda constitucional para a regularização do trabalho das empregadas domésticas[7].

Em novembro de 2011, foi acusado de envolvimento com polêmico caso de desvio de dinheiro público. Lupi foi interrogado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, defendendo-se das denúncias. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendou a sua saída da Pasta. O ministro do Trabalho, no dia 4 de dezembro de 2011, entregou seu cargo, após uma reunião com Dilma Rousseff.[11]

Em 2012, retornou à presidência nacional do PDT. Em 2014, candidatou-se ao Senado pelo Rio de Janeiro, ficando em quinto lugar, com 3,09% dos votos (228.086).[12]

Em 2017, foi conduzido ao cargo de vice-presidente da Internacional Socialista, organização que reúne partidos de esquerda associados pelo mundo.[13]

Ministro da Previdência Social[editar | editar código-fonte]

Em 29 de dezembro de 2022, foi indicado como Ministro da Previdência Social do terceiro governo Lula.[4]

Uma de suas primeiras ações como ministro foi a de se nomear membro titular do conselho fiscal do Serviço Social do Comércio (Sesc). A indicação foi oficializada por meio do Diário Oficial da União (DOU) no início de janeiro.[14]

Os membros deste conselho são remunerados por meio de jetom, portanto recebem conforme participam de reuniões. O comparecimento em cada encontro correspondia a R$ 3,5 mil.[14]

São realizadas seis reuniões ordinárias por mês — o que resultaria em um pagamento de R$ 21 mil mensais. O pedetista, que acumulará funções, recebe cerca de R$ 39,2 mil como ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).[14]

Notas

  1. Licenciado entre 7 de março de 2008[1] e 9 de janeiro de 2012[2] para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. Novamente licenciado desde 3 de fevereiro de 2023 para assumir o Ministério da Previdência Social.[3]

Referências

  1. «Lupi pede licença da presidência do PDT». 7 de março de 2008. Consultado em 16 de maio de 2023 
  2. «Carlos Lupi reassume a presidência nacional do PDT». 9 de janeiro de 2012. Consultado em 16 de maio de 2023 
  3. «André Figueiredo substitui Carlos Lupi e assume comando nacional do PDT». 3 de fevereiro de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023 
  4. a b «Carlos Lupi, presidente do PDT, é anunciado por Lula para o Ministério da Previdência Social». G1. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  5. «Internacional Socialista elege Carlos Lupi como vice-presidente». epoca.globo.com. Consultado em 7 de outubro de 2019 
  6. Nunes, Augusto (6 de dezembro de 2011). «Mistério decifrado». veja.abril.com.br. Consultado em 8 de dezembro de 2022 
  7. a b «Ministério do Trabalho e Emprego - Carlos Lupi». Governo do Brasil 
  8. http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17OUT1991.pdf
  9. «Carlos Lupi assume comando do PDT na próxima semana». Estadão. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  10. Diário de S.Paulo, 16/12/2010
  11. «Carlos Lupi pede exoneração do Ministério do Trabalho». G1. 4 de dezembro de 2011. Consultado em 6 de dezembro de 2011 
  12. «Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2014». Wikipédia, a enciclopédia livre. 19 de agosto de 2018 
  13. «Internacional Socialista elege Carlos Lupi como vice-presidente». epoca.globo.com 
  14. a b c Moliterno, Danilo. «Ministro de Lula nomeia a si mesmo para cargo com remuneração que pode superar R$ 20 mil». CNN Brasil. Consultado em 23 de janeiro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Luiz Marinho
55º Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil
2007 — 2011
Sucedido por
Paulo Roberto dos Santos Pinto (interino)
Precedido por
Carlos Eduardo Gabas (antes da extinção do cargo)
27º Ministro da Previdência Social
2023 — Atualidade
Sucedido por
-


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