Carlos Augusto de Carvalho

Carlos Augusto de Carvalho
Carlos Augusto de Carvalho
Nascimento 20 de março de 1851
Rio de Janeiro
Morte 5 de setembro de 1905 (54 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Ocupação advogado

Carlos Augusto de Carvalho (Rio de Janeiro, 20 de março de 1851 — Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1905) foi um advogado e político brasileiro, formando pela Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco.

Foi presidente da província do Paraná, de 6 de março de 1882 a 26 de maio de 1883 e presidente da província do Pará em 1885. Foi ministro das Relações Exteriores no governo de Floriano Peixoto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carreira e vida política[editar | editar código-fonte]

Filho do tenente-coronel José Carlos de Carvalho e d. Antônia Francisca Ferraz de Carvalho, nasceu no Rio de Janeiro em 1851. Nesta cidade fez os estudos primários e em São Paulo concluiu os estudos quando bacharelou-se em Direito no ano de 1873.

Contraiu matrimonio logo cedo, com sua prima irmã, porém, separou-se em poucos anos de vida conjugal. Muitos anos depois casou-se pela segunda vez e neste casamento teve vários filhos.

Sua vocação política o levou primeiro a postos de menor projeção como chefe de polícia do Paraná, durante o governo do seu amigo Rodrigo Otávio entre os anos de 1878 a 1879.

Restabelecimento das relações entre Portugal e o Brasil (16/03/1895). Carlos A. de Carvalho é o primeiro, à esquerda.

Assumiu o governo do Paraná em 6 de março de 1882 e nele se manteve até 26 de maio de 1883, entregando o cargo sob pressão popular na chamada “revolta do vintém”.[1]

Anos depois de ter entregue o governo do Paraná, assumiu a defesa deste estado (já em período republicano) contra Santa Catarina na disputa do território contestado por ambos, mostrando assim que não guardou rancor dos paranaenses.

Em 1885 assumiu a presidência da província do Pará.

É, a partir da década de 1890, que o dr. Carlos de Carvalho se destaca na política externa como Ministro do Exterior do Marechal Floriano e no governo de Prudente de Morais.

Após este período, Dr. Carlos de Carvalho completou seu mestrado e doutorado em Direitos Humanos e Direito Internacional no Brasil e na Europa.

Em 1904 tornou a servir o Ministério do Exterior, quando foi indicado como árbitro no tribunal Brasileiro-Boliviano e no ano seguinte, como consultor no assunto.

Falecimento e homenagem[editar | editar código-fonte]

Na terça-feira, dia 5 de setembro de 1905, faleceu, na cidade do Rio de Janeiro, o dr. Carlos Augusto de Carvalho, aos 54 anos e 5 meses, deixando filhos menores do seu segundo casamento.

Entre muitas homenagens pelo Brasil ao advogado e político, a capital paranaense possui uma importante via da cidade, a Alameda Dr. Carlos de Carvalho, bem como o Viaduto do Carvalho, um dos túneis rochosos da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, que é assim denominado em homenagem ao dr. Carlos Augusto de Carvalho.[2]

Em vida o Dr. Carlos de Carvalho recebeu, pela monarquia, a comenda da Ordem de Cristo e posteriormente recebeu inúmeras ordem estrangeiras.

Complemento[editar | editar código-fonte]

O Dr. Carlos Augusto se tornou um dos renomados jurisconsultos no país na época, transmitindo seu vasto conhecimento dentro da USP e de algumas outras instituições. Quando Carlos desistiu da política, ele lecionou apenas como professor de Direito e um dos construtores jusfilosóficos da moderna concepção dos direitos do homem e do cidadão. Nesse momento, quando o país se preparava para participar de importantes questões internacionais, ele participou da primeira e segunda gerações dos Direitos Humanos além de ser nomeado advogado de causas internacionais ao lado do embaixador da época.

O Dr. Carlos Augusto de Carvalho representou o Brasil em questões relevantes do início do século XX. Ele advogou na questão das ilhas do meio do atlântico Trindade e Martim Vaz, em que o Brasil venceu da Inglaterra, a então dominadora dos mares, e tomou posse como sendo território brasileiro. DR. Carlos , assim foi nomeado representante do Brasil na Conferencia Internacional em Bruxelas, onde arguiu o problema jurídico-histórico das novas colônias na África e na Ásia. Dr. Carlos, assim, defendeu os direitos dos negros, direitos estes que hoje fazem parte das normas internacionais da ONU. Ele também defendeu a criação de uma instituição internacional para a resolução dos conflitos internacionais e a pacificação da sociedade mundial. Porém seus objetivos nunca foram atendidos e algo parecido com as ideias do Dr. Carvalho só foi aparecer com o surgimento da ONU.

Notas

  1. A revolta popular que não foi por apenas 20 réis Jornal Gazeta do Povo - acessado em 14 de outubro de 2013
  2. FERNANDES, 1988, p90.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Colégio Brasileiro de Genealogia. O Paraná em 1879.
  • FERNANDES, Carlos Renato. O Paraná. Curitiba: Ed. Do Autor, 1988. 227p
  • CARNEIRO, David. História do período provincial do Paraná; galeria de presidentes, 1853-1889. Curitiba: Tipografia Max Roesner, 1960.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
Presidente da província do Paraná
1882 — 1883
Sucedido por
Antônio Alves de Araújo
Precedido por
João Silveira de Sousa
Presidente da província do Pará
1885
Sucedido por
João Lourenço Pais de Sousa
Precedido por
Alexandre Cassiano do Nascimento
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1894 — 1896
Sucedido por
Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira


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