Camelo (apelido)

Armas da Família Camelo

Camelo é um apelido de família cuja origem é anterior ao século XV e encontra-se ligado ao apelido da família Cunha visto descender de um ramo desta família.

Genealogia Familiar[editar | editar código-fonte]

Segundo os Genealogistas, este apelido provém da pessoa de D. Gonçalo Martins da Cunha, "O Camelo", que era filho de D. Martim Lourenço da Cunha e de sua mulher, D. Sancha Garcia da Penha.[1]

Apesar de nos seus alvores esta família não ter tido grande poder económico, e mesmo ter estado com algum declínio social, vieram a atingir uma confortável e sólida posição sócio económica entre as principais famílias de Portugal como atesta a nobiliárquica do século XV.

Foi a D. Lopo Rodrigues Camelo, então a exercer o cargo de escrivão da Câmara e Cavaleiro da Casa de D. Sebastião de Portugal, que este rei concedeu, corria o ano de 1576, novas Armas de Brasão, pelo facto de D. Lopo lhe ter salvo a vida, quando estiveram em via de se afogar ao atravessarem um curso de água durante uma viagem que fazia na companhia daquele monarca de Odemira para a cidade de Coimbra.

Uma nota importante obriga a que seja mencionado o facto de haver uma outra possível origem para alguns ramos da família Camelo, sendo este mais recente e prender-se do provir de uma alcunha, uma vez que se designavam por "camelos" os "artilheiros" dos pequenos canhões existentes nas naus portuguesas.

Heráldica Familiar[editar | editar código-fonte]

As armas da família Cunha, anterior ao século XV, influenciaram as da família Camelo. Sendo de prata, tem três conchas de vieiras de cor azul realçadas a ouro. Por Timbre, tem uma cabeça e pescoço de camelo, da sua cor.

A Lopo Rodrigues Camelo, e visto a concessão de novas armas por D. Sebastião I de Portugal, tem por armas de Brasão: De cor de verde, uma ribeira ondeada cor de prata e aguada em cor de azul, posta numa faixa, e dois braços com as mãos dadas moventes do ângulo da dextra do chefe, o primeiro vestido de ouro e com a palavra REY a negro, e o outro vestido de azul e sainte do bordo inferior da ribeira.

Estes símbolos são acompanhados por uma estrela cor de ouro no cantão da sinistra do chefe e de uma flor-de-lis do mesmo, no cantão da dextra da ponta. Tem por timbre um braço vestido de azul e posto em pala, elevando no ar uma estrela de ouro.

Referências

  1. «Camelo». Consultado em 4 de julho de 2022 
  • Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gayo, Carvalhos de Basto, 2.ª Edição, Braga, 1989, vol. III, pg. 240.
  • D. Luiz de Lancastre e Távora, Dicionário das Famílias Portuguesas, Quetzal Editores, 2.ª Edição, Lisboa, pg. 124.

Ver também[editar | editar código-fonte]